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domingo, 25 de outubro de 2020

Só quando vem a noite...

 


Só quando vem a noite, de algum modo sinto, não uma

alegria, mas um repouso que, por outros repousos serem

contentes, se sente contente por analogia dos sentidos. Então

o sono passa, a confusão do lusco-fusco mental, que esse

sono dera, esbate-se, esclarece-se, quase se ilumina. Vem,

um momento, a esperança de outras coisas. Mas essa esperança

é breve. O que sobrevém é um tédio sem sono nem esperança,

o mau despertar de quem não chegou a dormir. E

da janela do meu quarto fito, pobre alma cansada de corpo,

muitas estrelas; muitas estrelas, nada, o nada, mas muitas

estrelas... 

(Fernando Pessoa, “Livro do Desassossego”)


quarta-feira, 27 de maio de 2020

Canção do dia de sempre



Canção do dia de sempre

Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...

Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...

E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...

E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.

Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.

Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...

Mário Quintana

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

A un olmo seco..


A un olmo seco (Antonio Machado).

Al olmo viejo, hendido por el rayo
y en su mitad podrido,
con las lluvias de abril y el sol de mayo
algunas hojas verdes le han salido.

¡El olmo centenario en la colina
que lame el Duero! Un musgo amarillento
le mancha la corteza blanquecina
al tronco carcomido y polvoriento.

No será, cual los álamos cantores
que guardan el camino y la ribera,
habitado de pardos ruiseñores.

Ejército de hormigas en hilera
va trepando por él, y en sus entrañas
urden sus telas grises las arañas.

Antes que te derribe, olmo del Duero,
con su hacha el leñador, y el carpintero
te convierta en melena de campana,
lanza de carro o yugo de carreta;
antes que rojo en el hogar, mañana,
ardas en alguna mísera caseta,
al borde de un camino;
antes que te descuaje un torbellino
y tronche el soplo de las sierras blancas;
antes que el río hasta la mar te empuje
por valles y barrancas,
olmo, quiero anotar en mi cartera
la gracia de tu rama verdecida.
Mi corazón espera
también, hacia la luz y hacia la vida,
otro milagro de la primavera.

domingo, 22 de setembro de 2019

Vivo sempre no presente...



Vivo sempre no presente. O futuro, não o conheço. O passado, já o não tenho. Pesa-me um como a possibilidade de tudo, o outro como a realidade de nada. Não tenho esperanças nem saudades. Conhecendo o que tem sido a minha vida até hoje — tantas vezes e em tanto o contrário do que eu a desejara -, que posso presumir da minha vida de amanhã senão que será o que não presumo, o que não quero, o que me acontece de fora, até através da minha vontade? Nem tenho nada no meu passado que relembre com o desejo inútil de o repetir. Nunca fui senão um vestígio e um simulacro de mim. O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história contínua, mas não o texto.

In: "Livro do Desassossego"

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Tiempo..


"EL TIEMPO, NO SE DETIENE" Por eso Es preciso eliminar "LOS DESPUES"... 

No dejes de hacer algo que te gusta por falta de tiempo. No dejes de tener alguien a tu lado por falta de tiempo o distancias... no dejes de perder ese espacio que sólo se puede disfrutar con los amigos y con esa persona especial.

Ese tiempo que, lamentablemente, no vuelve jamás..."

Por favor elimina tus después y comienza a Vivir...

Meu Amigo!! 




segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

La femme a une puissance singulière ..


« La femme a une puissance singulière qui se compose de la force et de l’apparence de la faiblesse. »

Victor Hugo