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Onde me levas, rio que cantei,
esperança destes olhos que molhei
de pura solidão e desencanto?
Onde me levas?, que me custa tanto
Não quero que me conduzas ao silêncio
de uma noite maior e mais completa,
com anjos tristes a medir os gestos
da hora mais contrária e mais secreta
Deixa-me na terra de sabor amargo
como o coração dos frutos bravos,
pátria minha de fundos desenganos,
mas com sonhos, com prantos, com espasmos.
Canção, vai para além de quanto escrevo
e rasga esta sombra que me cerca.
Há outra face na vida transbordante.
que seja nessa face que me perca
As mãos e os frutos, Eugénio de Andrade
Onde me levas, rio que cantei,
esperança destes olhos que molhei
de pura solidão e desencanto?
Onde me levas?, que me custa tanto
Não quero que me conduzas ao silêncio
de uma noite maior e mais completa,
com anjos tristes a medir os gestos
da hora mais contrária e mais secreta
Deixa-me na terra de sabor amargo
como o coração dos frutos bravos,
pátria minha de fundos desenganos,
mas com sonhos, com prantos, com espasmos.
Canção, vai para além de quanto escrevo
e rasga esta sombra que me cerca.
Há outra face na vida transbordante.
que seja nessa face que me perca
As mãos e os frutos, Eugénio de Andrade
Lindo poema do Eugênio Andrade...
ResponderEliminarBela escolha...
Obrigada pela visita no meu
Boa noite pra vc
Beijos na alma!
Poema muito lindo e muito ritmado. Também a escolha do nocturno de Chopin, que acalma o stress e reconforta a alma, merece aplausos. saudações
ResponderEliminarSalvé Argos!
ResponderEliminarNesse estado, sinto alguma melancolia, ou qualquer quimera lançada ao vento, quem sabe?!
De novo Eugénio de Andrade...
óbviamente!
Quem de tão bela poesia supera o tempo?!
Ou se perde por um "andante" Noturno?!...
Quem saberá ser apenas...
esquecimento?!
Ou um manto de silêncio...fale por si?!
Sempre...
Mariz
errata:
ResponderEliminar...Ou um manto de silêncio..."que" fale por si!
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Belas escolhas, Argos!
Penso que isso ficou bem expresso no que escrevi.
O Noturno de Chopin quando o toquei em tempos idos, era como que uma fuga ao que me rodeava.Uma viagem ao meu interior, se quiser; embora já não toque,este compasso é um pouco lento...para mim. O que lhe imprimia era um pouco mais rápido...ligeiramente...
Fique bem...
Penso que não estará...
(sentires...meus)
Abraço de sempre
carinhosamente
Mariz
!
Precioso y acompañado del nocturno de Chopín ¡puf!.
ResponderEliminarEsas imágeles del río que lleva...
Bicos.
……{\……._____…..,
ResponderEliminar…..{*.\…..(*~*~*)…/}
….{.~.*\….////^^\../~}UM ANgel
….{*….\..(((/.6.6./.*} PARA TE
….{..*.~.\.)))c..=.)*..} PROTEJER
…..{*…*.////’_/~`.~.} E ILUMINA
……{~.*.((((.`.`\.*}’ SIEMPRE!!!
…….`{.~.)))`\.\))_.-:
……….`{.(()..`\_.-’`.`:’
…………`)/.`..|
………….(….\’ \
…………..\….\ .\
…….._ .__\…| /
……..|` `’…“Y;
……..|./“-../../
Muy bueno, gracias por compartirlo, no conocía este autor del cual ahora voy a indagar, un saludo. daniel
ResponderEliminarOlá gaby
ResponderEliminarAinda bem que gostaste do Eugénio de Andrade.
Visitei o teu blog e vou continuar a visitar, se me deixares, é claro!
Abraço
Manuel,
ResponderEliminarObrigado pelo seu comentário e por ter gostado do poema.
Com este ritmo de vida precisamos mesmo de alguma “coisa” que nos faça abrandar.
Se for poema ou Chopin, melhor ainda!
Abraço, volte sempre
Olá Mariz
ResponderEliminarMelancolia sim, mas como característica. Eu amo a vida!
Antítese? Talvez não.
E sim, gosto do entardecer junto ao mar (Praia das Maçãs também mas gosto de praias mais desertas), do silêncio e de nocturnos de Chopin bem lentinhos, cada nota uma utopia, cada som uma evasão…
Abraço
Fonsilleda,
ResponderEliminarFico feliz por ter gostado do tema.
O rio que me leva? O Tejo!
Abraço, vou passar pelo seu “cantinho” dentro em breve, gosto muito das fotos que lá tem!
Olá Feli,
ResponderEliminarObrigado pelo anjo da guarda.
Desejo que ele te proteja a ti também!
Abraço
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarBela poesia;
ResponderEliminarMúsica contagiante;
Momentos mágicos;
Que dão sentido á vida...
Um grande abraço amigo Argos. Valeu....
Daniel,
ResponderEliminarObrigado por vir até ao nosso Farol!
Fico feliz por o ter ajudado a “descobrir” este poeta, aconselho-o a ler mais poemas dele, julgo que vai gostar.
Abraço e volte sempre!
Olá João,
ResponderEliminarObrigado pelas suas palavras simpáticas.
Estou de acordo consigo: Para a vida ter sentido, são necessários muitos momentos mágicos!
Um grande abraço para si e venha até ao nosso farol sempre que quiser.
Pois é Tétis....
ResponderEliminarEsse poema, parece estar bem calhado para mim.
Não tenho aparecido,.....porque não tem sido possível,claro
São só mais uns dias
e voltarei.Assim espero.
Obrigado pela amizade
Mi amigo Argos,
ResponderEliminarcomo todos dijieron ya, el poema lindo, quizas un poco melancolico..
EL video y su musica un balsamico, se puede descansar y tb soñar asi como dar a pensar..
Como siempre tienes buen gusto en lo que escoges.
Un abrazo y un feliz fin de semana.
Argos...
ResponderEliminarMemo:
eu disse ao fim da tarde...
e acrescento:fora da época balnear!
E de preferência, em dias de semana...porque nos outros, os índios descem ao povoado e é a confusão total!
Vou tentar adivinhar:
também é meu vizinho?! Ou Sintra é o seu refúgio apenas?
Já sei...
Não vai responder.
Logo é hora do PLANETA!
Não esqueça/m!
As luzes interiores vão brilhar bem mais, caso todas as lâmpadas estivessem acesas!
Aconselho que se enviemos mentalmente os melhores votos á nossa CASA, porque essa vibração irá tocar outros e assim sucessivamente...e as consciências (algumas) começarão a pensar de outro modo em relação á atenção que lhe dedicam.
É assim que funciona.
Tudo, mas tudo mesmo, parte do pensamento que se emite..e os primeiros a sofrer ou a beneficiar com isso, somos nós...sempre!
Abraço de sempre
carinhosamente
Mariz
ESPAVO!
Argos,
ResponderEliminarMuito belo este poema de Eugénio de Andrade, como o é toda a sua poesia marcada toda ela pela musicalidade, pelo ritmo e imagética.
Mas não vou alongar-me mais sobre este poeta, uma vez que ele é um de "Os Poetas do Parque" que, em devido tempo, visitaremos nesses nossos passeios pelo Parque dos Poetas.
Dele deixo aqui apenas um pequeno poema que considero genial:
Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.
Um grande abraço muito amigo.
Olá amigo Andradarte,
ResponderEliminarArgos pediu-me que te respondesse, dado que é a mim que te dirijes e por isso aqui estou a agradecer este teu comentário ao lindo poema de Eugénio de Andrade.
Não me atrevo a comentar o facto de dizeres que parece que este poema está bem calhado para ti. Não sei se o dizes com satisfação, amargura ou nem uma coisa nem outra e daí o meu silêncio!...
Não precisas de te justificar por andares desaparecido. Todos nós temos as nossas vidas, as nossas ocupações e este deverá ser um espaço onde vimos para conviver, um espaço de alegria e boa disposição e não uma obrigação, um dever mais a cumprir.
Só lamento não teres ido à nossa festa no Farol, a "Um brinde à Amizade". Pelas fotos e pelos comentários poderás fazer uma pequena ideia do que aquilo foi...
Mas prepara-te porque em breve anunciaremos outra festa e a essa não permitiremos que faltes. Fica atento.
Um grande abraço amigo.
Chopin faz-nos viajar, reflectir, acalmar...
ResponderEliminarGostei de ouvir o nocturno lendo o poema de Eugénio de Andrade, porém fiquei parada numa frase em particular e li-a mais do que uma vez...
"Há outra face na vida transbordante.
que seja nessa face que me perca"
Abraços
Poseidón, meu amigo
ResponderEliminarConcordo que o poema é melancólico, mas todos nós temos estes momentos, não temos?
Se não forem em demasia até são úteis para “ arrumar” os pensamentos!
Abraço e um bom fim-de-semana para ti também!
Mariz, olá de novo!
ResponderEliminarSintra tem um lugar muito especial, mas mesmo muito especial no meu coração.
Abraço
Mariz, estou triste.
ResponderEliminarVou sentir falta dos eu blog, mas respeito.
Abraço
Argos...não entendi...
ResponderEliminarTou aqui!!! e se nunca haja areias na engrenagem...sempre estarei.
E...
tá bem! reservado como sempre...
mas olhe que eu não mordo...
Abraço meu
Não fique triste...não percebi essa...
Com carinho
Mariz
Olá Mariz,
ResponderEliminarIsto parece o jogo do gato e do rato - rsrsrsrs
Acabei de te responder a este "susto" de Argos no meu post do "Apagão". Agora chego aqui e vejo esta tua mensagem...
Vai, por favor, ao post do "Apagão" e terás lá a explicação da mensagem de Argos.
Um beijo
Olá Tétis,
ResponderEliminarSabia que ias gostar do poema!
Também percebi a mensagem, guardar o Eugénio para o Parque!
Quanto ao poema que colocaste aqui, agradeço é muito profundo.
Mas porque será que nos deixamos cair no chão?
É só retórica não precisas responder!
Abraço grande
Paula,
ResponderEliminarFico feliz por a ver aqui!
Anda bem que gostou do Nocturno e do poema.
Quanto aos versos que destacou, julgo qu e esse é o desejo de todos nós!
Abraço, volte sempre
Argos
ResponderEliminarAinda bem que já se recompôs do "susto" - srsr
Não sei porquê...mas tive essa boa sensação, que aquele fenómeno de violinista poderia "tocar" algumas pessoas...entre elas vc. Penso que a Tétis se passar por lá sentirá também....Há certos músicos e trechos que só sentindo....as palavras estragavam o encanto do momento.
eu acho.
Sabe Argos... perdi uma noite a elaborar aquele post; tem muita informação e penso que embora longo pode ler-se aos bochechos.
Se as pessoas quiserem têm muitas dicas para verem as coisas de outra forma - é sempre esse o meu propósito.
fico feliz que tenha esse sentimento todo pela prenda que deixei. Daqui a uns dias...já sabe - não apanhe outro susto. - srsr
Mas eu volto.
Abraço grande também para si.
Sempre
Mariz