Pascoaes e o "Saudosismo"
O "Saudosismo", no sentido estrito, é uma atitude perante a vida que, segundo Teixeira de Pascoaes e muitos outros, constitui feição típica da literatura portuguesa, tanto culta como popular, um traço definidor da “alma nacional”. Essa atitude interpretou-a Pascoaes atribuindo à saudade amplas dimensões e profundo significado, arvorando-a mesmo em princípio enformador dum ressurgimento pátrio. O movimento da “Renascença Portuguesa” congregou muitos espíritos animados do desejo de, agindo no plano da cultura, promover a reconstrução do país, minado pelas dissenções políticas que a instituição da República não viera sanar.
A saudade de Pascoaes transcende assim o mero sentimento individual, para assumir uma dimensão ontológica e metafísica. A saudade encarada do ponto de vista existencial leva o autor a conceber a natureza como sagrada, uma vez que a saudade do mundo é também saudade de Deus, de um Deus presente nas próprias coisas. É a divindade que se apropria de si mesma na evolução da natureza, pelo que Pascoaes postula a sacralização da mesma natureza.
A saudade de Pascoaes transcende assim o mero sentimento individual, para assumir uma dimensão ontológica e metafísica. A saudade encarada do ponto de vista existencial leva o autor a conceber a natureza como sagrada, uma vez que a saudade do mundo é também saudade de Deus, de um Deus presente nas próprias coisas. É a divindade que se apropria de si mesma na evolução da natureza, pelo que Pascoaes postula a sacralização da mesma natureza.
Pascoaes encara a saudade como algo que define a especificidade da psicologia étnica portuguesa ao nível dos sentimentos e das emoções, como “o desejo do ser ou da coisa amada, em conjunto com a dor pela sua ausência. Desejo e dor confundem-se num só sentimento” que combina um elemento carnal ou material - o desejo - com um elemento espiritual - a dor - , uma orientação em direcção ao futuro - o desejo como esperança. A saudade será nessa medida, de acordo com Pascoaes, um sentimento contraditório que liga universos tidos usualmente como separados, como o material e o espiritual, o passado e o presente.
Teixeira de Pascoaes, ao lançar as bases do Saudosismo, quer defender a sua pátria de duas decadências: primeiramente, a do cansaço das grandes Descobertas, e, a mais crítica, a decadência de ver o elemento estrangeiro invadir Portugal (o cosmopolitismo), afastando o país da sua verdadeira alma. Segundo Teixeira de Pascoaes, a alma lusíada tem na fusão dos antigos povos que se encontraram na península, a sua origem e, por esta fusão ela se distingue das outras almas pátrias desde o início, por ter um carácter nacional muito rigoroso.
O destino mítico de Teixeira de Pascoaes, encontra-se bem assinalado neste poema, dedicado a Guerra Junqueiro (1850-1923), e onde o poeta incorpora os mitos da sua infância e os difunde na sua própria personalidade. Note-se a presença constante da “saudade”:
Espectros nebulosos
Remotos ascendentes
Emergem na penumbra que flutua
Toda embebida em lua.
E rodeiam-se, tristes, misteriosos.
Neles me perco e me difundo…
Longe da minha idade…
E tudo, para mim, é trágica saudade.
Este destino mítico do poeta sofreu, porém, uma profunda mutação com o surgimento de “alguém” por quem Teixeira de Pascoaes se apaixonou e que iria transmutar o seu destino e o “sentido da sua vida”.
A figura dos seus sonhos e dos seus amores haveria de ser o seu ideal romântico e mítico que Pascoaes haveria de perseguir por toda a sua vida. É a personagem central de Marânus, “a figura de veste branca, cheia de pudor e silêncio, aureolada como um anjo louro e luminoso”, que o poeta associa, uma vez mais, à “saudade”, divinizando-a:
À MINHA MUSA
Senhora da manhã vitoriosa
E também do crepúsculo vencido.
Ó senhora da noite misteriosa,
Por quem ando, nas trevas, confundido.
Perfil de Luz! Imagem religiosa!
Ó dor e amor! Ó sol e luar dorido!
Corpo, que é alma escrava e dolorosa,
Alma, que é corpo livre e redimido.
Mulher perfeita em sonho e realidade.
Aparição divina da Saudade...
Ó Eva, toda flor e deslumbrada!
Casamento da lágrima e do riso;
O céu e a terra, o inferno e o paraíso,
Beijo rezado e oração beijada.
Marânus (1911) é um longo poema de estrutura épico-dramática, protagonizado por personagens de carácter mítico ou lendário, como narrativa alegórica da redenção humana, no seu itinerário de aperfeiçoamento espiritual, buscado quer através do amor quer do conhecimento. É por excelência a obra paradigmática do Saudosismo.
"E não tinha a Saudade a sua origem
Remota neste céu misterioso,
Nesta bela paisagem transcendente?
E a sua origem próxima e sensível
Na alma profunda, mística e vidente
Deste Povo do Mar e da Montanha?"
Espectros nebulosos
Remotos ascendentes
Emergem na penumbra que flutua
Toda embebida em lua.
E rodeiam-se, tristes, misteriosos.
Neles me perco e me difundo…
Longe da minha idade…
E tudo, para mim, é trágica saudade.
Este destino mítico do poeta sofreu, porém, uma profunda mutação com o surgimento de “alguém” por quem Teixeira de Pascoaes se apaixonou e que iria transmutar o seu destino e o “sentido da sua vida”.
A figura dos seus sonhos e dos seus amores haveria de ser o seu ideal romântico e mítico que Pascoaes haveria de perseguir por toda a sua vida. É a personagem central de Marânus, “a figura de veste branca, cheia de pudor e silêncio, aureolada como um anjo louro e luminoso”, que o poeta associa, uma vez mais, à “saudade”, divinizando-a:
À MINHA MUSA
Senhora da manhã vitoriosa
E também do crepúsculo vencido.
Ó senhora da noite misteriosa,
Por quem ando, nas trevas, confundido.
Perfil de Luz! Imagem religiosa!
Ó dor e amor! Ó sol e luar dorido!
Corpo, que é alma escrava e dolorosa,
Alma, que é corpo livre e redimido.
Mulher perfeita em sonho e realidade.
Aparição divina da Saudade...
Ó Eva, toda flor e deslumbrada!
Casamento da lágrima e do riso;
O céu e a terra, o inferno e o paraíso,
Beijo rezado e oração beijada.
Marânus (1911) é um longo poema de estrutura épico-dramática, protagonizado por personagens de carácter mítico ou lendário, como narrativa alegórica da redenção humana, no seu itinerário de aperfeiçoamento espiritual, buscado quer através do amor quer do conhecimento. É por excelência a obra paradigmática do Saudosismo.
"E não tinha a Saudade a sua origem
Remota neste céu misterioso,
Nesta bela paisagem transcendente?
E a sua origem próxima e sensível
Na alma profunda, mística e vidente
Deste Povo do Mar e da Montanha?"
(In: Marânus, 1911)
Alguns poemas onde está bem patente o "saudosismo" de Teixeira de Pascoaes:
Tristêza
O sol do outomno, as folhas a cair,
A minha voz baixinho soluçando,
Os meus olhos, em lágrimas, beijando
A terra, e o meu espírito a sorrir...
Eis como a minha vida vae passando
Em frente ao seu Phantasma... E fico a ouvir
Silencios da minh'alma e o resurgir
De mortos que me fôram sepultando...
E fico mudo, extatico, parado
E quasi sem sentidos, mergulhando
Na minha viva e funda intimidade...
Só a longinqua estrela em mim actua...
Sou rocha harmoniosa á luz da lua,
Petreficada esphinge de saudade...
(in "Elegias", 1912)
***
Que saudades eu sinto desta flor,
Que vai murchar!
E desta gota de água e de esplendor,
Um pequenino mundo que é só mar.
E desta imagem que por mim passou
Misteriosamente.
E desta folha pálida e tremente
Que tombou...
Da voz do vento que me deixa mudo,
E deste meu espanto de criança.
Que saudades de tudo eu sinto, porque tudo
É feito de lembrança...
("Versos Pobres", 1949)
***
Poeta
Quando a primeira lágrima aflorou
Nos meus olhos, divina claridade
A minha pátria aldeia alumiou
Duma luz triste, que era já saudade.
Humildes, pobres cousas, como eu sou
Dor acesa na vossa escuridade...
Sou, em futuro, o tempo que passou-
Em num, o antigo tempo é nova idade.
Sou fraga da montanha, névoa astral,
Quimérica figura matinal,
Imagem de alma em terra modelada.
Sou o homem de si mesmo fugitivo;
Fantasma a delirar, mistério vivo,
A loucura de Deus, o sonho e o nada.
("Sempre", 1898/1902)
***
Ao sol-por
Eu canto no crepúsculo... A Tristeza
recorda-me longínqua aspiração,
na qual pressinto a imagem da beleza
que os meus olhos, um dia, alcançarão...
A paisagem, na sombra, sonha e reza...
Seu vulto é de fantástica visão.
Dir-se-á que a impedrenida Natureza
tem lágrimas a arder o coração.
E canto a minha mágoa; vou cantando...
E vou, saudoso e pálido, ficando
mais distante de mim, mais para além...
Nesta melancolia, que é chorar
sem lágrimas, eu vivo a meditar
no que me prende... a terra, o céu, alguém?
Ese sentimiento de que la vida se nos escurre de las manos, en las que sólo nos queda la melancolía, la "morriña" de lo vivido surge de estos versos como si estuviese sucediento ahora. No conocía el POETA, muchas gracias Amizade
ResponderEliminarExplendida dissertação sobre Pascoaes. O povo português diz-se, sempre foi saudosista. Uns atribuem-no ao facto da situação geográfica de Portugal, da saudade que os marinheiros deixavam durante as suas longas e perigosas viagens, do revivalismo do explendor de tempos anteriores. O fado é um seu expoente. Acredito que todos os povos têm esse sentimento da saudade, individual e colectiva sempre presentes na noção de nação e de pátria. Finalmente, o passado será sempre um depósito de conhecimentos que não podemos malbaratar.
ResponderEliminar....____(¯¯¯\.............•´"""""""`•............./¯¯¯)____
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Buem fin de Semana...
Como aprendo con tu blog
Reler Teixeira de Pascoaes é sempre
ResponderEliminarmuito agradável!
Quando andava na Fac.e fiz o trabalho visitei a Casa onde ele vivera.Nunca + esqueci a minha emoção.
Bom fim de semana.
Beijo.
isa.
Tétis, Amizade, Poseidón, Argos, deixo uma mensagem neste primeiro post mas os meus elogios se estendem ao conjunto da vossa página.
ResponderEliminarApresento-lhes as minhas congratulações pelo alto vôo cultural, poético e literário deste espaço bilingüe que honra as letras ibéricas.
Uma saudação cordial e um abraço amigo. Que a minha amizade os alcance onde quer que se encontrem.
Tania Alegria
¦¦¦•[[..: DEJANDO HOY MI HUELLA :..]]•¦¦¦
ResponderEliminar´´´´´´´´´´´´´¶¶¶¶¶¶$´´´´´´´´´´
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¦¦¦•[[..: HOLAAAAAAA COMO ESTAS VOS? DESEO QUE MUY BIEN, PASO A SALUDARTE Y A DESEARTE UN BUEN FIN DE SEMANA, TAMBIEN CONTARTE QUE HOY SALGO A VACACIONES EN MI TRABAJO ASI QUE ESTARE ALEJADO DE MIS BLOGGERS http://worldfantasy-christian.blogspot.com/ Y EL http://galaxy-player.blogspot.com/ DURANTE UN MES, ESTE DE MUNDO ANIMAL LO DEJARE CON ESTRELLITA YA QUE ELLA PUEDE PONER ENTRADAS Y SALUDAR CON EL, ES UN BLOG COMPARTIDO Y LOS DOS LO MANEJAMOS, YA QUE ESTRELLITA CERRO EL SUYO PUES LA DEJARE AL CUIDADO DE NUESTRAS MASCOTAS EN MUNDO ANIMAL, A MI REGRESO TE VISITARE CON MIS OTROS DOS BLOG Y PONDRE ENTRADAS NORMALMENTE, TE DESEO LO MEJOR EN ESTOS DIASSS DE AUSENCIAAAA Y QUE DISFRUTES SIEMPREEEEEEEE, SALUDOS DE TU AMIGO CHRISTIANNN Y HASTA DENTRO DE UN MESSSSSSSSSS, AHH Y ME CUIDAS MIS CASITAS JEJE CHAUUUU :..]]•¦¦¦
XoseAntón
ResponderEliminarDizes que o poeta te era desconhecido, mas pelo que escreveste, julgo que o compreendeste muito bem, ou melhor dizendo, que o sentiste muito bem!
Pascoaes era um poeta pensador e “saudosista”, enraizado na terra que o viu nascer, sofreu, captou os sentimentos através da natureza e da simplicidade envolvente e permitiu o seu voo, a sua “libertação” através da poesia.
Não será por um acaso que o sentiste.
Recorda que a “Morriña” é irmã gémea da Saudade!
Abraço de nós todos
Manuel Afonso,
ResponderEliminarObrigado pelas suas palavras sempre tão simpáticas.
Concordo que somos um povo saudosista e ainda hoje a saudade continua a grassar, embora muitos o tentem negar.
Permita-me que destaque uma frase do seu comentário:
“Finalmente, o passado será sempre um depósito de conhecimentos que não podemos malbaratar.”
Certíssimo, Não podemos esquecer que é sobre o passado que construímos o futuro, sem ele não há alicerce sólido!
Apareça sempre
Abraços da equipa
Olá Feli,
ResponderEliminarObrigado pela tua visita, um bom fim-de-semana para ti também.
Lê mais alguns poemas de Pascoaes e depois diz o que sentiste!
Aparece sempre,
Abraços
Isa,
ResponderEliminarFicamos muito felizes como seu comentário.
Por favor conte-nos mais sobre o que sentiu ao visitar a casa de Pascoaes.
Deve ter sido um momento inesquecível pisar a terra que ele calcorreou, olhar a paisagem que ele viu, a casa onde viveu…que sentiu Isa?
Abraço de todos nós
Tania,
ResponderEliminarSeja bem-vinda ao nosso farol e obrigado pelas suas palavras simpáticas.
Este nosso cantinho (de Tétis, Poseidón e Argos, ou quando o fazemos em equipa, de Amizade), ao início, pode parecer um tanto ou quanto “caótico” devido aos temas aqui tratados mas são simplesmente o vogar dos nossos estados de alma!
Apareça sempre, assim como nós (se o permitir) a visitaremos nos seus blogs de alto nível que conseguem “prender” a nossa atenção por tempo ilimitado.
Abraços cheios e amizade
Hola Christian,
ResponderEliminarBoas férias, mas vamos sentir a tua falta!
Podes estar certo que mesmo na tua ausência visitaremos os teus blogs e te “ajudaremos” a cuidar deles.
Abraço e regressa breve
NÃO SÓ ESTE, MAS TODOS POEM deste blog é um presente para a alma e os nossos conhecimentos ... Obrigado por estar ON da escrita e nos fazer sentir ...
ResponderEliminarSANTYJOS
Mas que glorificação à Poesia!!,
ResponderEliminaratravèz de Pascoais.
Eu tenho saudades de quase tudo...mas não sou saudosista.
Abraço
Amigos, aqui vai um pouco mais do
ResponderEliminarq. senti.A primeira sensação foi a de entrar num lugar quase sagrado e
um arrepio por pisar o chão que um grande poeta pisara.Queria e ñ queria - sabem como é?- tocar em tudo o q. olhava.Uma familiar do Poeta disse-me que notava a emoção
e estivesse à vontade.Quase a medo,
muito de leve passei as mãos pela mesa de trabalho,quase como a "fazer uma festinha"...
Marcou-me muito,acreditem.
Beijo.
isa.
Amizade: Hola como estas??. Me a encantado tu post de poesias,preciosas todas, te felicito por esa sensibilidad que tienes en ponerlas en tu blog y compartirlo con todos..
ResponderEliminarTe invito si te apetece pasarte por nuestro blog.Un besazo fuerte muack
COM CARINHO...PARA TI....
ResponderEliminarDOMINGO
O acordar é cedo...
Acordar de gente...
Que quer aproveitar...
Quer ver...
Quer desfrutar...
E então...
A cama fica vazia...
E eu vou...
Vou observando...
Apreciando...
Prados montes
Árvores e riachos
Casas e animais...
E assim escrevendo...
Vou sentindo...
Que olhando e rabiscando...
Vou sentindo poesia
Amigos meus...
ResponderEliminarvamos lá definir aqui uma coisa que me confunde - caso pretendam aceitar a proposta:
Eu e penso que outros comentadores, raramente sabemos quem coloca os posts. Por vezes, nos comentários de resposta, essa curiosidade - que matou o gato - é satisfeita porque um de vós nos responde na 1ª pessoa e não em trio!
Mas...e como aconteceu desta vez, é o "Farol" que responde!
e quem é que está de serviço ao "Farol"? A Tetis, o Argos, o Poseidon? Haverá mais alguèm?
PAra mim é deveras inquietante as pessoas não se mostrarem, ou pelo menos não sabermos algum nome ou...sobrenome: Castro - há muitos Castros, ou Pereira há mais ainda.
Eu sou Mariz aqui, mas muitas vezes assino "Mariz de Maria"..porque efectivamente sou MAria Manuela - não tenho problema nisso - mas até exibo a minha foto - tirada há 1 ano...
e sou mãe de 2 filhos com 37 e 35 anos, rapaz e rapariga, pertenci ao Estado, também sou divorciada, não pretendo casar-me de novo, - mas as minhas alergias são apenas aos fenos,pólen, pó e pelo de gato, embora tenha 2 gatas e 3 cães adoptados. Onde é que por relatar isto alguém me rouba a intimidade?! - por exemplo!
Se eu não vos conhecesse um pouquinho e não "me desse", pelas palavras que vos dedico, porque vos senti primeiro, ATENÇÃO! creiam fosse outro CASO, não mais visitaria o vosso blog - como já aconteceu com outros.
Há pessoas que realmente não me interessam e nem as procuro sequer. O Alto sabe muito bem encaminhar-me para quem ou o inverso - porque a vibração que emitimos,assim nos conduz.
Repito,venho aqui porque vos senti e conheço um pouco dessa alma vossa que é bem formada, sem exibições falsas ou sequer ler-vos em vontades e emoções, não explanem senão aquilo que são. Outros blogs proclamam intimidades, gritam por uma liberdade em frases e imagens sensuais ou até indecorosas que se nota toda a máscara de que são feitos. É por isso que eu escolho quem quero ver no meu blog. Visitas há, que, na retribuição do gesto, pela leitura pouca e dar uma vista de olhos pelas imagens crio barreira e não mais volto! E caso me visitem pela 2ª vez já nem respondo! Não me interessam. Penso que um blog não é um meio de revelações frustradas, ou de imitações de como ou quem deve "ser"!
De repente a blogosfera portuguesa descobriu que tem sexo, que tem hipótese de se afirmar pela negativa, e faz-se valer das mais incríveis artimanhas e artifícios para chegar a algo...ou alguém! Se calhar na vida real por incapacidade ou medo, ou outra coisa qualquer não pode, ou não tem coragem!
Vocês os 3 não necessitam de se esconderem! Porque são
naturais...poderia mesmo afirmar que se vestem da mesma pele (vossa). Desculpem a frontalidade, mas quem tem carácter - já que poucos se valem dele, ou ignoram simplesmente - me tem sensibilidade e cultura - que não apenas versejar á toa, sem qualquer rima, e desconexadamente - eu estou fora desse âmbito, porque dedilho umas letras de forma infantil e jamais me auto-ititularia de poetiza - mas há quem o queira ser e a blogosfera é perita nisso. É ver quem é mais que o outro e quem já editou mais livros! - mas nem por isso são muito intelectuais, ou mais cultos, ou mais sábios, ou mais...ou mais!!! Quem tem outras prioridades como vocês, que sobressai de sobremaneira, pelo que comenta e pelo que coloca em blog... toda essa comunicabilidade encantadora, como se vem assistindo...não cabe em mim,ver-vos assim, e sem uma foto ou um nom! - muito menos estar a escrever para um "farol" ou se fossem 3 faróis?!! - mesmo que dele/s saia/íssem toda a luz, para que outros se não perdessem!
Amiguinhos, por favor não se zanguem comigo; costumo falar de coração nas mãos e sem pensar sequer nas consequências - qual criança irresponsável que diz o que lhe vai na alma.
Agora Tetis:
Grata pelo comentário. É sempre comovente ler-te, minha amiga do lado esquerdo do peito! Sinto-te tão perto! - é verdade, isto!
E sim...estou a tratar-te por tuo mote e porque "te" deste; muito embora me custe esse tratamento mas que vou perdendo com o contacto com certas pessoas; o "vc" não é por snobeira, ou elitismo, mas por hábito simplesmente.
E sim!Sou uma devota do nosso planeta e chego a chorar com ele. Por isso me preocupo tanto e pelas gentes que tanto lhes falta...tanto!
E nós aqui, queixamo-nos de quê? Da barriga cheia? Das diversões que não mais acabam e nos fazem gastar tempo quando ele serviria para coisas tão mais importantes? tão urgentes?
E preocupados com a crise!
Não falo por mim, mas pela maioria. Pois a crise pelo meu lado, já chegou há muiiiiiiito tempo! e diversões também não...porque como disse já optei por ser eremita e viver com o necessário e utilitàrio! Desfiz-me de tudo ou quase.
Que bom seria se não tivesse de colocar determinados alertas no meu blog...
Era sinal que havia gente atenta! e gente desperta para o outro lado da VIDA! - com letra grande..porque não é esta!
Agora...Farol!!!
Quanto a este post, como já referi noutro, gosto de Pascoaes!
Muito embora ele contradiga Pessoa que acentua que "os poetas são uns fingidores".
Se é dor que eles fingem...
mas neste caso não!
Pascoaes tem uma dor lactente, uma tristeza que relata e é perturbante.
Antes das situações acontecerem ele conscientemente prevê o fim e fica saudoso e sofrido por isso!
A sua sensibilidade é-lhe trazida por uma alma que vai fenecendo aos poucos com "A DOR QUE DEVERAS SENTE!" - contrariando Pessoa.
Ele, é ele mesmo! Foi assim...
só espero que na próxima encarnação venha com outra predisposição par versejar e os que o lerem, sintam alegria, contentamento, euforia até...é sinal que a mudança no aprendizado LÀ, resultou!
E pronto. Acaba aqui a minha dissertação que, como sempre é longa, porque não foi ainda o momento para colocar em prática o poder de síntese!... - vou ter de continuar os treinos.
Mas é que há coisas que também não se dizem em 3 linhas!
então:
Tetis, Argos, Poseidon
Abraço meu...e (re)pensem com carinho no que aqui escrevi.
quando cá voltar espero encontrar cada um a assumir o que "postou" - embora em nome dos outros.
Sempre a considerá-los e respeitá-los...mas sempre com amor
Mariz
errata:
ResponderEliminar"me" tem sensibilidade e cultura -
ouve aqui um "m" a mais...porque apaguei algo e o "m" ficou.
Deveria ler-se:
...E tem sensibilidade e cultura
errata: "intitular"! e não ititular
ResponderEliminareu sei escrever...sei umas coisinhas, embora me tivesse habituado numa redacção quase de criança, porque na altura Portugal era pouco letrado...hoje não! há mais gente licenciada, doutorada e outras coisas mais, mas com erros ortográficos para dar um certo "charme", "classe", ou "toque" a proletariado, talvez! - srsrssr.
No meu tempo não! Apanhavam-se reguadas quando o ditado seguia com erros e nas "provas" á máquina e de discurso, que fiz para o Estado - sim, não foi por cunhas e tinha-as ao montes se fosse por aí... - a redacção, o ditado, a cópia, os mapas, as circulares, etc. eram vistas ao pormenor...era mesmo "pidesco"! Tinhamos acabado de "inaugurar" a democracia e as pessoas ainda vinham com muitos "tiques" do velho, caduco e aprisionado sistema de "quem tinha um só olho mas não era rei!"
Portanto...os meus erros devem-se a 3 situações:
se me vissem escrever logo perceberiam.
é que me ficou a técnica do piano e escrevo com os dedos todos e esborracho algumas teclas e outras ficam por carregar.
2º - a velocidade que imprimo é de turbo!e nunca conduzi!
3º - demoro imenso tempo no computador e pretendo libertar-me o mais possível.
4º - o meu teclado está a necessitar de ser renovado, mas como é um portáctil, e normalmente escrevo no cólo, fica muito incómodo ter outro e em que parte o colocaria? sobre este, não dá...tenho de ter o rectÂngulo preto disponível que faz de rato...e com este não tenho habilidade para o movimentar...nem espaço! prefiro fazer tudo com as minhas mãozinhas!
Explicações dadas.
Não tenho mais cartadas na manga!
Abraço meu daqueles!
Mariz
Ah! que viva a Prima Vera! é uma querida! doce, suave, tem um brilho natural, tem olhos cor de mar e pele de rosa e de cheiros mil!
Claro...é menina!Sobretudo traz consigo transformação! Aprendizado!
P.S. - que não o partido rosa
Prometo dar-vos mais tranquilidade para a próxima
Olá Mariz,
ResponderEliminarPercebo a sua confusão e a de outros visitantes e pedimos desculpa.
Nós os três já falamos muitas vezes do assunto e da melhor forma de resolver o problema sem desvirtuar os princípios que levaram à criação deste blog.
Para já posso dizer-lhe que este blog é de três amigos:
Poseidón – Um amigo hispano-francês com um coração de menino, amante da vida e do “saber viver com felicidade”.
Argos – Eu, um luso-espanhol com um coração definitivamente lisboeta. Adoro esta cidade onde resido.
Tétis – A única menina deste Blog, e a maioria das vezes o nosso farol!
Portuguesa e acérrima defensora da língua de Camões, costuma mostrar-nos o rumo com calma e firmemente, decididamente, a luz do “nosso farol”.
Quanto à forma como assinamos, quando escrevemos Amizade significa que o post é realizado por mais que um de nós. Neste caso específico, “Os Poetas”, é um trabalho feito por Tétis e por mim.
Porque assino Argos? Porque para mim é mais fácil navegar pelos oceanos ou pelas estrelas do que andar por esta terra terra!
Algumas das nossas razões sobre os nomes que adoptamos estão em posts colocados nos dias 26 de Janeiro (Argos), 28 de Janeiro (Poseidón) e 30 de Janeiro (Tétis).
Não estamos zangados consigo Mariz, aceite um abraço grande e não deixe de aparecer por aqui trazendo sempre a sua simpatia e a mensagem, nem nos “barre” a entrada no seu blog onde eu encontro sempre a paz!
Outro abraço
Paso a dejar mis saludos y gratitud por acercarnos a vuestros poetas que también son nuestros y de todos.
ResponderEliminarComo los has dejado aquí, puedo volver cuando me apetezca y releer.
Bicos.
Mis amigos de AMIZADE : Tétis y ARGOS,
ResponderEliminarque serie mas instructiva y interesante de "Os Poetas do Parque"
Adore lo siguiente :
"Que saudades de tudo eu sinto, porque tudo
É feito de lembrança..."
Para mi es eso tb porque todo lo vivido ayuda a vivir, mejorar y construir para mejor nos servir, andando por el camino de la vida...
Tb quiero felicitar y agradecer mi Amigo ARGOS por lo bien que explico sobre los tres amigos que iluminan este lugar "Um Farol chamado Amizade"
Un Faro llamado Amistad.
Abraços a todos
Olá santyjos,
ResponderEliminarBem-vindo ao nosso blog!
Obrigado pelas palavras tão simpáticas.
Volte sempre
Abraço
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarJosé Andrade,
ResponderEliminarObrigado por nos visitar!
Ainda bem que gostou de Pascoaes.
Quanto ás saudades, julgo que quase todos pensamos do mesmo modo!
Abraço
Mais uma vez, olá Isa!
ResponderEliminarMuito obrigado por compartilhar connosco as vivências dessa visita.
Permita-me que destaque esta frase:
Quase a medo,
muito de leve passei as mãos pela mesa de trabalho, quase como a "fazer uma festinha"...
Magnifico!
Outro abraço
Emy,
ResponderEliminarFicamos felizes por gostares do nosso post.
Podes apostar que visitaremos o teu blog muitas vezes! É um local muito agradável.
Aparece sempre que queiras.
Abraço de todos nós
Olá Lili
ResponderEliminarObrigado pelo poema, é sempre bom sentir a poesia…
Abraços de nós todos
Hola fonsilleda
ResponderEliminarObrigado pelos teus comentários sempre simpáticos.
Aparece no nosso blog sempre que queiras, será um prazer para todos nós!
Quanto aos poetas, julgo que são de todos que os saibam sentir, não concordas?
Abraço
Olá Poseidón,
ResponderEliminarUm grande abraço de nós os dois!
Estávamos a estranhar a tua ausência.
Mas zangas-te se eu discordar um pouquinho de ti?
É esta frase:
“Para mi es eso tb porque todo lo vivido ayuda a vivir, mejorar y construir para mejor nos servir, andando por el camino de la vida...”
Nem sempre amigo...
Outro abraço