quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Os Poetas do Parque

José Régio (1901-1969)

Parte 2

Após uns dias de reflexão e já cheios de saudades, voltamos ao convívio dos nossos amigos para mais um passeio pelo Parque dos Poetas.

Continuaremos na companhia de José Régio, desta vez para falarmos um pouco da sua vastíssima obra, com destaque para a obra poética.


A OBRA

Enquanto escritor, José Régio dedicou-se sobretudo ao romance (ficção), ao teatro, à poesia e ao ensaio.
Estão bem patentes e sempre presentes na sua obra as problemáticas do conflito entre Deus e o Homem, o indivíduo e a sociedade, numa análise crítica das relações humanas e da solidão. Sempre presentes estão ainda a tortura interior perante a relação entre o espírito e a carne, a ansiedade humana do absoluto, a consciência da frustração de todo o amor humano, o orgulhoso recurso à solidão e a problemática da sinceridade e do logro perante os outros e perante si mesmo.

A sua obra é principalmente marcada pela auto-análise e uma introspecção constantes, e, simultaneamente, por um misticismo inquieto que se revela em motivos como o angelismo ou a redenção no sofrimento.

POESIA

Toda a obra poética de José Régio revela uma grande tensão lírica e dramática, apresentando-se frequentemente como uma espécie de diálogo entre níveis diferentes da consciência.

Nota-se em toda a sua poesia a construção de uma linha de sentido que põe em relevo a face menos reconfortante da condição humana.

Da sua obra poética destacam-se:

“Poemas de Deus e do Diabo”

Datado de 1925, este foi o seu primeiro volume de poesia, onde o poeta usou pela primeira vez o pseudónimo José Régio.

Este não é um livro reconfortante, pois José Régio instaura na obra um tipo de linguagem poética que se desenvolve de forma luxuriante, nitidamente contrária a uma retórica epigramática e enxuta.
A sua escrita apresenta-se duma forma expansiva, no sentido de uma profundidade que permite desmontar as falácias de uma visão do mundo alicerçada em modelos que restringem e falsificam a complexidade do real.

A poesia de José Régio é, nos seus melhores momentos, como é o caso desta obra, um documento humano e, por isso mesmo, o seu discurso afasta-se da simplificação superficialmente optimista e eufórica

Cântico Negro

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!


“Biografia”

De 1929, este é o segundo livro de poesia de José Régio.

Aqui, os vários aspectos dos temas característicos de toda a sua obra, surgem cristalizados em sonetos (alguns deles modelares) e ordenados num esforço de poemas cíclicos em suspenso.

Cristo

Quando eu nasci, Senhor! já tu lá estavas,
Crucificado, lívido, esquecido.
Não respondeste, pois, ao meu gemido,
Que há muito tempo já que não falavas.


Redemoinhavam, longe, as turbas bravas,
Alevantando ao ar fumo e alarido,
E a tua benta Cruz de Deus vencido
Quis eu erguê-la em minhas mãos, escravas!

A turba veio então, seguiu-me os rastros;
E riu-se, e eu nem sequer fui açoitado,
E dos braços da Cruz fizeram mastros...
Senhor! eis-me vencido e tolerado;
Resta-me abrir os braços a teu lado,
E apodrecer contigo à luz dos astros


“As Encruzilhadas de Deus”


Em 1936, José Régio publica aquela que é considerada por muitos a sua obra-prima.

Nela, dando continuidade à temática religiosa iniciada em “Poemas de Deus e do Diabo”, o poeta atinge os momentos mais altos da sua poesia torrencial e reflexiva, ao mesmo tempo lírica e dramática.

Poema do Silêncio

Sim, foi por mim que gritei.
Declamei,
Atirei frases em volta.
Cego de angústia e de revolta.

Foi em meu nome que fiz,
A carvão, a sangue, a giz,
Sátiras e epigramas nas paredes
Que não vi serem necessárias e vós vedes.

Foi quando compreendi
Que nada me dariam do infinito que pedi,
-Que ergui mais alto o meu grito
E pedi mais infinito!
Eu, o meu eu rico de baixas e grandezas,
Eis a razão das épi trági-cómicas empresas
Que, sem rumo,
Levantei com sarcasmo, sonho, fumo...

O que buscava
Era, como qualquer, ter o que desejava.
Febres de Mais, ânsias de Altura e Abismo,
Tinham raízes banalíssimas de egoísmo.

Que só por me ser vedado
Sair deste meu ser formal e condenado,
Erigi contra os céus o meu imenso Engano
De tentar o ultra-humano, eu que sou tão humano!

Senhor meu Deus em que não creio!
Nu a teus pés, abro o meu seio
Procurei fugir de mim,
Mas sei que sou meu exclusivo fim.

Sofro, assim, pelo que sou,
Sofro por este chão que aos pés se me pegou,
Sofro por não poder fugir.
Sofro por ter prazer em me acusar e me exibir!

Senhor meu Deus em que não creio, porque és minha criação!
(Deus, para mim, sou eu chegado à perfeição...)
Senhor dá-me o poder de estar calado,
Quieto, maniatado, iluminado.

Se os gestos e as palavras que sonhei,
Nunca os usei nem usarei,
Se nada do que levo a efeito vale,
Que eu me não mova! que eu não fale!

Ah! também sei que, trabalhando só por mim,
Era por um de nós. E assim,
Neste meu vão assalto a nem sei que felicidade,
Lutava um homem pela humanidade.

Mas o meu sonho megalómano é maior
Do que a própria imensa dor
De compreender como é egoísta
A minha máxima conquista...

Senhor! que nunca mais meus versos ávidos e impuros
Me rasguem! e meus lábios cerrarão como dois muros,
E o meu Silêncio, como incenso, atingir-te-á,
E sobre mim de novo descerá...

Sim, descerá da tua mão compadecida,
Meu Deus em que não creio! e porá fim à minha vida.
E uma terra sem flor e uma pedra sem nome
Saciarão a minha fome.


“Fado”

Livro de poesia publicado em 1941, com desenhos do irmão Júlio, principal ilustrador da obra de José Régio.

Nesta obra não está já presente a força primitiva dos seus primeiros livros de poesia mas torna-se evidente um progressivo virtuosismo métrico, a par de notáveis qualidades de coragem na sátira social.

Fado português

O Fado nasceu um dia,
quando o vento mal bulia
e o céu o mar prolongava,
na amurada dum veleiro,
no peito dum marinheiro
que, estando triste, cantava,
que, estando triste, cantava.

Ai, que lindeza tamanha,
meu chão , meu monte, meu vale,
de folhas, flores, frutas de oiro,
vê se vês terras de Espanha,
areias de Portugal,
olhar ceguinho de choro.

Na boca dum marinheiro
do frágil barco veleiro,
morrendo a canção magoada,
diz o pungir dos desejos
do lábio a queimar de beijos
que beija o ar, e mais nada,
que beija o ar, e mais nada.


Mãe, adeus. Adeus, Maria.
Guarda bem no teu sentido
que aqui te faço uma jura:
que ou te levo à sacristia,
ou foi Deus que foi servido
dar-me no mar sepultura.

Ora eis que embora outro dia,
quando o vento nem bulia
e o céu o mar prolongava,
à proa de outro veleiro
velava outro marinheiro
que, estando triste, cantava,
que, estando triste, cantava.


“Mas Deus é Grande”

Esta é mais uma antologia de poemas, publicada em 1945, onde José Régio continua a desenvolver os temas das problemáticas do conflito entre Deus e o Homem.

Nossa Senhora

Tenho ao cimo da escada, de maneira
Que logo, entrando, os olhos me dão nela,
Uma Nossa Senhora de madeira,
Arrancada a um Calvário de Capela.

Põe as mãos com fervor e angústia.
O manto cobre-lhe a testa, os ombros, cai composto;
E uma expressão de febre e espanto
Quase lhe afeia o fino rosto.

Mãe de Deus, seus olhos enevoados
Olham, chorosos, fixos, muito além ...
E eu, ao passar, detenho os passos apressados,
Peço-lhe – “A Sua bênção, Mãe !”

Sim, fazemo-nos boa companhia
E não me assusta a Sua dor: quase me apraz
O Filho dessa Mãe nunca mais morre. Aleluia !
Só isto bastaria a me dar paz.

- “Porque choras, Mulher ?” – docemente a repreendo.
Mas à minh’alma, então, chega de longe a sua voz
Que eu bem entendo: -“Não é por Ele” ...
“Eu sei ! Teus filhos somos nós”.


“A Chaga do Lado”

Colectânea de poemas publicada pela primeira vez em 1954.


Trata-se de um conjunto de composições anteriores, poemas inéditos ou perdidos, fragmentos deixados nas gavetas, poemas publicados em revistas, poemas antigos não usados e alguns sonetos já incluídos na “Biografia”.

Onomatopeia

Menino franzino,
quase pequenino,
pequenino, triste,
neste mundo só...

Menino, desiste
de que tenham dó!
Desiste, menino,
que o mundo é cretino...
Deixa o teu violino,
toca o sol-e-dó.

Cada teu suspiro
cai ao chão no pó...
Canta o tiro-liro
tiro-liro-ló.

Deixa o teu violino,
que não te é destino.
Desiste, menino,
de que tenham dó!

Menino franzino,
triste e pequenino,
pequenino, triste,
neste mundo só...

Menino desiste!
Toca o sol-e-dó.
Canta o tiro-liro, repipiro-piro
canta o repipiro, tiro-liro-ló.


“Filho do Homem”

Livro de poesias publicado em 1961, que será galardoado com o Prémio Diário de Notícias.

Epitáfio para um poeta

As asas não lhe cabem no caixão!
A farpela de luto não condiz
Com seu ar grave, mas, enfim, feliz;
A gravata e o calçado também não.
Ponham-no fora e dispam-lhe a farpela!
Descalcem-lhe os sapatos de verniz!
Nao vêem que ele, nu, faz mais figura,
Como uma pedra, ou uma estrela?
Pois atirem-no assim à terra dura,
Ser-lhe-á conforto:
Deixem-no respirar ao menos morto!

“Cântico Suspenso”

De 1968, esta foi a última obra lírica do autor publicada em vida.

Numa entrevista dada então à RTP, José Régio falou assim desta sua obra:“Sobre o livro, é claro, teria muita coisa a dizer sobre ele. Vejo que é um livro bastante discutido como, aliás, eu já previa, descontenta alguns daqueles que apreciam mais até, os meus outros livros. No entanto, é um livro de maturidade, digamos, de amadurecimento, em que eu procurei uma concentração, uma depuração de forma, até uma secura que desgosta, talvez, os leitores dos meus outros livros. De qualquer maneira, não considero um livro inferior, ou nitidamente inferior aos outros, porque então, não o teria publicado. Acho que é um livro para ler com um bocadinho de vagar e para julgar, com um bocadinho de ponderação.”

A Estátua

Ao fim da álea de ciprestes hirtos
Do parque de qualquer longínqua era,
Num canteiro de ortigas e de mirtos
A estátua espera.

Espera. Todo o corpo
Se lhe reveste da rugosa pele
Que o tempo estende, último escopro
Sobre o que não passa com ele.

Num gesto já sem nexo
Da mão sem dedos, jaz-lhe um braço entre as ortigas.
A outra mão defende o sexo,
Onde passeiam carreirinhos de formigas.

Dos líquenes a verde-cinza lepra medra
Na bela face regular,
E as órbitas de pedra
Segregam sempre o mesmo olhar.

Deram-lho mãos que há muito. já, desfeitas
Lhe não poderão dar os outros que, sob esse,
Não passam de suspeitas
Que a fantasia tece.

Nos seus cabelos, chove.
Corre-lhe a chuva dos cabelo
Que não absorvem nada, nada move
Compactos como pesadelos.
Eram revoltos, soltos, ondulantes, sacudidos,
Os do modelo vivo
Que os séculos volvidos
Levaram, mas ali se eternizou cativo.

Do sol, às vezes, um clarão lhe oscula
Os seios túmidos sem leite,
As ancas sem calor, os lábios em que ondula
O beijo a que nenhum há que se ajeite.

De que distante céu, de que praia ignorada,
Através dos ciprestes afilados dois a dois,
Chega esse adeus do sol que não aquece nada
E aos pés da morta esmoreceu, depois?

E dos tempos felizes
Em que se erguiam, mal passou um eco
Nesses pés hoje com raízes
De ferro no chão seco.
Seios, quadris, pés naturais,
Lábios de carne, que tivestes
Frémitos, beijos, risos, ais,
Estais aqui, onde então estás?

Que mãos que a terra e os bichos engoliram,
Ó morta sempre à espera!, te moldaram,
Mas faliram
Mas que deram, porque to frustaram?


“Música Ligeira”

Publicada em 1970, já após a sua morte, esta obra integra poemas onde José Régio revela ter adquirido a pulsação lírica da juventude, enriquecida por um despojamento, uma leveza e um hermetismo novos, talvez frutos da clarividência trazida pela antevisão da morte.

A propósito dos poemas desta fase, o próprio Régio confidenciava, nos começos de 1969, a Alberto de Serpa seu amigo de juventude que “a Poesia voltara, após uma longa ausência, a visitá-lo inesperadamente”.

Cantar de Amigo

À beira do rio fui dançar... Dançando
Me estava entretendo,
Muito a sós comigo,
Quando na outra margem, como se escondendo
Para que eu não visse que me estava olhando,
Por entre os salgueiros vi o meu amigo.

Vi o meu amigo cujos olhos tristes
Certo se alegravam
De me ver dançar.
Fui largando as roupas que me embaraçavam,
Fui soltando as tranças... Olhos que me vistes,
Doces olhos tristes, não no ireis contar!
Que o amor é lume bem eu sei... que logo
Que vi meu amigo
Por entre os salgueiros
Melhor eu dançava, já não só comigo
Toda num quebranto, ao mesmo tempo em fogo,
Melhor eu movia mãos e pés ligeiros.

Que Deus me perdoe, que os seus olhos tristes
Assim ofertava
Minha formosura!
Se não fora o rio que nos separava,
Cruel com nós ambos, olhos que me vistes,
Nem eu me amostrara tão de mim segura.


“Colheita da Tarde”

Obra póstuma, publicada em 1971, recolhe vários inéditos e dispersos de José Régio.

Esta colectânea tem a particularidade de incluir os escassos poemas em prosa que José Régio escreveu.

Foste simples, banal,
Bom, com defeitos, jovial,
E tão pegado à vida,
Que ainda, velho, velho, a não podias crer vivida.
Viveste para as coisas deste mundo,
Que seria melhor
Se o pudesses fazer conforme o teu humor.
Não é por ser teu filho que sou triste,
Demoníaco, angélico, diferente,
Descontente, nevrótico, perverso.
Mas se algo, em mim, resiste
De humildemente humano,
Amigo de viver conforme vai
Vivendo a gente consoante o ano...
A ti o devo, pai !
A ti o devo, se nasci.
E a ti o devo, se inda não morri.

“16 Poemas dos não incluídos em Colheita da Tarde”


Colectânea póstuma, publicada em 1971.

Esmola

Todos os dias, de manhã, passando
Na sua rua, a encontro já erguida,
Sem estender a mão, mas esmolando,
No xalinho sem cor quase sumida.

Tem dez..., quinze..., vinte anos? Ninguém sabe.
Seu corpito parou... ficou assim.
Mas nos seus olhos, que cresceram, cabe
Todo o oceano azul dos céus sem fim.

«— Deus lhe pague!» — diz-me ela, em paga dessa
Envergonhada esmola que lhe dou.
E o seu olhar, que nada há que meça,
Já me pagou! já me pagou..


ROMANCE/FICÇÃO

- “Jogo da Cabra-Cega” - 1934
- “Davam Grandes Passeios aos Domingos” - 1941
- “O Príncipe com Orelhas de Burro” - 1942
- “A Velha Casa I - Uma Gota de Sangue” - 1945
- “Histórias de Mulheres” - 1946
- “A Velha Casa II - As Raízes do Futuro” - 1947
- “A Velha Casa III - Os Avisos do Destino”- 1953
- “A Velha Casa IV - As Monstruosidades Vulgares” - 1960
- “Há Mais Mundos” - 1962
- “Avelha Casa V - Vidas São Vidas” - 1966

ENSAIO

- “As Correntes e as Individualidades na Moderna Poesia Portuguesa” - 1925
- “Da geração modernista” - 1927
- “Algumas observações e algumas reflexões feitas durante o meu ano de prática pedagógica” - 1929
- “Críticas e Criticados” - 1936
- “António Botto e o Amor” - 1938
- “Em Torno da Expressão Artística” - 1940
- “Pequena história da moderna poesia portuguesa” - 1941
- “Ensaios de Interpretação Crítica” - 1964
- “Três Ensaios sobre Arte” - 1967
- “Páginas de Doutrina e Crítica da Presença” - 1977
- “Teixeira de Pascoaes e a Renascença Portuguesa” - 1990

TEATRO

- “Jacob e o Anjo e Três máscaras” - 1940
- “Benilde ou a Virgem-Mãe” - 1947
- “El-Rei Sebastião” - 1949
- “A Salvação do Mundo” - 1954
- “Três Peças em Um Acto: Três Máscaras, O Meu Caso e Mário ou Eu Próprio-O Outro” - 1957
- “Sonho duma véspera de exame” - 1989


MEMÓRIAS

- “Confissão dum Homem Religioso” - 1971

CORRESPONDÊNCIA

- “Correspondência” (entre José Régio e António Sérgio) - 1994
- “Correspondência familiar” (cartas a seus pais) - 1997
Autores: Argos e Tétis

13 comentários:

  1. Gracias por tus buenos deseos y tu visita me cuesta un poco seguirte por el idioma pero igual paso a saludarte.
    Un abrazo

    ResponderEliminar
  2. Olá Argos, Olá Tetis..

    buena entrada... esto de los poetas del parque resulta curioso..

    ... no lo conocía..

    bueno soy muy ignorante en lo referente a temas de portugal..

    .. que rabia...

    este me parece super interesante y me quedo con ese fado de los marineros...

    me gusta.

    Un beso para los dos..... deseando que esteis bien... y que la felicidad os acompañe..

    Un beso no...muchos... con son de fado

    ResponderEliminar
  3. Que postagem fantástica.....Meu cantinho
    Palavras Pensadas...fica envergonhado..
    Parabéns pela lição...

    Abraços e Beijos

    ResponderEliminar
  4. Linda e Estimada Amiga:
    Uma Obra que nos deixou José Régio absolutamente fantástica como ele era.
    Registei:
    "...Enquanto escritor, José Régio dedicou-se sobretudo ao romance (ficção), ao teatro, à poesia e ao ensaio.
    Estão bem patentes e sempre presentes na sua obra as problemáticas do conflito entre Deus e o Homem, o indivíduo e a sociedade, numa análise crítica das relações humanas e da solidão. Sempre presentes estão ainda a tortura interior perante a relação entre o espírito e a carne, a ansiedade humana do absoluto, a consciência da frustração de todo o amor humano, o orgulhoso recurso à solidão e a problemática da sinceridade e do logro perante os outros e perante si mesmo..."

    Uma pesquisa notável e extraordinária.
    Parabéns pelo Post.
    MUITO OBRIGADO pela sua simpatia.
    Excelente!
    Um autor a rever.
    Beijinhos amigos de respeito imenso.
    Com admiração constante e sempre.

    pena

    Bem-Haja, perfeita e preciosa amiga.
    Fabuloso.

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  5. Entrar a vuestro Faro es tener la consciencia de que vas a pasar unos momentos inolvidables absorbiendo información y belleza.
    La lucha de este magnífico escritor con los conflictos que le planteaban las dualidades Dios/Hombre o Individuo/Sociedad, me apasionaron siempre.
    Gracias por traernos tanta sabiduría.
    Un beso Amizade.

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  6. Pero que pasa por aquí , que sois tres a currar...

    y encuentro la casa si barrer, ja, ja, ja.

    es broma, que se entienden mal por internet..

    esperaba encontrarme algo nuevo y leer y comentar

    y como me apetece enviaros..

    tres besazos..

    pues aqui están..

    los tres fuertes fuertes..

    para que no me digais que teneis..

    Saudades..... ja, ja,ja..

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  7. Não posso deixar de vos dar os parabéns, meus queridos Argos e Tétis!
    Este post merece nota mil...
    José Régio, um dos meus poetas preferidos, e de quem tenho todos os livros de poesia, está aqui descrito na perfeição.
    Adorei!

    Bom fim de semana. Beijinhos

    ResponderEliminar
  8. Meus amigos Tétis e Argos,

    Un post muy bueno y completo con toda una Obra Tremenda de José Régio.

    Gracias por vuestro trabajo bien combinado que da siempre muy buen resultado.

    Os felicito a los dos,parabéns!

    Grande abraço

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  9. Querida amiga!
    José Régio...escolha perfeita.
    Parabéns pela postagem...tudo aqui é muito lindo.
    Coloquei-me como seguidora e voltarei sempre.
    Beijos

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  10. ¡Maravilloso!. Vendré de vez en cuando a leer.
    Bicos y saludos.

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  11. Obrigado pelo teu farol de conhecimento.
    Sempre gostei de José Régio e sinto ter passado a gostar ainda mais.

    Um beijo.

    ResponderEliminar
  12. Argos e Tétis:

    Parabéns por este belo trabalho, sobre um grande Escritor, Poeta, Homem de Letras:

    Deixo aqui o Meu presente:

    *****
    Sabedoria

    Desde que tudo me cansa,
    Comecei eu a viver.

    Comecei a viver sem esperança...

    E venha a morte quando
    Deus quiser.

    Dantes, ou muito ou pouco,
    Sempre esperara:

    Às vezes, tanto, que o meu sonho louco
    Voava das estrelas à mais rara;

    Outras, tão pouco,
    Que ninguém mais com tal se conformara.

    Hoje, é que nada espero.

    Para quê, esperar?

    Sei que já nada é meu senão se o não tiver;
    Se quero, é só enquanto apenas quero;
    Só de longe, e secreto, é que inda posso amar...

    E venha a morte quando Deus quiser.

    Mas, com isto, que têm as estrelas?

    Continuam brilhando, altas e belas.



    José Régio

    *****

    Grato pela partilha

    Otima Semana

    Fortes Abraços

    Antònìo Manuel

    ResponderEliminar
  13. A todos os amigos que aceitaram o convite para mais um passeio com os Poetas do Parque, o nosso obrigado.
    Esperamos que tenham gostado de Jossé Regio, um homem para quem a poesia não se construía com frases bonitas mas sim com os gritos de alerta do nosso lado mais obscuro.

    Abraço grande dos amigos

    Tétis e Argos

    ResponderEliminar

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