A autora que disse um dia que os jovens lhe ensinaram “uma espécie de luz da vida, porque o seu olhar é de uma verdade intensa e absoluta”, permanecerá nos corações de todos aqueles que leram os seus livros, a iluminar o caminho da solidariedade e da fantasia.
Vida
Matilde Rosa Araújo nasceu em Lisboa em 1921. Licenciou-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa em 1945.
Foi professora do Ensino Técnico Profissional em Lisboa e noutras cidades do país, assim como professora do primeiro Curso de Literatura para a Infância, que teve lugar na Escola do Magistério Primário de Lisboa.
Foi autora de mais de 40 livros (contos e poesia para adultos) e de mais de duas dezenas de livros de contos e poesia para crianças.
Início de carreira
O seu início na literatura teve lugar em 1943 com a história "A Garrana", que trata um assunto polémico e delicado – a eutanásia e com a com a qual venceu o concurso "Procura-se um Novelista", do jornal “O Século”.
Direitos das crianças
Dedicou-se incessantemente à defesa dos direitos das crianças através da publicação de livros e de intervenções em organismos com actividade nesta área, como a UNICEF em Portugal.
Nos seus livros, a autora centrou-se sempre (ou quase sempre) em torno de três grandes eixos de orientação: a infância dourada, a infância agredida e a infância como projecto.
Prémios
Em 1980, recebeu o Grande Prémio de Literatura para Crianças, da Fundação Calouste Gulbenkian, e o prémio para o melhor livro infantil, pela mesma fundação, em 1996, pelo seu trabalho “Fadas Verdes” (livro de poesias de 1994).
Em 1991, recebeu o Prémio para o Melhor Livro Estrangeiro da Associação Paulista de Críticos de Arte de São Paulo, Brasil.
Em 1994 foi nomeada pela secção portuguesa do IBBY (Internacional Board on Books for Young People) para a edição de 1994 do Prémio Andersen, considerado o Nobel da Literatura para a Infância.
Em 2003, a escritora foi ainda condecorada, a 8 de Março, Dia da Mulher, pelo Presidente Jorge Sampaio, e em Novembro a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) decidiu, por unanimidade, agraciá-la com o Prémio Carreira (entregue em Maio de 2004), pela sua "obra de particular relevância no domínio da literatura infanto-juvenil
Obra
Dos inúmeros títulos que perfazem o seu legado, merecem destaque pela fina sensibilidade que revelam, obras como: “O Livro da Tila” (1957), “O Palhaço Verde” (1962), “História de um Rapaz” (1963), “O Reino das Sete Pontas” (1974), A Velha do Bosque (1983) e, de 1994, As Fadas Verdes e “O Chão e as Estrelas”.
Da simplicidade infantil…
História do Sr. Mar
Deixa contar...
Era uma vez
O senhor Mar
Com uma onda...
Com muita onda...
E depois?
E depois...
Ondinha vai...
Ondinha vem...
Ondinha vai...
Ondinha vem...
E depois...
A menina adormeceu
Nos braços da sua Mãe...
Matilde Rosa Araújo, O Livro da Tila
Ao olhar mais adulto…
Olhar
Fecundante é o olhar
De quem somos amados
Pássaros de fogo
Na seara ardente
E depois atravessamos o chão sem futuro
Com uma capa de cinza nos ombros frios
Obrigado Matilde, por me fazeres sonhar e crescer, descansa em paz.
Muy lindo homenaje a esta escritora
ResponderEliminarun beso corazon
Linda homenagem a quem a merece.
ResponderEliminarDelicada,quase envergonhada do quanto
valia e sabia.
Beijo.
isa.
Uma linda homenagem, uma escritora com muito valor.
ResponderEliminarbeijinhos
Sonhadora
Vou publicar Sr.Mar, no blog
ResponderEliminarPalavras Pensadas.
Abraço
No la conocía, esto que leo dice mucho de ella y es muy bello.
ResponderEliminarBesos:)
Oi Argos
ResponderEliminarConfesso que não a conhecia, mas gostei dos poemas publicados por você. Qualquer dia vou postar no meu blog um poema dela.
Grande abraço
Amigo Argos,
ResponderEliminarNo es un simple homenaje, es un bonito y perfecto homenaje.
Matilde Rosa Araújo se lo merece!
Es verdad, todo lo que dices es muy bello.
Gracias por compartir
Un abrazo
Argos,
ResponderEliminarQue linda homenagem..não a conhecia...vir aqui é sempre importante e aprendo muito!!
Parabéns!!!
Beijos a todos e ótimo final de semana!
Reggina Moon
"Que abrem rasgões de luar...
ResponderEliminar"Fonte, fonte, não me leves,
"Não me leves para o mar!..."
As correntezas da vida
E os restos do meu amor
Resvalam numa descida
Como a da fonte e da flor...
Bom FDS...Beijos perfumados!! M@ria
Muy hermoso homenaje para esta gran escritora. Muy merecido además, Felicitaciones! Un abrazo grande.
ResponderEliminarARGOS
ResponderEliminarestou quase a caminho de Alvalade no principio da semana confirmo mas está preparada a sessão de autografos para dia 18 de julho,QUANDO DA APRESENTAÇÃO DA EQUIPA.
Queria muito ter muitos amigos...
beijos
FUI ASSIM...
A criança que eu fui
A criança que tu és...
A felicidade que eu tive
Quero que tu a tenhas...
O mimo que eu recordo
Quero que tu recordes...
O amor que sempre
Esteve comigo...
E preencheu a minha vida
Eu quero meu menino...
Que sempre te acompanhe
E que nunca te falte...
Pois assim...serei feliz!
LILI LARANJO
A poesia escorre no papel, tal qual vinho
ResponderEliminarDerramado da taça.
BOM FDS......Beijos na alma! M@ria
Admirável Amigo:
ResponderEliminarUma homenagem justa de perfeição na pessoa da genial Matilde Rosa Araújo.
Deu-lhe vida em todas as vertentes: pessoal, social e humana com beleza, sensatez e perfeição. Ela criou uma Obra literária imortal.
Os meus sinceros parabéns.
Escreve com magia fantástica e enorme, numa escrita fluída, cristalina e pura.
Vê-se logo que é um Ser Humano enorme.
Adorei.
Abraço amigo de amabilidade pelo seu extraordinário gesto.
Ela, lá em cima, agradecer-lhe-a, estou convicto.
Com respeito pelo seu imenso valor de ouro puro que cintila por onde passa.
Com admiração constante.
pena
MUITO OBRIGADO pela sua amizade que é recíproca, amigo fabuloso.
É gigante no que faz e faz de forma excelente.
Olá Argos
ResponderEliminarBelíssima “pequena homenagem” (como lhe chamas) a uma grande escritora, pedagoga, pioneira em Portugal da defesa dos direitos das crianças e, sobretudo, uma grande Mulher.
Matilde Rosa Araújo abriu-nos as portas do mundo encantado do “aprender” e do “saber olhar”.
A literatura, a pedagogia e o mundo da criança estão hoje mais pobres sem a presença desta grande senhora mas, para sempre, ficará a sua obra e os seus belos textos que todos devemos ler e procurar que os nossos filhos também os leiam pela qualidade, sensibilidade e delicadeza que encerram.
Deixo aqui algumas frases de textos de Matilde Rosa Araújo:
"Ser delicado é uma maneira de ser bom. É como se dessemos flores. Os nossos gestos também são flores."
"Dona Balbina era uma velha. Que importa ser velha? Viveu é o que quer dizer ser velho"
"E a menina ri. Senta-se de novo debaixo de uma laranjeira. Tem ainda uma grinalda de flores brancas nos cabelos negros."
"Eu devia ter uma pena de Luz para contar esta história. E não tenho. Mas os olhos dos meninos são luz e quem lê há-de emprestar luz às minhas palavras."
"(..) Vim pelo rio abaixo, passei as pontes douradas, passei outras pontes de pedra, fui ter ao mar e cheguei a uma praia: - era Portugal"
Um grande abraço
Estupendo homenaje a esa gran escritora portuguesa especializada en literatura infantil.
ResponderEliminarUn abrazo muy grande para los tres Poseidon, Argos y Tetis
Olá Luna
ResponderEliminarAcredita que foi uma homenagem de coração, ela faz parte do meu imaginário de criança!
Abraço grande
Olá Isa
ResponderEliminarJá reparaste que todas as pessoas verdadeiramente “grandes” de valores são sempre as mais envergonhadas?
E Matilde Rosa Araújo foi realmente grande no que toca a lutar pelos direitos das crianças.
Abraço
Olá sonhadora
ResponderEliminarFoi uma homenagem sentida de quem em criança (e não só) adorava os livros dela!
Abraço grande
Amigo Andradarte
ResponderEliminarVou passar pelo Palavras Pensadas!
Abraço
Olá Angelles
ResponderEliminarRecomendo vivamente a leitura de algusn dos poemas dela, de certeza que vais gostar!
Abraço
Olá wanderley
ResponderEliminarFico feliz por ter gostado de Matilde Rosa Araújo, quando publicar no seu blog avise!
Abraço
Amigo Poseidón
ResponderEliminarObrigado pela simpatia do teu comentário, mas Matilde Rosa Araújo merece muito mais.
Acredita que iluminou a minha infância!
Um grande abraço
Olá Reggina
ResponderEliminarEstou feliz por teres gostado da Matilde Rosa Araújo, se pesquisares sobre ela, vais encontrar poemas muito belos.
Abraço grande
Olá Maria
ResponderEliminarObrigado pelo poema e pela frase, a poesia são as sensações derramadas pela alma!
Abraço grande
Olá Alma
ResponderEliminarObrigado pelo simpático comentário.
Matilde Rosa Araújo merece muito mais do que eu consigo escrever!
Abraço grande
Olá Lili
ResponderEliminarFico feliz por já saber uma data, será um dia inesquecível.
Abraço grande e muitos parabéns, obrigado também pelo poema!
Olá Pena
ResponderEliminarObrigado pela força que o seu comentário trouxe ao farol.
Concordo consigo, Matilde Rosa Araújo criou uma obra literária imortal, cabe a nós saber como usá-la.
Um grande abraço
Olá amiga Tétis
ResponderEliminarConcordo contigo, todos os educadores devem tentar que as crianças leiam Matilde Rosa Araújo, o mundo ficará decerto com mais valores.
Obrigado pelas frases que aqui deixaste. Posso contar-te um segredo?
O palhaço que ria como uma escala musical fazia as minhas delícias quando eu era criança, tentava imaginar o seu riso e acabava também a rir, pelo menino dos moinhos de vento tinha um carinho muito especial.
Abraço muito grande
Olá Belkis
ResponderEliminarMatilde Rosa Araújo ficará para sempre no imaginário infantil de cada um de nós. Mas não podemos esquecer que não escreveu só para as crianças!
Abraço de toda a equipa
Tétis, Poseidón e Argos
Olá Argos,
ResponderEliminarJá te deves ter apercebido que ando super, mas super atrasada nos comentários, daí só agora o estar a fazer relativamente a este teu belo post/homenagem à nossa querida Matilde Rosa Araújo, a nossa fazedora de sonhos.
Não sabia que a temática de "A Garrana" é a eutanásia. É que em 43 a eutanásia era tabu...
Abraço, grande.
Olá Teresa
ResponderEliminarfiquei feliz de te ver por aqui!
Como podes, ver Matilde de Rosa Araújo, era uma mulher avançada para o seu tempo.
Abraço grande