Parte 5
Retomando os nossos passeios pelo Parque dos Poetas, vamos agora ficar na companhia de Álvaro de Campos.
A partir da carta de Fernando Pessoa a Adolfo Casais Monteiro e de outros textos deixados pelo poeta, podemos construir a biografia do heterónimo Álvaro de Campos.
Nascido em Tavira, no dia 15 de Outubro de 1890 pelas 13.30h, Álvaro de Campos era alto (1,75m), magro com tendência a curvar-se, tinha o cabelo preto, curto, liso e risca ao lado. Cara rapada, elegante e com um tipo vagamente de judeu português. Usava monóculo.
Completou o liceu em Lisboa e partiu depois para Glasgow, na Escócia, onde frequentou o curso de Engenharia, primeiro Mecânica e posteriormente Naval.
Em Dezembro de 1913, numas férias, fez uma viagem de barco ao Oriente durante a qual terá começado a escrever poesia, daí resultando o “Opiário”, eventualmente escrito no Canal do Suez e dedicado a Mário de Sá-Carneiro.
Nascido em Tavira, no dia 15 de Outubro de 1890 pelas 13.30h, Álvaro de Campos era alto (1,75m), magro com tendência a curvar-se, tinha o cabelo preto, curto, liso e risca ao lado. Cara rapada, elegante e com um tipo vagamente de judeu português. Usava monóculo.
Completou o liceu em Lisboa e partiu depois para Glasgow, na Escócia, onde frequentou o curso de Engenharia, primeiro Mecânica e posteriormente Naval.
Em Dezembro de 1913, numas férias, fez uma viagem de barco ao Oriente durante a qual terá começado a escrever poesia, daí resultando o “Opiário”, eventualmente escrito no Canal do Suez e dedicado a Mário de Sá-Carneiro.
Residiu e trabalhou durante alguns anos na Inglaterra, regressando de vez em quando a Portugal. Dois desses regressos estão evidentes nos poemas “Lisbon revisited -1923” e “Lisbon revisited -1926”.
Fixou-se definitivamente em Lisboa, sem praticar qualquer actividade profissional para além da poesia, que foi publicando em revistas literárias, e das suas intervenções em polémicas literárias e políticas.
Álvaro de Campos “nasce” quando Fernando Pessoa sente “um impulso para escrever”.
Pessoa considera que Campos se encontra no “extremo oposto, inteiramente oposto, a Ricardo Reis”, embora seja, tal como ele, um discípulo de Caeiro.
Fixou-se definitivamente em Lisboa, sem praticar qualquer actividade profissional para além da poesia, que foi publicando em revistas literárias, e das suas intervenções em polémicas literárias e políticas.
Álvaro de Campos “nasce” quando Fernando Pessoa sente “um impulso para escrever”.
Pessoa considera que Campos se encontra no “extremo oposto, inteiramente oposto, a Ricardo Reis”, embora seja, tal como ele, um discípulo de Caeiro.
A grande viragem na poesia de Álvaro de Campos aconteceu, de acordo com um relato seu, depois de ter conhecido Alberto Caeiro, numa viagem que fez ao Ribatejo. Em Caeiro reconheceu imediatamente o seu Mestre, aquele que o introduziu no universo do sensacionismo. Tornou-se, assim, seu discípulo:
“O que o mestre Caeiro me ensinou foi a ter clareza; equilíbrio, organismo no delírio e no desvairamento, e também me ensinou a não procurar ter filosofia nenhuma, mas com alma.” (in: Páginas Íntimas e de Auto Interpretacão).
Distancia-se, no entanto, muito do objectivismo do mestre Caeiro percepcionando as sensações, distanciando-se do objecto e centrando-se no sujeito. Aproxima-se, assim, de movimentos modernistas como o futurismo e o sensacionismo. E, enquanto Caeiro acolhe tranquilamente as sensações, Campos experimenta-as febrilmente, excessivamente:
“(…)Sentir tudo de todas as maneiras,
Distancia-se, no entanto, muito do objectivismo do mestre Caeiro percepcionando as sensações, distanciando-se do objecto e centrando-se no sujeito. Aproxima-se, assim, de movimentos modernistas como o futurismo e o sensacionismo. E, enquanto Caeiro acolhe tranquilamente as sensações, Campos experimenta-as febrilmente, excessivamente:
“(…)Sentir tudo de todas as maneiras,
Viver tudo de todos os lados,
Ser a mesma coisa de todos os modos possíveis ao mesmo tempo,
Realizar em si toda a humanidade de todos os momentos
Num só momento difuso, profuso, completo e longínquo.(…)”
Este excesso fá-lo cair numa espécie de apatia melancólica, abúlica, ou num devaneio nostálgico que o aproxima de Pessoa ortónimo com quem partilha o cepticismo, a dor de pensar, a procura do sentido no que está para além da realidade, a fragmentação, a nostalgia da infância irremediavelmente morta. Cai, deste modo, no subjectivismo que acabará por enveredar pela consciência do absurdo, pela experiência do tédio, da desilusão:
“(…)Grandes são os desertos, e tudo é deserto.
Grande é a vida, e não vale a pena haver vida(…)”
Grande é a vida, e não vale a pena haver vida(…)”
e da fadiga:
“O que há em mim é sobretudo cansaço –
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.(…)”
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.(…)”
Álvaro de Campos é o “filho indisciplinado da sensação” e para ele a sensação é tudo. Porém, não lhe basta a sensação das coisas, o “eu” do poeta tenta totalizar e unir tudo o que tem ou teve existência ou possibilidade de existir.
Os seus versos livres, longos, por vezes prosaicos, exclamativos e eufóricos ou repetitivos e depressivos são o exemplo mais acabado do vanguardismo modernista no qual se espelha um sentir cosmopolita, urbano, febril, nervoso, extrovertido, por vezes insuportavelmente mergulhado no tédio do quotidiano e no anonimato da cidade.
Álvaro de Campos foi o heterónimo que Fernando Pessoa mais publicou e o que apresentou um “crescimento” e “amadurecimento” mais notório. Representa a parte mais audaciosa a que Pessoa se permitiu, através das experiências mais “barulhentas” do futurismo português, inclusive com algumas investidas no campo da acção político-social.
A sua primeira composição data de 1914 e ainda em 12 de Outubro de 1935 assinava poesias, ou seja, pouco antes da morte de Fernando Pessoa, o qual cessara de assinar textos antes de Álvaro de Campos.
Foi na revista “Orpheu”, em 1915, que Fernando Pessoa publicou os primeiros poemas em nome de Álvaro de Campos: “Opiário” e a “Ode Triunfal”, escrita em Londres. No número 2 da mesma revista, publicou a “Ode Marítima” e em 1917 publicou o “Ultimatum”, no “Portugal Futurista”, revista imediatamente apreendida pela polícia.
Na trajectória poética de Álvaro de Campos podemos distinguir três fases:
1ª Fase - Decadentismo
Nesta fase, Álvaro de Campos é influenciado pelo decadentismo simbolista e expressa na sua obra o aborrecimento, o desprazer, a fadiga, a morbidez, o torpor, o tédio e a necessidade de novas sensações.
"É antes do ópio que a minh'alma é doente.
Sentir a vida convalesce e estiola
E eu vou buscar ao ópio que consola
Um Oriente ao oriente do Oriente(…)"
Traduz a falta de um sentido para a vida e a necessidade de fuga à uniformidade.
É a fase marcada pelo romantismo e simbolismo e nas suas composições encontra-se um rebuscamento, um preciosismo, além da abundância dos símbolos e das imagens.
(…)Eu acho que não vale a pena ter
Traduz a falta de um sentido para a vida e a necessidade de fuga à uniformidade.
É a fase marcada pelo romantismo e simbolismo e nas suas composições encontra-se um rebuscamento, um preciosismo, além da abundância dos símbolos e das imagens.
(…)Eu acho que não vale a pena ter
Ido ao Oriente e visto a índia e a China.
A terra é semelhante e pequenina
E há só uma maneira de viver.
Por isso eu tomo ópio.
É um remédio Sou um convalescente do Momento.
Moro no rés-do-chão do pensamento
E ver passar a Vida faz-me tédio(…)
É a fase do "Opiário" (1914) onde Álvaro de Campos, influenciado pelo simbolismo, ainda metrifica e rima. Escreve quadras, estrofes de quatro versos, de teor autobiográfico mas já se apresentando amargurado e insatisfeito:
"(…)Eu fingi que estudei engenharia.
Vivi na Escócia. Visitei a Irlanda.
Meu coração é uma avozinha que anda
Pedindo esmolas às portas da Alegria(…)"
É a fase do "Opiário" (1914) onde Álvaro de Campos, influenciado pelo simbolismo, ainda metrifica e rima. Escreve quadras, estrofes de quatro versos, de teor autobiográfico mas já se apresentando amargurado e insatisfeito:
"(…)Eu fingi que estudei engenharia.
Vivi na Escócia. Visitei a Irlanda.
Meu coração é uma avozinha que anda
Pedindo esmolas às portas da Alegria(…)"
No “Opiário” deixa antever já um cansaço e um sonambulismo poético:
"(…)Volto à Europa descontente, e em sortes
De vir a ser um poeta sonambólico(,,,)"
De vir a ser um poeta sonambólico(,,,)"
2ª fase- Futurismo/Sensacionismo
É a fase em que Álvaro de Campos envereda pelo futurismo e o sensacionismo e onde há um “aparente” corte com o passado, exprimindo o poeta, em arte, o dinamismo da vida moderna. A sensação tem aqui um lugar de destaque e o vocabulário onomatopaico pretende precisamente exaltar essa modernidade, o futuro, as sensações.
São desta fase, as conhecidas “Ode Triunfal”, “Ode Marítima” e “Ultimatum”, este último um manifesto contra os literatos instalados da época. Em todas estas obras, Álvaro de Campos adopta um estilo febril, entre as máquinas, os motores, a velocidade, a civilização mecânica e industrial e a agitação da cidade. Exalta nos seus poemas, sobretudo na “Ode Triunfal”, o triunfo da máquina, símbolo da vida moderna e da energia mecânica:
“À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica
Tenho febre e escrevo.
Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,
Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos(…)"
Nota-se uma recusa da parte do poeta pelas verdades definitivas e uma aclamação do progresso técnico.
"(…)Nova Revelação metálica e dinâmica de Deus!(…)"
"(…)Nova Revelação metálica e dinâmica de Deus!(…)"
Também, mais ou menos em sintonia com o futurismo, Álvaro de Campos dá-nos, utilizando a ironia, uma visão da face negativa da civilização industrial, com os escândalos e as corrupções próprias da contemporaneidade:
"(…)escrocs exageradamente bem-vestidos;
"(…)escrocs exageradamente bem-vestidos;
Membros evidentes de clubes aristocráticos;
Esquálidas figuras dúbias; chefes de família vagamente felizes
E paternais até na corrente de oiro que atravessa o colete
De algibeira a algibeira!(…)"
"(…)A maravilhosa beleza das corrupções políticas,
"(…)A maravilhosa beleza das corrupções políticas,
Deliciosos escândalos financeiros e diplomáticos,
Agressões políticas nas ruas(…)"
Álvaro de Campos é o poeta que mais expressa os postulados do Sensacionismo, elevando ao excesso aquela ânsia de sentir, de percepcionar toda a complexidade das sensações em toda a sua intensidade e totalidade. São exemplos disso a “Ode Triunfal” e a “Ode Marítima”. Os cinco sentidos estão bem patentes, num excesso de sensações:
“(...)excesso
De expressão de todas as minhas sensações(…)”
Sensações visuais: “(…)À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas(…)”
Sensações auditivas: “(...) r-r-r-r-r-r eterno!(…)”; “(…)De vos ouvir demasiadamente de perto(…)”; “(…)Rugindo, rangendo(…)”
Sensações olfactivas: “(…)A todos os perfumes de óleos e calores e carvões(…)”
Sensações gustativas: “(…)Tenho os lábios secos (...)”
“(...)excesso
De expressão de todas as minhas sensações(…)”
Sensações visuais: “(…)À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas(…)”
Sensações auditivas: “(...) r-r-r-r-r-r eterno!(…)”; “(…)De vos ouvir demasiadamente de perto(…)”; “(…)Rugindo, rangendo(…)”
Sensações olfactivas: “(…)A todos os perfumes de óleos e calores e carvões(…)”
Sensações gustativas: “(…)Tenho os lábios secos (...)”
Sensações tácteis: “(…)Fazendo-me um excesso de carícias ao corpo numa só carícia à alma(...)”
É também desta fase a “Saudação a Walt Whitman”. Homenageando o grande escritor norte-americano, Álvaro de Campos, além de se referir ao conhecido homossexualismo de Whitman, de que parece comungar, revela uma das mais fortes influências sobre o seu estilo. Neste poema, três versos dão conta da natureza futurista de que era feito Álvaro de Campos. Assim ele classifica o poeta americano:
“(…)Jean-Jacques Rousseau do mundo que havia de produzir máquina(…)”
“(…)Shakespeare da sensação que começa a andar a vapor,
Milton-Shelley do horizonte da Eletricidade futura!(…)”
3ª Fase – Pessimismo
Nesta fase, Álvaro de Campos sente-se amargurado, vazio, um excluído, um incompreendido e escreve poemas pessimistas e desiludidos. Sofre fechado em si mesmo, angustiado e cansado. É incapaz de unificar em si sentimento e pensamento, o mundo exterior e o mundo interior.
É a fase do sono e do cansaço, em que o poeta revela a inadaptação à existência, o cepticismo, a dor de pensar e a nostalgia do passado.
Mas, apesar desta fase parecer um pouco surrealista, é a que se apresenta mais moderna e equilibrada . É nela que se enquadram os poemas:
"Lisbon Revisited", em que predomina o inconformismo:
“Não: não quero nada.Já disse que não quero nada.Não me venham com conclusões!A única conclusão é morrer(…)”
"Apontamento", onde o poeta revela a consciência da fragilidade humana:
“A minha alma partiu-se como um vaso vazio.
Caiu pela escada excessivamente abaixo.
Caiu das mãos da criada descuidada.
Caiu das mãos da criada descuidada.
Caiu, fez-se em mais pedaços do que havia loiça no vaso(…)”
"Poema em Linha Recta", em que mostra o desprezo ao suposto mito do heroísmo:
“Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo(…)”
"Aniversário", onde o poeta mostra um enternecimento memorialista:
“No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto(...)
(…) Hoje já não faço anos.
(…) Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!(...)”
Esta é a fase de “Tabacaria”, talvez o poema mais conhecido de Álvaro de Campos. O poeta mostra-se amargurado, reflectindo de forma pessimista e desiludida sobre a existência:
“Não sou nada.
“Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo(…)”
Terminamos com este post os passeios pelo “Parque dos Poetas” na companhia de Fernando Pessoa e seus heterónimos.
Não queremos, porém, finalizar este “Poeta do Parque” sem aqui deixar duas conclusões a que chegámos quanto à heteronímia de Fernando Pessoa:
Não queremos, porém, finalizar este “Poeta do Parque” sem aqui deixar duas conclusões a que chegámos quanto à heteronímia de Fernando Pessoa:
- o seu desdobramento em heterónimos não é mais do que um artifício do poeta para exprimir as dilacerantes contradições humanas, agudizadas num pequeno burguês intelectual com uma formação cultural nova na nossa tradição literária e com um psiquismo especial, dotado de grande inteligência e sensibilidade. É por este motivo que se pode sempre reconhecer, com mais ou menos facilidade, por trás de cada máscara, uma ou mais feições do mesmo rosto: o de Fernando Pessoa;
- a genialidade de Fernando Pessoa é grande demais para caber num só poeta. Como bem o sintetizou o seu heterónimo mais atribulado, Álvaro de Campos:
"Quanto mais eu sinta, quanto mais eu sinta como várias pessoas,
Quanto mais personalidades eu tiver,
Quanto mais intensamente, estridentemente as tiver,
Quanto mais simultaneamente sentir com todas elas,
Quanto mais unificadamente diverso, dispersadamente atento,
Estiver, sentir, viver, for,
Mais possuirei a existência total do universo,
Mais completo serei pelo espaço inteiro fora."
Mesa de Fernando Pessoa no Martinho da ArcadaAutores do post: Argos e Tétis
Tétis
ResponderEliminarCom carinho venho aqui e sei que o Amor vence sempre...
um beijo
Grande Pessoa, grandísimo, ya sea con su propia voz o con la suya en forma de sus múltiples y grandes heteronimos. Gracias por hacernos partícipes de todos y cada uno de ellos. Gracias por darnos a conocer todas las caras de una moneda grande, enorme.
ResponderEliminarHoy me quedaría con las palabras de su seudónimo de hoy, Alvaro Campos, cuando dice:
“Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo(…)”.
Precioso. Enorme Pessoa.
Bicos.
Aqui leio e releio.Aqui sonho.
ResponderEliminarAqui me encanto com o heterónio que
prefiro.
Deste-me um "acordar" poético que
me soube tão bem...
Um acordar feliz. Mas o que é isso?
Para mim eu sei...
Beijos.
isa.
Uma aula autentica. Só não
ResponderEliminaraprende quem não quer.
Por mim,virei mais vezes completar a leitura, pois confesso que
nunca tinha ido tão fundo.
Abraço e Beijo
Queridos Tétis e Argos,
ResponderEliminarPerante este post, perante a qualidade do mesmo, só tenho uma palavra: PARABÉNS!
Muito dificilmente encontramos na blogosfera um trabalho tão cuidadoso, tão fiel à realidade da obra Pessoana, tão bem esquematizado e organizado.
São posts como este que enriquecem (e divulgam) a nossa literatura.
Mais uma vez Parabéns, amigos, e continuem. A literatura portuguesa merece.
Beijinho grande para ambos.
poeta al que peco de no conocer como quisiera, pessoa
ResponderEliminarGran ilustracion nos dejan hoy Tetis y Argos. Gracias. Un abrazo
ResponderEliminarCuando uno se encuentra con estas personas, aunque sólo sea a través de sus letras, aparte de emocionarse, comprende la inmensidad en un grano de arena o la estrechez de un océano; la percepción se distorsiona al medir con los sentimientos.
ResponderEliminarBikiños y gracias
Linda Amiga:
ResponderEliminarHoje, vestiu-se do genial heterónimo de Pessoa, Álvaro de Campos.
Fascina, a sua pesquisa plena e intensa.
Uma atitude valiosa perante o seu tesouro para a Humanidade eterna.
Excelente! Uma busca completa ao poeta de encantar.
Mais fica por dizer, mas, pura e simplesmente, ADOREI!
Com todo o respeito, amizade e estima.
Sempre a admirá-la pelo imenso talento...
pena
OBRIGADO pela sua simpatia e amabilidade deixadas em palavras doces, lá no meu "cantinho".
Bem-Haja, terna e genial amiga extraordinária.
Tétis
ResponderEliminarQue bom que voltaste a me visitar...fiquei feliz com tua visita... Volte sempre!
Beijos e obrigada pelo teu carinho!
Un gran articulo de este gran poeta vuestro, me gusto mucho leerlo y conocer sus escritores amigos mios, les mando un abrazo muy fuerte...
ResponderEliminarArgos e Tetis
ResponderEliminarDepois do meu poema cansaço deixo este do meu livro"Salpicos de cá e de lá"...pag 50 e contra capa é para fazer uma pequena reflexão...
MININO"
Minino...Minino preto...
Minino de rua...
Minino roto...
Minino que brinca...
Na água do charco...
Minino que às vezes...
Tem fome...
Mas...
Minino que ri...
porque...
Tem beijo...
Tem amor...
Tem...
Pai e Mãe...Ali...
E fica a pensar...
Eu...
Minino preto...
Tem pouco...
Mas...
Tem muito...
Eu "sabe" rir...
Olho...
Ali...
O branco...
Que corre...
Que não pára...
Para ter muito...
Mas...
Que não ri...
Não sabe rir...
E tem...tudo...
Eu...
Minino preto
não tenho nada...
Mas tenho tudo...
Fecho os olhos...
E espero "ficà" grande...
Mas quero ...
Continuar a rir..
E ter...
O mundo...
Dentro da mão...
LILI LARANJO
Querida Tétis
ResponderEliminarQuando me aventurei na blogosfera, há dois anos, deixei um recado desse poeta que amo:
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.
Fernando Pessoa
Com imensa alegria leio agora, que considerei uma homenagem linda, uma maravilhosa e completa postagem sobre a vida e obra de Fernando Pessoa!
Obrigada por essa oportunidade ímpar, que fez meu coração emocionar!
E mais ainda ao ver as nossas bandeiras juntinhas em destaque neste blog da amizade!
Voltarei à miúde para ler e reler...
Linda semana à você, aos amigos Argos e Poseidón e a todos leitores do Farol!
Beijos
Helô Spitali
Olá Lili
ResponderEliminarÉ sempre uma alegria ver-te aqui pelo Farol e receber duas visitas tuas no mesmo post... bem então podes imaginar como nos sentimos honrados e orgulhosos por ter uma amiga como tu.
Adorámos o teu poema "Minino". Na realidade é daqueles poemas que nos obrigam mesmo a reflectir pela verdade, pela actualidade e pela humanidade que dele brotam.
Deixas-nos sempre expectantes sobre qual será o presente que nos darás na tua próxima visita.
Mil beijinhos amigos de
Argos e Tétis
Olá Fonsilleda
ResponderEliminarObrigada pela tua visita e pelo teu comentário sempre tão expressivo e incentivador a que continuemos com esta série de "Os Poetas do Parque"~.
Sim, Fernando Pessoa é grande, enorme, tão grande que teve de se desdobrar em vários porque "não cabia" num só.
Quanto à citação que aqui deixaste, é uma das nossas preferidas, já que sem sonhos é impossível viver.
Bicos muito amigos
Tétis e Argos
Olá Isa
ResponderEliminarFicamos muito felizes por termos conseguido (ou terá sido Álvaro de Campos???) dar-te um "acordar poético"...
Vem ao nosso Farol ler, reler e voltar a reler Fernando Pessoa/Álvaro de Campos, quantas vezes quiseres e à hora que quiseres...
Porém, não esqueças, que outros poetas, que decerto também serão do teu agrado, nos irão acompanhar neste nosso longo passeio pelo Parque dos Poetas.
Beijinhos
Argos e Tétis
Que hermoso blog, lleno de sensibilidad de quien siente la poesía profundamente....Te felicito eres fenomenal....un abrazo de azpeitia
ResponderEliminarAmigo Andrade
ResponderEliminarAinda bem que gostaste da "aula"!...
Queremos lembrar-te que os passeios pelo Parque dos Poetas na companhia de Fernando Pessoa acabaram com este post mas ficas desde já convidado para te juntares ao grupo que irá ter a honra de "outras companhias" também famosas e agradáveis.
Abraço e beijo dos amigos
Argos e Tétis
Olá Teresa
ResponderEliminarAs tuas palavras deixaram-nos orgulhosos e cheios de vontade para prosseguirmos nestes nossos passeios com "Os Poetas do Parque".
O nosso grande problema, aliás bastante comum aqui por estas paragens, é a falta de tempo. Por mais que o estiquemos, cada vez ele parece mais curto e foge-nos com grande rapidez...
Obrigada, amiga.
Dois grande beijos dos amigos
Tétis e Argos
Hola Amor y Libertad
ResponderEliminarGracias por tu visita y comentario.
Podrás conocer un poquito más de Fernando Pessoa a través de los cinco posts que publicamos aqui, con la etiqueta "Os Poetas do Parque".
Abrazos
Argos y Tétis
Hola Belkis
ResponderEliminarGracias por tu comentario.
Iremos a publicar más posts sobre "Os Poetas do Parque", pero con otros poetas portugueses que se encuentran representados no Parque dos Poetas.
Contamos con tu presencia y compañia.
Besitos
Xose
ResponderEliminarÉ sempre motivo de alegria e orgulho receber a tua visita neste nosso Farol da Amizade.
Sim, Fernando Pessoa é grande, enorme, uma imensidão de personalidades, muitos num só e um só em muitos...
Contamos contigo para conheceres e conviveres com os próximos poetas que nos irão acompanhar nestes nossos passeios pelo Parque.
Bikiños e apertas
Tétis e Argos
Amigo Pena
ResponderEliminarFicamos felizes por ter sido do seu inteiro agrado mais este post sobre Fernando Pessoa.
Queremos agora convidá-lo a continuar a acompanhar-nos nos nossos passeios pelo Parque dos Poetas. Iremos ter a honra de rever outros grande poetas portugueses e com eles passear nesse lindo Parque onde as suas estátuas assinalam a sua grandeza e contributo para a literatura portuguesa e do mundo, já que são poetas universais.
Um abraço de Argos
Um beijinho ao "amigo ternurento" de Tétis
Olá Carmem
ResponderEliminarÉ sempre uma alegria e um prazer receber a tua visita neste nosso Farol.
Sempre que nos for possível iremos ao teu blog. Não vamos tantas vezes como desejaríamos por falta de tempo e depois porque os amigos são tantos que é-nos difícil visitar todos, tal como desejaríamos.
Volta sempre. Vem passear connosco e com mais poetas portugueses.
Beijinhos,
Tétis e Argos
Hola Arwen
ResponderEliminarMuy buena tu visita y tu amistad.
Con este post terminamos los passeos con Fernando Pessoa, pero otros poetas se seguirán. Estamos ciertos que vas a te encantar con sus poesias.
Gracias, amiga.
Besitos
Argos y Tétis
Amiga Helô
ResponderEliminarComo é bom receber a tua visita. O teu jeito espontâneo e alegre, enche-nos de satisfação e faz com que a luz do nosso Farol seja mais intensa.
A frase de Fernando Pessoa que escolheste quando te iniciaste na blogosfera é, talvez, uma das mais emblemáticas e significativas (em relação à vida) deste poeta.
Verificamos com agrado que seguiste à risca os conselhos de Pessoa e por isso és a amiga maravilhosa que és, a pessoa fantástica que sempre tem uma palavra simpática e amiga para todos nós.
"Para ser grande, sê inteiro(...)Põe quanto és
No mínimo que fazes" - já vimos que este é o teu lema.
Volta sempre, é uma alegria ver-te por aqui.
As duas bandeirinhas ficarão como prova dos fortes laços que unem os nossos países e os nossos corações.
Beijinhos dos amigos
Tétis, Argos e Poseidón
Hola Azpeitia
ResponderEliminarGracias por tu visita, comentario y por que eres seguidor de nuestro blog.
Cuando posible visitaremos tu blog.
Esta serie "Os Poetas do Parque" terá continuación con otros grandes poetas portugueses. Esperamos tu visita y tu compañia.
Disculpa este "portuñol".
Abrazos desde Lisboa
Argos y Tétis
Nobres colegas,
ResponderEliminarInstrutiva compilação literária desse mestre das palavras.
Um grande abraço,
Olá amigo Mar
ResponderEliminarObrigado por ainda ter aparecido para nos acompanhar no último passeio no Parque com Fernando Pessoa.
Queremos lembrar-lhe que outros poetas se seguirão e que contamos com a sua companhia.
Dois grandes abraços dos amigos
Tétis e Argos