Espécies animais em perigo de extinção em Portugal

Continuando na senda do post sobre a biodiversidade, vamos fazer uma “incursão” pela “biodiversidade portuguesa”.
Neste primeiro post, faremos uma pequena introdução pelas espécies ameaçadas e nos próximos analisaremos cada uma delas ao pormenor.

Espécies animais em perigo de extinção em Portugal

A biodiversidade no nosso país está ameaçada.

As mais recentes actualizações do “Livro Vermelho dos Vertebrados” revelam que em Portugal, das 512 espécies de vertebrados, quase metade está ameaçada, encontrando-se dividida nas seguintes categorias: “Criticamente em Perigo”, “Em Perigo e Vulnerável” e “Quase Ameaçado”.

De entre as espécies mais vulneráveis destacam-se os peixes de água doce e migradores, assim como várias aves.
Em Portugal existem já 19 extinções da espécie animal, como o esturjão (embora algumas fontes digam que ainda ocorre ocasionalmente no rio Guadiana), o urso pardo e o falcão-rainha.

Das constantes ameaças que atingem o meio natural, a intervenção humana é a causadora da maioria das baixas em quase todas as espécies, tanto pela destruição do habitat, como pelo abate excessivo de indivíduos.

A introdução de espécies exóticas nos ecossistemas também tem provocado um desequilíbrio no meio natural. Sem predadores e com condições favoráveis, reproduzem-se facilmente, dificultando o desenvolvimento das espécies nativas.
São exemplos de espécies invasoras o lagostim-vermelho, a perca-sol e a rola-do-senegal.

Como a maioria dos perigos que ameaçam a fauna portuguesa são causados pelo homem, também cabe a ele fazer um esforço suplementar para preservar o que resta e nem tudo são más notícias:
A cabra montês (dada com extinta em 1990) reapareceu em zonas como o Parque Nacional Peneda-Gerês, graças ao esforço das equipas galegas no povoamento desta espécie.
Também o esquilo passou da categoria de “Raro” para a de “Pouco Preocupante”.
E por último, devemos realçar o projecto de repovoamento do lince ibérico. A reprodução em cativeiro está a ser feita ao abrigo de um programa ibérico, com linces vindos de Donaña, Andaluzia espanhola, para posterior libertação no meio natural.