(qual é o teu?)
Durante muitos anos o meu livro “companheiro” foi “O Lobo das Estepes” de Hermann Hesse.
Uma obra que nos revela, com uma mistura de misticismo oriental e cultura ocidental, a existência no ser humano, da alma do homem e da alma do lobo, a dualidade Humanismo/crueldade.
Uma evocação poética, angustiada e intrincada (mas muito bela) sobre a caminhada de uma alma para a sua libertação.
“Não há caminho nenhum que conduza atrás. No princípio de todas as coisas não há inocência nem ingenuidade; tudo o que é criado, mesmo aquilo que parece simples, já de si é culpado, multifacetado, lançado na torrente lamacenta da evolução, e nunca mais poderá subir a corrente. O caminho da inocência, do incriado, de Deus, não conduz atrás, mas adiante, não conduz ao lobo ou à criança, mas sempre mais adiante na culpabilidade, sempre mais fundo na criação humana. Mesmo o suicídio, pobre Lobo das Estepes, não te servirá de grande coisa, hás-de sempre ter de seguir a via mais longa, mais penosa e mais difícil da criação humana, ainda hás-de ter de multiplicar muitas vezes a tua dualidade, complicar muito mais a tua complexidade. Em vez de restringir o teu mundo, de simplificar a tua alma, hás-de ter de chamar a ti cada vez mais mundo, e finalmente terás de chamar a ti o universo inteiro ao seio da tua alma dolorosamente expandida, talvez para um dia alcançar repouso, o fim. Foi este o caminho trilhado por Buda, trilhado por todos os grandes homens, uns consciente, outros inconscientemente, tanto como o seu temerário empreendimento os pode levar. Cada nascimento significa a separação do todo, significa delimitação, demarcação de Deus, renovação dolorosa. Regresso ao todo, suspensão do torturante individualismo, transformação em Deus significa: ter alargado a sua alma até ela conseguir de novo abraçar o todo.”
( Hermann Hesse – O Lobo das Estepes)
No he tenido el placer de leer este libro "Ellobo estepario" pero si tengo la oportunidad lo haré.
ResponderEliminarMe imagino que si fue tu libro de cabecera será muy bueno.
cariños
Antonia
Olá Argos,
ResponderEliminarDe Hermann Hesse li "Um Poema Indiano", gostei muito também.
O livro que tenho sempre à cabeceira é "A Saga de um pensador" de Augusto Cury.
Deixo aqui um pequeno comentário (que está no meu blogue) sobre o livro.
A Saga de um Pensador de Augusto Cury, foi o romance mais tocante que alguma vez li. Foi a história, pela qual, passei a ver as pessoas de modo diferente.
O nosso dia a dia, a rotina o stress, faz-nos passar pelas pessoas e natureza de forma indiferente. Os pormenores escapam-nos e esquecemo-nos de que estes são essenciais.
É impossível ficar indiferente à experiência da personagem “Falcão”-professor universitário que após ter ficado doente é abandonado pela família e “banido” da sociedade, vivendo como mendigo - a personagem Marco Polo, também “sofre” mudanças drásticas ao longo do romance.
Ver a sociedade pelos olhos destes dois personagens é algo MAGNÍFICO.
Ao longo do romance e após conhecer a história do seu amigo Falcão, Marco Polo questiona o sentido que tem dado à sua própria existência “ também tenho questionado a minha própria qualidade de vida. Pensei que eu era saudável, pois digo o que penso, luto pelo que amo e procuro proteger a minha emoção, mas descobri que conheço apenas a sala de visitas do meu próprio ser. Falta-me tolerância, afectividade, sabedoria e tranquilidade. No dia em que deixar de admitir o que me falta estarei mais doente do que os meus pacientes. Obrigado por me ensinar que sou apenas um caminhante. Há muita estrada a percorrer…” ª
No fundo essa qualidade de vida também é questionada por nós ao longo de todo o romance.
Supongo que debe ser nuestro "Lobo estepario". Espléndido.
ResponderEliminarNunca he tenido libro de cabecera, pero si tengo un libro en la cabecera siempre y otro que me he propuesto terminar como sea ya hace un par de años.
Bicos
Mi amigo ARGOS,
ResponderEliminarbuen libro de cabecera que dice mucho de la vida y de lo que tenemos publicado en el blog, sobre LO SIGUIENTE :
- aprender a vivir,
- a crecer y hacer camino..
Existe un proverbio aqui en francia que es :
"l'homme est un loup pour l'homme"
- No me gusta para nada este proverbio, pero tb es realidad en la vida de los seres humanos.
Por eso es preciso saber vivir!
Abraços meu amigo.
Também gostei muito do "Lobo das estepes". À cabeceira tenho sempre um livro de poesia de autores que gosto. E leio um poema que me faça bem...
ResponderEliminarUm beijo.
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SALUDOS Y QUE TENGAS UNA BUENA TARDE
MUNDO ANIMALLL
Suena interesante, espero poder leerlo algún día :)
ResponderEliminarOlá Argos,
ResponderEliminarComo sabes a Amizade é, na minha concepção, o sentimento mais nobre que um Homem pode ter em relação ao outro. A Amizade é cumplicidade, compreensão, solidariedade, entreajuda. É o ombro que partilhamos, é o riso e a alegria que se comunga, e é, Amigo, o RESPEITO pelo outro.
Tendo em conta esta minha postura na vida, o meu livro de cabeceira apenas poderia ser "As velas ardem até ao fim" de Sándor Marai.
Marai escreveu um verdadeiro tratado sobre a Amizade. Apenas um
excerto.
Estas reflexões resultam da conversa de dois velhos amigos que se reencontram ao fim de muitos anos:
"(...) Era bom saber - continua, como se discutisse consigo próprio -, se existe amizade realmente? Não me refiro àquele prazer ocasional que faz com que duas pessoas fiquem contentes porque se encontram, porque num determinado momento da sua vida pensavam da mesma maneira sobre certas questões, porque os seus gostos são semelhantes e os seus passatempos iguais. Nada disso é amizade. Às vezes, chego a pensar que essa é a relação mais forte na vida... talvez por isso seja tão rara. (...) A amizade, pensava eu (...) é a relação humana mais nobre que pode haver entre os seres vivos humanos."
Mas Márai estende este sentimento aos animais, afirmando: "É curioso, os animais conhecem-na também. Existe amizade, altruismo, solidariedade entre os animais. (...)Quanto vale a amizade, em que só amamos o outro pela sua virtude, fidelidade e perseverança? Quanto vale qualquer afecto que espera recompensa? Não seria nosso dever aceitar o amigo infiel da mesma maneira que o amigo abnegado e fiel?"
E, Argos, aqui tens os principios essenciais à Amizade.
Márai, Sándor (2008) - As velas ardem até ao fim. Lisboa: Dom Quixote
Me fascina Jesse, es uno de mis escritores favoritos.
ResponderEliminarTe dejo un beso
Queridos Amigos,
ResponderEliminarapós umas férias bem merecidas, um regresso ao trabalho muito atarefado, consegui encontrar alguns minutos para mandar um beijo para o Farol.
Até breve.
No lo he leido, pero estoy segura de que lo haré...
ResponderEliminarGracias por compartir.
Besos.
Amigo Argos
ResponderEliminarDe Hermann Hesse apenas li, há muitos anos e por isso necessito de o ler novamente porque lembro-me que gostei bastante, o romance "Sidarta".
“O Lobo das Estepes” é um dos livros que há muito ando para ler, sobretudo por saber que foi o teu livro de cabeceira durante muito tempo e por já termos falado sobre ele diversas vezes. Despertaste-me a curiosidade de o ler!...
Como sabes, ultimamente tenho sido “obrigada” a ler certos livros que não são propriamente “livros de cabeceira”. Ora, como é óbvio, isso tira-me tempo para poder ler aquilo de que gosto e quero ler.
Mas, à cabeceira, ao lado desses “livros obrigatórios” tenho sempre um para “intervalar” com os outros e/ou quando já estou saturada deles!...
Neste momento o livro que tenho à cabeceira é “O Mundo” de Juan José Millás. É uma autobiografia ficcionada em que o autor nos dá a conhecer o mundo dos seus fantasmas. Ora sarcástico e irónico, ora franco e sincero, Millás deixa-nos totalmente boquiabertos ao confessar-nos que foi “atropelado por um romance”.
“O Mundo” é um romance em que o autor se serve da psicanálise para brincar com o leitor, onde não conseguimos distinguir onde acaba a verdade e começa a ficção.
Alguns excertos de “O Mundo”:
“Estava tudo estragado. Quando eu nasci, o mundo ainda não estava estragado, mas não demoraria a estar. Sou o quarto de uma família de nove.”
"Quando comecei a escrever, já estava tudo estragado: estragadas as vidas dos meus pais, isso era evidente, e estragadas as nossas, pois tínhamos sido violentamente arrancados da classe social e do lugar a que pertencíamos"
"Eu não era um deles. Eu não era dali. Mas de onde era?"
O romance é todo ele uma busca do lugar onde se pertence, onde o leitor é confrontado a todo o momento com a sua “falta de mundo”.
Um excelente post para que nos conheçamos melhor, conhecendo o que cada um gosta de ler e/ou está a ler.
Um grande abraço muito amigo
Nobre colega Argos,
ResponderEliminarOs livros são companheiros de todas as horas. Prefiro não citar um autor, pois são muitos. O companheiro mais próximo é aquele que está às nossas mãos, mas isso não quer dizer que os outros não tenham a mesma importância. Escolho os livros pelos temas. O meu tema preferido é aquele que acrescenta algo positivo ou aquele que o tempo usado para lê-lo seja de grande satisfação. Nesse rol estão escritores consagrados mundialmente e outros com reconhecimento nacional ou apenas em sua própria região, mas que transportaram para os livros os seus grandes conhecimentos e experiências vividas. Vou terminar por aqui senão o meu comentário vai acabar virando um livro.
Um grande abraço
Seisito
ResponderEliminarEspero que leia "El Lobo Estepario", não se vai arrepender.
Abraço
Olá Paula
ResponderEliminarObrigado pela tua colaboração, gostei da resposta!
Vou só acrescentar que de Hermann Hesse, li tudo o que está publicado. Julgo que não é o meu livro de cabeceira mas sim o meu autor de cabeceira!
Abraço
hola Fonsilleda
ResponderEliminar"O Lobo das Estepes" é "El Lobo Estepario"!
Tens razão, há sempre livros em lista de espera e alguns que nunca se terminam!
Abraço
Amigo Poseidón
ResponderEliminarTens razão!
- aprender a vivir,
- a crecer y hacer camino..
Sempre, todos os dias!
Um grande abraço
Graça
ResponderEliminarEu também costumo ler pelo menos um poema por dia. Escolho um que esteja de acordo com o meu estado de alma!
Abraço grande
Christian
ResponderEliminarobrigado pela visita e que tenhas uma boa semana!
Abraço
Sweety
ResponderEliminarNão te arrependerás em ler!
Abraço
Olá Teresa
ResponderEliminarGostei muito do comentário que deixou aqui, principalmente o que escreveu sobre a amizade.
Li "As velas ardem até ao fim" e adorei!
Muito obrigado e um grande abraço
Hola Lys
ResponderEliminarObrigado pela tua visita, volta sempre.
Um abraço
Cristina
ResponderEliminarAgradecemos a visita e retribuimos o abraço.
Passaremos pelo teu blog para ver que desafios tens para este ano lectivo que se inicia!
Tétis, Poseidón e Argos
Hola Meret
ResponderEliminarLe o livro que não te arrependerás!
Um grande abraço
Tétis
ResponderEliminarsobre " O Lobo das Estepes" já falamos muito, sobre "O Mundo"...
vais dar-me algumas lições, prometido?
Abraço
Amigo Mar
ResponderEliminarde acordo consigo:
Os livros são companheiros, muitas vezes sãoo so melhores companheiros, embora saiba que não se pode viver sem amigos reais!
abraço grande