quinta-feira, 30 de abril de 2009

Un sourire ne coûte rien


Un sourire ne coûte rien et produit beaucoup
Il enrichit ceux qui le reçoivent
Sans appauvrir ceux qui le donnent.
Il ne dure qu’un instant
Mais son souvenir est parfois éternel.
Personne n’est assez riche pour s’en passer
Personne n’est assez pauvre pour ne pas le mériter
Il crée le bonheur au foyer, soutient les affaires,
Il est le signe sensible de l’amitié.
Un sourire donne du repos à l’être fatigué,
Rend du courage aux plus découragés.
Il ne peut ni s’acheter, ni se prêter, ni se voler,
Car c’est une chose qui n’a de valeur
Qu’à partir du moment où il se donne.
Et si quelquefois vous rencontrez une personne
Qui ne sait plus avoir de sourire
Soyez généreux, donnez-lui le vôtre
Car nul n’a autant besoin d’un sourire
Que celui qui ne peut plus en donner aux autres.

(Michel Quoist)

Hey, Hey Sonrie... Charles Chaplin




“ Una sonrisa no cuesta nada y procura mucha riqueza para quien la recibe sin hacer mas pobre quien la dio.. “

Recibe mi sonrisa, es para ti !

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Selo/Prémio "One Lovely Blog Award"


Agradecemos reconhecidos ao “…viajar pela leitura” - http://viajarpelaleitura.blogspot.com este lindíssimo selo que tão carinhosamente atribuiu ao nosso blog.

De acordo com as regras, vamos nomear os próximos 15 blogues a quem atribuiremos este selo:


Momentos Meus - http://isa-momentosmeus.blogspot.com/

Arte Abstracto - http://daniel-arteabstracto.blogspot.com/

Sou Pó e Luz - http://soupoeluz.blogspot.com/

Luz de Luna - http://luzdelunaarwen.blogspot.com/

Verso & Prosa - http://versoeprosapoemas.blogspot.com/

Un rincón del Mediterráneo - http://unrincondelmediterraneo.blogspot.com/

Utopie Calabresi - http://utopiecalabresi.blogspot.com/

Un Mundo Animal - http://huellasdecuatropatas.blogspot.com/

África em Poesia - http://africaempoesia.blogspot.com/

El Blues de las Encinas - http://elblusdelasencinas.blogspot.com/

La Mar de Sentimientos - http://lamardesentimientos.blogspot.com/

Beleza Verdadeira - http://abelezaverdadeira.blogspot.com/

Eternos Sonhares - http://apaixonada51.blogspot.com/

Memórias Vivas e Reais - http://memoriasvivasereais.blogspot.com/

Cogitar - http://cogitarlamego.blogspot.com/


Parabéns a todos vós!...

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Os Poetas do Parque

Fernando Pessoa (1888-1935)
Parte 2

Cá estamos para mais um passeio pelo Parque dos Poetas. Vamos continuar com Fernando Pessoa, mas desta vez vamos entrar no mundo da sua heteronímia.

Pessoa e os seus heterónimos

Heterónimos são mais do que simples pseudónimos, são invenções de personagens completos que têm uma biografia própria, estilos literários diferenciados e que produzem uma obra paralela à do seu criador. Fernando Pessoa criou várias dessas personagens, excelentes autores que escreveram, lado a lado, com o próprio Pessoa.

Os heterónimos de Fernando Pessoa são concebidos como individualidades distintas da do autor, este criou-lhes uma biografia e até um horóscopo próprios. Encontram-se ligados a alguns dos problemas centrais da sua obra: a unidade ou a pluralidade do eu, a sinceridade, a noção de realidade e a estranheza da existência. Traduzem a consciência da fragmentação do eu, reduzindo o eu “real” de Pessoa a um papel que não é maior que o de qualquer um dos seus heterónimos na existência literária do poeta. São a mentalização de certas emoções e perspectivas, a sua representação irónica.

Continua a estudar-se a razão porque Fernando Pessoa teria criado estes heterónimos.
São várias as hipóteses que se levantam: esquizofrenia? A constituição psíquica de Pessoa, instável nos sentimentos e falho de vontade, teria gerado a multiplicação em personalidades ou personagens do drama em gente. Pessoa explica o aparecimento dos heterónimos dizendo que a origem destes reside na sua histeria, provavelmente histeroneurastenia, logo numa “tendência orgânica e constante para a despersonalização e para a simulação”.


A qualidade de poeta de tipo superior levá-lo-ia à despersonalização. Segundo o próprio Pessoa, há quatro graus de poesia lírica e no cume da escala, onde ele se coloca, o poeta torna-se dramático por um dom espantoso de sair de si. A heteronimia seria o termo último de um processo de despersonalização inerente à própria criação poética e mediante o qual Pessoa estabelece uma axiologia literária.
O poeta será tanto maior quanto mais intelectual, mais impessoal, mais dramático, mais fingidor - é o sentido pleno da “Autopsicografia”. O progresso do poeta dentro de si próprio, realiza-se pela autoria sobre a sinceridade, pela conquista da capacidade de fingir. A sinceridade é o grande obstáculo que o artista tem de vencer. Só uma longa disciplina, uma aprendizagem de não sentir senão literariamente as coisas, pode levar o espírito a esta culminância.

Uma coisa é certa: a genialidade de Fernando Pessoa é grande demais para caber num só poeta. Como bem o sintetizou o seu heterónimo mais atribulado, Álvaro de Campos: "Quanto mais eu sinta, quanto mais eu sinta como várias pessoas, Quanto mais personalidades eu tiver, Quanto mais intensamente, estridentemente as tiver, Quanto mais simultaneamente sentir com todas elas, Quanto mais unificadamente diverso, dispersadamente atento, Estiver, sentir, viver, for, Mais possuirei a existência total do universo, Mais completo serei pelo espaço inteiro fora.”

Outra das explicações para a existência deste heteronímia é o facto de Pessoa ter vivido durante os primórdios do Modernismo, numa época em que a arte se fragmentava em várias tendências simultâneas, as chamadas Vanguardas: Futurismo, Cubismo, Expressionismo, Dadaísmo, Surrealismo e muitas outras. A arte, no momento da explosão das inúmeras vanguardas modernistas por todo o mundo, também se dividia e se multiplicava. Fernando Pessoa, introdutor das vanguardas modernistas em Portugal, ao se dividir, levou a fragmentação da arte moderna às últimas consequências.

Fernando Pessoa ficará sempre conhecido como o poeta dos heterónimos; o poeta que se desmultiplica ou despersonaliza na figura de inúmeros heterónimos e semi-heterónimos, dando forma por esta via à amplitude e à complexidade dos seus pensamentos, conhecimentos e percepções da vida e do mundo; ao dar vida às múltiplas vozes que comporta dentro de si, o poeta pode percepcionar e expressar as diferentes formas do universo, das coisas e do homem. Os heterónimos podem ser vistos como a expressão de diferentes facetas da personalidade de Fernando Pessoa e como a manifestação de uma profunda imaginação, criatividade e ficção que desde cedo se revela no poeta - recorde-se que o primeiro heterónimo, o Chevalier de Pas, foi inventado quando o poeta tinha seis anos.

Bernardo Soares, o “semi-heterónimo”

Bernardo Soares não é um verdadeiro heterónimo de Fernando Pessoa, é um semi-heterónimo porque - como afirma o seu próprio criador – "não sendo a personalidade a minha, é, não diferente da minha, mas uma simples mutilação dela." É o nada que Pessoa descobre em si mesmo quando pára de fingir.

Bernardo Soares tinha cerca de 30 anos, era alto, magro, curvado ao se sentar e trajava com certa negligência. O seu rosto era pálido, aparentando ao mesmo tempo, um certo ar de inteligência e sofrimento diluídos. Fumava e a voz era baça e trémula, como a das pessoas que não esperam nada da vida.
Era ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa e vivia sozinho, na Baixa, num quarto alugado perto do escritório onde trabalhava.
Tinha um especial interesse em observar aqueles que o rodeavam. Levava uma vida suave, de afastamento, de entrega ao sonho. Pelas noites, sem amigos nem outros divertimentos, escrevia com lucidez extrema, analisando e explorando a alma humana.
Frequentava os restaurantes da Baixa, nas sobrelojas, onde encontrou Pessoa falando-lhe da sua admiração pela revista Orpheu.
É o autor do Livro do Desassossego, escrito em forma de fragmentos. O livro não é dele, mas é ele próprio.

Desde 1914 que Pessoa ia escrevendo fragmentos de cariz confessional, diarístico e memorialista aos quais, já a partir dessa data, deu o título de Livro do Desassossego, obra que o ocupou até ao fim. É neste livro que revela uma lucidez extrema na análise e na capacidade de exploração da alma humana.
Apesar de fragmentário, o livro é considerado um das obras fundadoras da ficção portuguesa no séc. XX, ao encenar na linguagem categorias várias que vão desde o pragmatismo da condição humana até o absurdo da própria literatura.


Seguem-se alguns fragmentos do Livro do Desassossego:

Fragmento 1

"O coração, se pudesse pensar, pararia."
"Considero a vida uma estalagem onde tenho que me demorar até que chegue a diligência do abismo. Não sei onde me levará, porque não sei nada. Poderia considerar esta estalagem uma prisão, porque estou compelido a aguardar nela; poderia considerá-la um lugar de sociáveis, porque aqui me encontro com outros. Não sou, porém, nem impaciente nem comum. Deixo ao que são os que se fecham no quarto, deitados moles na cama onde esperam sem sono; deixo ao que fazem os que conversam nas salas, de onde as músicas e as vozes chegam cómodas até mim. Sento-me à porta e embebo meus olhos e ouvidos nas cores e nos sons da paisagem, e canto lento, para mim só, vagos cantos que componho enquanto espero.
Para todos nós descerá a noite e chegará a diligência. Gozo a brisa que me dão e a alma que me deram para gozá-la, e não interrogo mais nem procuro. Se o que deixar escrito no livro dos viajantes puder, relido um dia por outros, entretê-los também na passagem, será bem. Se não o lerem, nem se entretiverem, será bem também."

Fragmento 15

"Conquistei, palmo a pequeno palmo, o terreno interior que nascera meu.
Reclamei, espaço a pequeno espaço, o pântano em que me quedara nulo.
Pari meu ser infinito, mas tirei-me a ferros de mim mesmo."

Fragmento 37
"Intervalo doloroso
Coisa arrojada a um canto, trapo caído na estrada, meu ser ignóbil ante a vida finge-se."

Fragmento 41


"E não sei o que sinto, não sei o que quero sentir, não sei o que penso nem o que sou."
"Verifico que, tantas vezes alegre, tantas vezes contente, estou sempre triste."
"Não vejo, sem pensar."
"Não há sossego - e, ai de mim!, nem sequer há desejo de o ter."


Fragmento 152


"Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia."
(Autores: Tétis e Argos)

sábado, 25 de abril de 2009

Revolução dos Cravos - 25 de Abril


No dia 25 de Abril de 1974 Portugal terminava definitivamente com meio século de opressão, medo e atraso. Foi a “Revolução dos Cravos” ou simplesmente “O 25 de Abril”, o nome dado ao golpe de estado militar que derrubou o regime político que vigorava em Portugal desde 1926.




Cinco minutos antes das 23h do dia 24 de Abril de 1974, nos estúdios da "Rádio Alfabeta" dos "Emissores Associados de Lisboa", o locutor de serviço “lançou” a música “E depois do adeus” de Paulo de Carvalho. Era o sinal, a 1ª senha, para as tropas avançarem.




A 2ª senha, constituída pela canção “Grândola, Vila Morena”, de José Afonso, foi posta no ar no âmbito do programa "Limite" da "Rádio Renascença", à meia-noite e vinte, antecedida da leitura da sua primeira quadra.

“Grândola, vila morena,

Terra da fraternidade,

O povo é quem mais ordena

Dentro de ti, ó cidade."


Esta 2ª senha transmitida pela "Rádio Renascença", estação de cobertura nacional, serviu para informar todos os quartéis e militares que aderiam ao golpe, de que tudo estava preparado e a correr conforme o previsto.



Era o arranque sincronizado e irreversível do "MFA-Movimento das Forças Armadas".
Quatro horas mais tarde a rádio era já o eco da liberdade e a promessa de que tudo iria correr bem.

A “Rádio Clube Português” é ocupada por militares e transformada no posto de comando do “Movimento das Forças Armadas”. Fica, por este motivo, a ser conhecida como a “Emissora da Liberdade”.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Portugal, 24 de Abril de 1974



Há 35 anos atrás, em Portugal, estas canções não podiam ser passadas na rádio:




(do Álbum de 1971 “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”)
Letra: Natália Correia (1923-1993)
Música e interpretação: José Mário Branco (1942- )

Queixa das Almas Censuradas

Dão-nos um lírio e um canivete
e uma alma para ir à escola
mais um letreiro que promete
raízes, hastes e corola

Dão-nos um mapa imaginário
que tem a forma de uma cidade
mais um relógio e um calendário
onde não vem a nossa idade

Dão-nos a honra de manequim
para dar corda à nossa ausência.
Dão-nos um prémio de ser assim
sem pecado e sem inocência

Dão-nos um barco e um chapéu
para tirarmos o retrato
Dão-nos bilhetes para o céu
levado à cena num teatro

Penteiam-nos os crânios ermos
com as cabeleiras das avós
para jamais nos parecermos
connosco quando estamos sós

Dão-nos um bolo que é a história
da nossa historia sem enredo
e não nos soa na memória
outra palavra que o medo

Temos fantasmas tão educados
que adormecemos no seu ombro
somos vazios despovoados
de personagens de assombro

Dão-nos a capa do evangelho
e um pacote de tabaco
dão-nos um pente e um espelho
pra pentearmos um macaco

Dão-nos um cravo preso à cabeça
e uma cabeça presa à cintura
para que o corpo não pareça
a forma da alma que o procura

Dão-nos um esquife feito de ferro
com embutidos de diamante
para organizar já o enterro
do nosso corpo mais adiante

Dão-nos um nome e um jornal
um avião e um violino
mas não nos dão o animal
que espeta os cornos no destino

Dão-nos marujos de papelão
com carimbo no passaporte
por isso a nossa dimensão
não é a vida, nem é a morte.


(do Álbum de 1963, "Trova do vento que passa")
Letra: Manuel Alegre (1936- )
Música e interpretação: Adriano Correia de Oliveira (1942-1982)

Trova do Vento que Passa
Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.

Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das água
se os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.

Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.

Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.

Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.

Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.

E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.

Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.

Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).

Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.

E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.

Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.

E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.

Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.

...e Portugal ansiava escutar esta canção...


Letra, música e interpretação: Ermelinda Duarte

Somos livres (Uma gaivota voava, voava)

Ontem apenas
fomos a voz sufocada
dum povo a dizer não quero;
fomos os bobos-do-rei
mastigando desespero.
Ontem apenas
fomos o povo a chorar
na sarjeta dos que, à força,
ultrajaram e venderam
esta terra, hoje nossa.

Uma gaivota voava, voava,
asas de vento,
coração de mar.
Como ela, somos livres,
somos livres de voar.

Uma papoila crescia,
crescia, grito vermelho
num campo qualquer.
Como ela somos livres,
somos livres de crescer.

Uma criança dizia,
dizia"quando for grande
não vou combater".
Como ela, somos livres,
somos livres de dizer.

Somos um povo que cerra fileiras,
parte à conquista
do pão e da paz.
Somos livres, somos livres,
não voltaremos atrás.


Amanhã será outro dia!!!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Roberto Carlos - ballenas















Muchos son los motivos para publicar este post hoy :


- Hoy es el día mundial de la Tierra y todos sabemos que el ser humano esta destruyendo muchas plantas, amimales, y tantas cosas sobre nuestro propio planeta…

Nadie mejor que el propio Roberto Carlos para decirlo cantando!

Roberto Carlos es un cantautor verdaderamente fantastico, compone casi siempre la letra y musica de sus canciones, sus textos son muy expresivos con unos pensamientos y sentimientos que procuran emociones.

El dia 19 de avril cumplio 68 años en su ciudad , brindando un show maravilloso en la ciudad que le vio nacer (Cachoeiro de Itapemirim)
Celebrando igualmente sus 50 años de carrera.


Como es posible que soporte tu conciencia?

Muchas personas han vivido durante siglos de la caza de ballenas pero ahora en estos dias estan en peligro de extinciones, se debe de detener la caza hasta que se estabilize la especie y luego hacer y hacer que se respete una ley que diga que se pueden cazar solo un pequeño numero de ballenas.

Caza de ballenas:

La caza de ballenas consiste en la obtención de recursos a partir de cetáceos, principalmente ballenas (suborden Mysticeti).

Hoy en día, la principal razón de caza de ballenas es la obtención de carne, aunque en la antigüedad hasta principios del siglo XX, también existían otras razones, como por ejemplo para calefacción e iluminación (aceite), productos cosméticos o productos farmacéuticos.

La caza de ballenas comienza en tiempos prehistóricos. En un inicio se limitaba a la captura de animales en la costa, pero al pasar de los siglos, los hombres aprendieron a cazar ballenas mar afuera. Es sabido que los pueblos
vikingos comerciaban en el interior de Europa cuernos de narval.
En la
Edad Media desde las atalayas de los pueblos de la costa del mar Cantábrico, los vigías daban la alarma cuando las ballenas, escapando de las aguas frías del mar del Norte se acercaban a estas costas. Entonces se preparaban pinazas con 10 o 15 remeros y un arponero que clavaba el arpón en la cabeza del animal, comenzando una dura lucha hasta que el animal era vencido y se remolcaba hasta la costa.
Se piensa que estas formas de caza no tuvieron un impacto ecológico real hasta el
siglo XIX, por el aumento en la demanda de aceites y grasas.

Método de caza

La crianza en cautiverio de ballena, a modo similar a la crianza de ganado, nunca se ha intentado y casi seguro que seria logísticamente imposible. En lugar de ello, las ballenas son cazadas en el mar, a menudo utilizando arpones explosivos, que perforan la piel de una ballena, explotando en su interior. La comunidad internacional considera esta forma de muerte, un sacrificio cruel, sobre todo si se lleva a cabo por artilleros inexpertos.
Una vez inmovilizada la ballena (no necesariamente muere con el arpón explosivo), es subida al buque factoría, donde debe ser desangrada antes del faenado (cortada en trozos).

Caza científica de ballenas

Actualmente, los países miembros del CBI no pueden cazar ballenas por razones comerciales, pero esta permitido cazar cierto número para la llamada caza científica. Es importante decir que este programa nunca fue solicitado por el Comité Científico de la Comisión Ballenera



Ballenas (Roberto Carlos )



Como es posible que soporte tu conciencia
Mirar los ojos de quien muere frente a ti
Y ver al mar que se debate suplicante
Y hasta sentirte un vencedor en ese instante

No es posible que en el fondo de tu pecho
Tu corazón no tenga lágrimas guardadas
Que derramar sobre ese rojo derramado
En esas aguas que has dejado tu manchadas

Los viejos te preguntaran que es lo que sabes
De las ballenas que cruzaban viejos mares
Que las vieron en los libros, o en imágenes de archivo
De un programa vespertino de televisión

Responderás con el silencio de tu boca
Recordaras parte del mar con furia loca
Una cola expuesta al viento en sus últimos momentos
Tu recuerdo es un trofeo en forma de arpón

Como es posible que tú tengas el coraje
De no dejar nacer la vida que surgió
En otra vida que no tiene hogar seguro
Y solo pide su existencia en el futuro
Cambiar tu rumbo y buscar tus sentimientos
Te hará sentir un verdadero vencedor
Estas a tiempo de escuchar cantar al viento
Una canción que te habla mucho más de amor

Los viejos te preguntaran que es lo que sabes
De las ballenas que cruzaban viejos mares
Que las vieron en los libros, o en imágenes de archivo
De un programa vespertino de televisión

Responderás con el silencio de tu boca
Recordaras parte del mar con furia loca
Una cola expuesta al viento en sus últimos momentos
Tu recuerdo es un trofeo en forma de arpón

Como es posible que soporte tu conciencia?

segunda-feira, 20 de abril de 2009

O "Império do Sol", de J. G. Ballard

Morreu ontem, aos 78 anos, o escritor britânico J. G. Ballard, autor de vasta bibliografia e que ficou conhecido sobretudo por duas das suas obras adaptadas ao cinema: “Crash” (1973) e “Empire of Sun” (1984).
James Graham Ballard, nascido em Xangai a 15 de Novembro de 1930, era apresentado como escritor de ficção científica, mas costumava dizer que os seus livros eram “uma imagem da psicologia do futuro”. “Império do Sol”, o seu livro mais aclamado, baseava-se na sua infância passada num campo de prisioneiros japoneses, na China, durante a II Guerra Mundial. Publicado pela primeira vez em 1984, “Império do Sol” ganhou o "Guardian Fiction Prize" e o "James Tait Black Memorial Prize", tendo sido finalista do "Booker Prize"; foi adaptado ao cinema pelo realizador Steven Spielberg, em 1987.


O filme “Império do Sol”

O filme "Império do Sol", de Steven Spielberg, é inspirado nas acções épicas de um pequeno garoto britânico, cujo espírito indomável voa alto e livre sob a dura repressão dos japoneses durante a II Guerra Mundial.
Baseado no romance autobiográfico de J.G. Ballard, o enredo concentra os elementos humanos nos olhos de Jim Graham (o mesmo nome do autor, James Graham), um garoto de 11 anos que vivencia os conflitos da guerra. Através dos seus olhos nós vemos a fascinação e o horror dessa guerra. Jim é uma criança segurando-se à sua vida frágil da infância, à medida que a sua enorme vontade de sobreviver aumenta impetuosamente.

Jim é um jovem de 11 anos, de uma família inglesa da classe alta que vive no Oriente.
Apaixonado por aviões e pelo sonho de pilotar, Jim reside com os pais diplomatas na parte inglesa de Xangai. Com um padrão de vida alto, Jim vê-se de repente separado de seus pais quando Xangai é invadida pelo exército japonês, em 8 de Dezembro de 1941. Obrigado e forçado a ter de se defender para sobreviver, Jim tem de se valer das suas próprias forças para enfrentar todos os horrores da guerra. Esta situação leva-o a crescer, tornando-se então um sobrevivente num campo de concentração com rígidas regras.

Separado dos pais e desesperado por comida, Jim é capturado por uma dupla de mercadores americanos que tenta vender tudo o que encontra. Inicialmente, eles até tentam vender Jim, mas não há compradores.Logo os três são, por sua vez, capturados e levados para o campo de prisioneiros Soo Chow, localizado próximo de uma base aérea chinesa. Lá, Jim começa a reconstruir a sua vida tal como era, trazendo dignidade para os seus companheiros de infortúnio.
Mesmo com a dura realidade que observa diante de seus olhos, de horror, sangue e mortes, o instinto mágico de criança fala mais alto. Jim continua a sonhar com a sua grande paixão: os aviões.

No ambiente de barbárie da Guerra, o filme oferece um momento de reflexão, quando um campo de prisioneiros é bombardeado pelos Estados Unidos. Ao presenciar essa cena, Jim vê de perto o seu maior sonho: pilotar um desses aviões de guerra.O menino consegue deixar de lado todo o pessimismo do momento e venerar os caças americanos riscando o céu, além de vangloriar os pilotos, não pelo acto do bombardeamento, mas pelo mérito de serem, simplesmente, pilotos. Jim consegue, deste modo, trazer de volta, por breves instantes, parte da sua felicidade frente à realidade sangrenta da Segunda Guerra.

No meio de tantas atrocidades, o pequeno Jim conforta-se com a amizade dos outros prisioneiros com quem divide o carinho e o afecto.

Baseado no memorável Best-Seller de James Graham Ballard, esta é a primeira produção de Hollywood a conseguir filmar dentro da República da China. O filme conquistou, em 1987, o Prémio da "National Board of Review" por Melhor Filme e Director, assim como uma indicação especial por Melhor Performance Infantil para Christian Bale, interpretando Jim Graham.

Um filme a não perder. Daqueles que não cansamos de ver!...

sexta-feira, 17 de abril de 2009

A Lenda da Boca do Inferno

A Boca do Inferno localiza-se na costa Oeste da vila de Cascais.

É bem possível que de início tenha sido uma antiga gruta. Com o abatimento das camadas superiores a gruta terá sido destruída, restando uma enorme cavidade a céu aberto. Com características únicas, é local de lazer, onde se pode desfrutar de uma paisagem divina e magníficos pôr-do-sol. Actualmente, o mar com embates violentos, eleva-se perigosamente por dezenas de metros, continuando a desgastar a milenar rocha e aumentando desta forma a dimensão da Boca do Inferno.

Quase todos conhecem o lugar, mas quantos conhecem a lenda?

Há muito, muito tempo existia no local, um castelo, onde vivia um feiticeiro terrífico. Um dia, decidiu casar-se e escolheu (através da sua bola de cristal de rocha), a mais bela rapariga das redondezas para sua noiva.Quando ela foi conduzida até si, ficou impressionado porque era ainda mais bela do que lhe parecera.

Incapaz de se fazer amar (pelos seus modos perversos) e cheio de ciúme, decidiu fechá-la numa torre alta, escolhendo para guardião um cavaleiro fiel que nunca tinha visto o rosto dela.

Assim, a menina e o cavaleiro, ficaram prisioneiros do castelo das artes diabólicas.

Passaram-se meses. Até que um dia o cavaleiro, cheio de curiosidade, decidiu subir até à torre. Quando abriu a porta, ficou subjugado com tanta beleza.

Então, logo ali decidiram fugir e nessa mesma noite, montados num cavalo branco, partiram à desfilada.

Ao ver o que se passava, na sua bola se cristal, irado, o feiticeiro iluminou a noite com clarões de tempestade e rasgou o chão de toda aquela zona num enorme buraco: os negros e aguçados penedos, como dentes podres numa enorme boca, engoliram o castelo, o próprio feiticeiro e os namorados que fugiam no cavalo branco.

Se a lenda não é do conhecimento de muitos, por esquecimento ou por nunca a ouviram contar, basta o nome do local para fazer adivinhar o mal que ali se exerceu. O que se pode esperar de um local a que o povo através dos séculos sempre chamou BOCA DO INFERNO?

quarta-feira, 15 de abril de 2009

El emigrante


« Dedico esta canción a todos los emigrantes , hijos y nietos de emigrantes que andan por el mundo. “


Biografía de Juanito Valderrama

Artista de flamenco español. Ha sido cantaor, autor y actor. Compartió escenario con las más destacadas figuras de este estilo. Llegó a grabar decenas de discos y filmó siete películas.


Su vida artística

Juanito Valderrama nació el 24 de mayo de 1916 en Torredelcampo (Jaén), en el seno de una familia dedicada a la agricultura. Se inició en el flamenco desde muy niño y debutó a los 14 años en el espectáculo de Dolores Jiménez "La Niña de la Puebla", que llegó a su pueblo en 1934. Con la misma realizó una gira por toda España.

Desde entonces ha grabado decenas de discos (una amplia discografía que abarcó todos los estilos), ha participado en siete películas (realizadas entre 1954 y 1968) y en múltiples espectáculos. En muchos de ellos actuó con Dolores Abril, quien además desde 1954 fue su pareja sentimental.

Durante la Guerra Civil se alistó en un batallón republicano, en el cual organizó grupos flamencos con hombres del frente. Luego, Valderrama se convirtió en empresario de su propia compañía. Ha llegado a compartir escenario con destacadas figuras del flamenco (como: Fosforito, El Güito, Pepe Pinto, Curro de Utrera, Juanito Mojama, Aurora Pavón, Caracol, Chocolate, Camarón), además de haber sido acompañado por los más importantes guitarristas

El emigrante+sous titres français-Juanito Valderrama et fils



EL EMIGRANTE

Tengo que hacer un rosario
con tus dientes de marfil
para que pueda besarlo
cuando esté lejos de ti,
sobre sus cuentas divinas
hechas de nardo y jazmín
rezaré pá que me ampare
aquella que está en San Gil.
Y adiós mi España querida,
dentro de mi alma
te llevo metida,
y aunque soy un emigrante
jamás en la vida
yo podré olvidarte.
Cuando salí de mi tierra
volví la cara llorando
porque lo que más quería
atrás me lo iba dejando,
llevaba por compañera
a mi Virgen de San Gil,
un recuerdo y una pena
y un rosario de marfil.
Y adiós mi España querida (etc.)
Yo soy un pobre emigrante
y traigo a esta tierra extraña
y en mi pecho un estandarte
con los colores de España,
con mi patria y con mi novia
y mi Virgen de San Gil
y mi rosario de cuentas
yo me quisiera morir.
Y adiós mi España querida (etc.)

segunda-feira, 13 de abril de 2009

La Fontaine e as Fábulas

Faz hoje 314 anos que morreu o mais importante fabulista da era moderna – Jean de La Fontaine.
Jean de la Fontaine nasceu a 8 de Julho de 1621 em Château-Thierry, Champagne e morreu em Paris a 13 de Abril de 1695.
Tendo estudado Teologia e Direito em Paris (onde privou com grandes poetas e literatos como Molière, Racine e Boileau), o seu maior interesse sempre foi a literatura. Como típico escritor classicista cultivou os dois géneros poéticos mais utilizados pelo classicismo, o satírico e o didáctico. Em ambos Jean de la Fontaine é bastante reconhecido.É considerado o pai da fábula moderna. Além de compor as suas próprias fábulas, La Fontaine também reescreveu em versos, em língua francesa, muitas das fábulas antigas do grego Esopo (século VI a.C.) e do romano Fedro (século I d.C.).

Os temas das suas “Fábulas”, embora herdados da tradição popular, de Fedro e de Esopo, apresentam, contudo, originais os comentários e as digressões que formam, em palavras da sua autoria, “uma ampla comédia em cem actos diferentes”. Mais interessante que a moralidade didáctica destas fábulas é a sua delicada sátira, expressa com métrica variada, segurança linguística e grande perfeição na composição. A principal característica do seu modo de escrever eram as rimas, o que facilitava a memorização das histórias.
De origem burguesa, La Fontaine frequentava a corte do Rei Sol, Luís XIV, de onde extraiu informações para a sua crítica social. No prefácio da primeira colectânea de fábulas, La Fontaine revela claramente as suas intenções de mostrar a vaidade e estupidez das pessoas, atribuindo essas características aos animais: "Sirvo-me de animais para instruir os homens". Sobre a natureza da fábula La Fontaine dizia: “É uma pintura em que podemos encontrar o nosso próprio retrato”.
Capa da edição das "Fábulas", de 1678

Em 1668 foram publicadas as primeiras fábulas, num volume intitulado "Fábulas Escolhidas". O livro era uma colectânea de 124 fábulas, dividida em seis partes. La Fontaine dedicou este livro ao filho do rei Luís XIV. As fábulas continham histórias de animais, magistralmente contadas, contendo um fundo moral. Escritas em linguagem simples e atraente, as fábulas de La Fontaine conquistaram imediatamente os seus leitores.Várias novas edições das "Fábulas" foram publicadas em vida do autor. A cada nova edição, novas narrativas foram acrescentadas. A última edição das suas fábulas foi publicada em 1693.

Edição ilustrada com guaches de Marc Chagall (pintados entre 1926 e 1927)

As fábulas de La Fontaine estão recheadas de pensamentos filosóficos com forte moralidade didáctica e, apesar de muito antigas, mantêm-se vivas e actuais.


De entre as centenas de Fábulas mais conhecidas de Jean de La Fontaine podem citar-se, entre outras: "A Cigarra e a Formiga", "O Leão e o Rato", "A Raposa e as Uvas", "O Corvo e a Raposa", "O Conselho dos Ratos", "O Lobo e a Cegonha", "O Lobo e o Cordeiro", "A Galinha dos Ovos de Ouro", "As Lebres e as Rãs", etc.



Alguns pensamentos de Fábulas de La Fontaine:

Como não cabem quatro mãos em duas luvas, há quem prefira desdenhar a lamentar”(em "A Raposa e as Uvas")

"A razão do mais forte é sempre a melhor." (em "O Lobo e o Cordeiro")

"Paciência e tempo dão mais resultado que força e raiva" (em "O Leão e o Rato")

O adulador vive à custa de quem lhe dá atenção” (em "O Corvo e a Raposa")


LE CORBEAU ET LE RENARD

Maître corbeau sur un arbre perché

Tenait en son bec un fromage.

Maître renard, par l'odeur alléché.

Lui tint à peu près ce langage:

Hé ! bonjour, Monsieur du Corbeau!

Que vous êtes joli ! que vous me semblez beau !

Sans mentir, si votre ramage

Se rapporte à votre plumage,

Vous êtes le phénix des hôtes de ces bois

A ces mots le corbeau ne se sent pas de joie;

Et pour montrer sa belle voix,

Il ouvre un large bec, laisse tomber sa proie.

Le renard s'en saisit, et dit: Mon bon Monsieur,

Apprenez que tout flatteur

Vit aux dépens de celui qui l'écoute:

Cette leçon vaut bien un fromage,sans doute.

Le corbeau, honteux et confus,

Jura, mais un peu tard, qu'on ne l'y prendrait plus.



O CORVO E A RAPOSA

O senhor corvo numa árvore empoleirado

Segurava no seu bico um queijo.

A senhora raposa, pelo odor atraída,

Dirigiu-se-lhe mais ou menos com estas palavras:

Olá! bom-dia, senhor corvo,

Como sois bonito! Como me pareceis belo!

Sem mentir, se o vosso gorjeio

For semelhante à vossa plumagem,

Vós sois a fénix dos habitantes destes bosques.

Com estas palavras o corvo não cabe em si de contente;

E para mostrar a sua bela voz,

Ele abre o grande bico e deixa cair a sua presa.

A raposa apodera-se dela e diz: "Meu bom senhor,

Aprendei que todo o bajulador

Vive às custas daquele que o escuta:

Esta lição vale bem um queijo, sem dúvida."

O corvo, envergonhado e confuso,

Jurou, mas um pouco tarde, que não o apanhariam mais.



sábado, 11 de abril de 2009

Feliz Páscoa



Argos, Poseidón e Tétis desejam a todos vós

Feliz Páscoa




quarta-feira, 8 de abril de 2009

Sonho...

Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.

Era longe o meu sonho, e traiçoeiro

O mar…

(Só nos é concedida

Esta vida

Que temos;

E é nela que é preciso

Procurar

O velho paraíso

Que perdemos).

Prestes, larguei a vela

E disse adeus ao cais, à paz tolhida.

Desmentida,

A revolta imensidão

Transforma dia a dia a embarcação

Numa errante e alada sepultura…

Mas corto as ondas sem desanimar.

Em qualquer aventura,

O que importa é partir, não é chegar.


(Miguel Torga)

segunda-feira, 6 de abril de 2009

As teorias e os Grandes Pensadores


Amigos,

Por qué pensar es esencial para el ser humano.
Por qué con las teorias de los grandes pensadores podemos encontrar verdades que ayudan..

Por qué tantas y tantas veces tenemos que reflexionar para tomar la justa medida de lo que vamos hacer y hacemos en nuestras vidas.

Y Siguiendo sobre el tema de la Mayéutica,

Os propongo la revolución del alma escrito por Aristóteles, son ya mas de 2350 años pero el tema es actual en el dia de hoy ..no creen?

Fue mi amigo Severo João Gonçalves quien me mando este escrito” la revolución del alma”.

Obrigado amigo JOAO!

As teorias e os Grandes Pensadores



REVOLUÇÃO DA ALMA

Aristóteles, filósofo grego,
escreveu este texto " Revolução da Alma“ no ano 360 A.C. e é eterno.

Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue sua alegria, sua paz sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém. Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja

A razão da sua vida é você mesmo. A tua paz interior é a tua meta de vida, quando sentires um vazio na alma, quando acreditares que ainda está faltando algo, mesmo tendo tudo, remete teu pensamento para os teus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe em você. Pare de colocar sua felicidade cada dia mais distante de você.

Não coloque objetivo longe demais de suas mãos, abrace os que estão ao seu alcance hoje. Se andas desesperado por problemas financeiros, amorosos, ou de relacionamentos familiares,

busca em teu interior a resposta para acalmar-te, você é reflexo do que pensas diariamente. Pare de pensar mal de você mesmo(a), e seja seu melhor amigo(a) sempre.

Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar. Então abra um sorriso para aprovar o mundo que te quer oferecer o melhor.



Com um sorriso no rosto as pessoas terão as melhores impressões de você, e você estará afirmando para você mesmo, que está "pronto"para ser feliz.

Trabalhe, trabalhe muito a seu favor.
Pare de esperar a felicidade sem esforços.
Pare de exigir das pessoas aquilo que nem você conquistou ainda.

Critique menos, trabalhe mais.
E, não se esqueça nunca de agradecer.

Agradeça tudo que está em sua vida nesse momento, inclusive a dor.
Nossa compreensão do universo, ainda é muito pequena para julgar o que quer que seja na nossa vida.

"A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las."

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Os Poetas do Parque


FERNANDO PESSOA (1888-1935)
Parte 1

Cá estamos de novo para vos levar em mais um passeio pelo Parque dos Poetas.
Desta vez vai tratar-se de um passeio um pouco mais longo, em vários dias, uma vez que o Poeta do Parque que aqui vos vamos dar a conhecer tem uma vastíssima obra e tem tanto para mostrar e dizer que é impossível fazê-lo em apenas uma ou duas passeatas pelo parque.

Convosco, e partir de agora, o grande Fernando Pessoa!...


Fernando Pessoa (Fernando António Nogueira Pessoa), poeta português, nasceu em Lisboa em 13 de Junho de 1888.
Aos cinco anos morreu-lhe o pai, vitimado pela tuberculose e, no ano seguinte, um irmão.
A mãe casa em 1896 com o cônsul português em Durban, na África do Sul e a família muda-se para lá.
Viveu nesse país entre 1895 e 1905, aí seguindo, no Liceu de Durban, os estudos secundários. Frequentou durante um ano uma escola comercial e a Durban High School e concluiu, ainda, o «Intermediate Examination in Arts», na Universidade do Cabo (onde obteve o «Queen Victoria Memorial Prize», pelo melhor ensaio de estilo inglês).
No tempo em que viveu na África do Sul, passou um ano de férias (entre 1901 e 1902) em Portugal, para estreitar laços familiares. Já nesse tempo redigiu, sozinho, vários jornais, assinados com diferentes nomes.
Regressou definitivamente a Lisboa em 1905 para frequentar o Curso Superior de Letras, mas com o fracasso do curso (frequentou-o por poucos meses) e após uma tentativa frustrada de montar uma tipografia e editora, dedicou-se, a partir de 1908, a tempo parcial, à tradução de correspondência estrangeira de várias casas comerciais, sendo o restante tempo dedicado à escrita e ao estudo de filosofia (grega e alemã), ciências humanas e políticas, teosofia e literatura moderna.
Em 1920, a mãe, viúva, regressa a Portugal com os irmãos e Fernando Pessoa vai viver de novo com a família. Inicia então uma relação sentimental com Ophélia Queiroz, interrompida nesse mesmo ano e retomada, para rápida e definitivamente terminar, em 1929.
Fernando Pessoa levou uma vida relativamente apagada, movimentando-se num círculo restrito de amigos que frequentavam as tertúlias intelectuais dos cafés da capital, envolvendo-se nas discussões literárias e até políticas da época.
O seu percurso intelectual dificilmente se descreve em poucas linhas. Ficou sobretudo conhecido como grande prosador do modernismo (ou futurismo) em Portugal, expressando-se tanto com o seu próprio nome, como através dos seus heterónimos (deles se realçam três: Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos, sendo Bernardo Soares considerado, pelo próprio Pessoa, um semi-heterónimo). As suas participações literárias (tanto em prosa como em verso) espalharam-se por inúmeras publicações, das quais se destacam: Athena, Presença, Orpheu, Centauro, Portugal Futurista, Contemporânea, Exílio, A Águia, Gládio.
Os últimos anos foram vividos em angústia. Os seus projectos intelectuais não se realizaram plenamente, nem sequer parcialmente e essa falta de resultados concretos arrastou-o para um desespero cada vez mais profundo.
Em vida apenas publicou um livro em português: o poema épico Mensagem. Publicou, contudo, vários livros de poemas em inglês.
Fernando Pessoa morre a 30 de Novembro de 1935, de uma grave crise hepática induzida por anos de consumo de álcool.
Deixou um vasto espólio que ainda hoje não foi completamente analisado e publicado.

MENSAGEM

Mensagem é o mais célebre dos livros de Fernando Pessoa e o único que publicou em vida e em português.
Composto por 44 poemas, a Mensagem foi publicada pela primeira vez em 1934.
Trata-se de uma apologia ao passado glorioso de Portugal e ao mesmo tempo uma tentativa de encontrar um sentido para a sua antiga grandeza e a decadência existente na época em que o autor a escreveu.
A Mensagem glorifica o estilo de Camões e o valor simbólico dos heróis portugueses do passado, estando em grande destaque os Descobrimentos. É uma exaltação sebastiânica que se cruza com um certo desalento, numa expectativa ansiosa de ressurgimento nacional, revelando uma faceta esotérica e mística do poeta (manifestada também nas suas incursões pelas ciências ocultas e pelo rosa-crucianismo).
O conceito de verdade para Fernando Pessoa é essencial para se perceber a sua intenção ao escrever "Mensagem", um poema mítico, mas virado para o futuro, destinado a "galvanizar colectivamente um povo", porque ele acreditava na capacidade de a poesia realizar esse feito". O poeta expressa nela a necessidade de provocar, de lutar contra as adversidades, de não ter medo de ir contra a corrente e de defender o que se acha justo e perfeito.
Fernando Pessoa construiu uma ode patriótica, imaginando a Europa como um corpo de mulher. Estendida, ela tinha um dos seus cotovelos, o direito, fincado na Inglaterra e o outro, o esquerdo, recuado, na Península italiana, cabendo a Portugal ser o rosto nesta hipotética figuração.


O DOS CASTELLOS

A Europa jaz, posta nos cotovellos:
De oriente a Occidente jaz, fitando,
E toldam-lhe romanticos cabellos
Olhos gregos, lembrando.
O cotovello esquerdo é recuado;
O direito é em angulo disposto.
Aquelle diz Italia onde é pousado;
Este diz Inglaterra onde, afastado,
A mão sustenta, em que se appoia o rosto.
Fita, com olhar sphyngico e fatal,
O Occidente, futuro do passado.
O rosto que fita é Portugal.


Pode não ter sido o rosto, mas a posição geográfica de Portugal, pequena faixa de terra voltada para a imensidão do Oceano à sua frente, que condicionou o seu destino por quase cinco séculos.
Mensagem nada mais é do que Portugal virado para a Europa, mas da sua orla, do seu Atlântico feito universalidade. É um livro com uma finalidade universalista,.um poema trinitário, onde se propõem uma síntese – o cerne da nobreza; uma antítese – a posse do mar; e uma síntese – a futura civilização intelectual. Resumo de oito séculos, não é só poesia que exalta, mas sobretudo poesia que obscurece para iluminar, pelas regras dos alquimistas.


Apresentamos, em seguida, mais dois poemas da Mensagem: Mar Português e Nevoeiro.

MAR PORTUGUÊS

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!

Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.

Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.


NEVOEIRO

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer-

Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,

Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.

Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora!
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(Autores: Argos e Tétis)