Eunice do Carmo Muñoz nasceu em Amareleja, uma freguesia do Baixo Alentejo, a 30 de Julho de 1928.
Com origens numa família de actores, estreou-se em 1941 na peça “Vendaval”, de Virgínia Vitorino, com a Companhia Amélia Rey Colaço/ Robles Monteiro, sediada no Teatro Nacional D. Maria II. O seu talento, de imediato reconhecido e admirado, permite-lhe uma rápida integração na Companhia.
Em 1943 contracena com Palmira Bastos em “Riquezas da sua Avó”, uma comédia espanhola, a que se segue, no ano seguinte,” Labirinto”, de Manuel Pressler. Ainda no Verão desse ano protagoniza a opereta “João Ratão”. Continuou a coleccionar sucessos, ao lado de Maria Lalande e Irene Isidro em “Raparigas Modernas”, sendo ainda dirigida por Maria Matos em “A Portuguesa”, de Carlos Vale.
Já aluna do Conservatório Nacional de Teatro celebriza-se em “A Casta Susana”, de Georg Okonkowikski. Termina o Conservatório com 18 anos e uma média final de 18 valores.
Foi porém, no Teatro Variedades com a peça “Chuva de Filhos”, ao lado de Vasco Santana e Mirita Casimiro, que começou a ganhar grande popularidade.
Em 1946 dá-se a sua estreia no cinema, no filme de Leitão de Barros, “Camões”. Por esta interpretação, Eunice ganha o prémio do SNI - Secretariado Nacional de Informação, para a melhor actriz cinematográfica do ano. Seguem-se “Um Homem do Ribatejo” (1946) e “Os Vizinhos do Rés-do-Chão” (1947).
Em 1947 ingressa na Companhia de Comediantes Rafael de Oliveira e no ano seguinte regressa ao Teatro Nacional para protagonizar “Outono em Flor”, de Júlio Dantas. Com a peça “Espada de Fogo”, de Carlos Selvagem, encenado por Palmira Bastos, atinge um êxito retumbante.
Trabalha de novo no cinema, protagonizando, em 1949, “A Morgadinha dos Canaviais” e “Ribatejo”.
Volta aos palcos em 1950, com a comédia “Ninotchka”, de Melchior Lengyel, contracenando com Igrejas Caeiro, Maria Matos e Vasco Santana.
Do seu ingresso em 1951 na Companhia do Teatro Ginásio, salienta-se a peça, “A Loja da Esquina”, de Edward Percy.
Passa pelo Teatro da Trindade e depois retira-se por quatro anos da actividade teatral. A sua re-apariçao dá-se em 1956 no Teatro Avenida com a peça “Joana D' Arc”, de Jean Anouilh. Multidões perfilam-se pela Avenida da Liberdade, desejosas de obter um bilhete para ver Eunice, aclamada pela crítica como genial.
Em 1957, depois da peça “A Desconhecida”, de Pirandello, ingressa, juntamente com outros autores famosos, no Teatro Nacional Popular onde interpreta Shakespeare “Noite de Reis”, de Shakespeare, “Um Serão nas Laranjeiras”, de Júlio Dantas e “Pássaros das Asas Cortadas”, de Luiz Francisco Rebello.
Nos anos 60, passa para a comédia na Companhia de Teatro Alegre, ao lado de nomes como António Silva ou Henrique Santana. No Teatro Monumental fez “O Milagre de Anna Sullivan”, de William Gibson que lhe grangeou, em 1963, o Prémio de Melhor Actriz do SNI ex-aequo com Laura Alves .
Começa a aparecer com regularidade na televisão em peças repetidas por desejo expresso do público, como “O Pomar das Cerejeiras”, de Anton Tcheckov, “A Dama das Camélias”, de Alexandre Dumas Filho, “Recompensa”, de Ramada Curto, “Os Anjos não Dormem”, de Armando Vieira Pinto, ou séries como “Cenas da Vida de uma Actriz”, doze episódios de Costa Ferreira.
Em 1965, quando Raúl Solnado funda a Companhia Portuguesa de Comediantes (CPC), no recém inaugurado Teatro Villaret, Eunice recebe o maior salário até aí pago a uma actriz dramática: 30 contos mensais. A peça de estreia é “O Homem que Fazia Chover”, de Richard Nash, encenado por Alain Oulman. Seguiram-se interpretações de Tenessee Williams e Bernardo Santareno.
Regressa ao Teatro Variedades e ao Teatro Experimental de Cascais e em 1970 funda a Companhia Somos Dois, com a qual faz uma longa tournée por Angola e Moçambique com a peça “Dois num Baloiço”, de William Gibson. Em seguida, estreia-se na encenação com “A Voz Humana”, de Jean Cocteau.
Em 1971 volta ao palco do Teatro Nacional para, ao lado de João Perry, fazer “O Duelo”, de Bernardo Santareno. No mesmo ano integra uma nova formação artística no Teatro São Luiz onde interpreta José Régio. Com a proibição pela censura, a poucas horas da estreia, de “A Mãe”, de Stanislaw Wiktiewicz, em que Eunice era a protagonista, o director da companhia, Luiz Francisco Rebello, demite-se e cessa a actividade desse conjunto que augurava grande êxito.
Dedica-se, então, à divulgação de poetas que ama, quer em disco, quer em recitais, dando voz a Florbela Espanca ou António Nobre.
Volta ao teatro para interpretar “As Criadas”, de Jean Genet. Integrada no Teatro Experimental de Cascais faz uma longa tournée por África, onde se contam espectáculos como “A Maluquinha de Arroios”, de André Brum.
O seu regresso aos palcos portugueses dá-se em 1978, integrada na companhia do reaberto Teatro Nacional D. Maria II, onde viverá êxitos enormes, interpretando peças de Donald Coburn, John Murray, Bertolt Brecht, Hermann Broch, Athol Fuggard, Eurípedes, entre outros.
Aparecerá de novo no cinema, em vários filmes, tendo uma interpretação magnífica em “Manhã Submersa”, de Lauro António (1980) e Tempos Difíceis, de João Botelho (1987).
Após a participação na revista “Passa por mim no Rossio”, de Filipe La Féria (1992), volta à televisão na telenovela “A Banqueira do Povo”, de Walter Avancini (1993).
Em 1991, celebraram-se os seus 50 anos de Teatro, com uma exposição no Museu Nacional do Teatro, sendo Eunice condecorada, em cena aberta, no palco do Teatro Nacional, pelo Presidente da República.
“A Maçon” (1997), escrito pela romancista Lídia Jorge propositadamente para Eunice, e “A Casa do Lago” (2001), de Ernest Thompson, são duas das suas mais recentes participações nos palcos.
Em 2006 representou pela primeira vez na casa a que deu nome, o Auditório Municipal Eunice Muñoz, em Oeiras, com a peça “Miss Daisy”, seguindo-se-lhe, em 2007, “Dúvida”, de John Patrick Shanley, no Teatro Maria Matos.
Em Maio de 2008 é agraciada com o Globo de Ouro de Mérito e Excelência.
Em 2009 regressa ao Teatro Nacional D. Maria II com a peça “O Ano do Pensamento Mágico”, de Joan Didion.
Em 2011 volta à cena com "O Comboio da Madrugada", de Tennessee Williams, sob a encenação do mestre Carlos Avilez, no Teatro Experimental de Cascais.
Eunice Muñoz é uma actriz portuguesa de referência do teatro português e considerada em Portugal uma das suas melhores de todos os tempos.
Uma homenagem merecida a alguem que é GRANDE no nosso país e que se escuda com a flor da humildade e simplicidade, apanágio daqueles que já subiram aos píncaros da fama!
ResponderEliminarEunice Munoz deve ser um orgulho para todos os portugueses.
Parabens!
Graça
Meus queridos
ResponderEliminarUma homenagem muito merecida a uma grande senhora do teatro...e ainda para mais nasceu na minha terra e na casa de uma prima minha.
Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora
Em boa hora este tributo a uma Mulher que nos tem dado muitas alegrias e que representa do melhor que há em Portugal.
ResponderEliminarObrigada.
Olinda
Uma grande senhora dos palcos....
ResponderEliminarAdmiro-a e sou fã..
Beijo
Oh, Lindíssima Amiga:
ResponderEliminarUm excelente tributo à maior actriz do nosso querido Portugal: Eunice Muñoz!
Uma pesquisa completa e sublime de magia pura que ela merece por completo.
Parabéns, fabuloso Post sensível, repleto de ternura e encanto.
Adorei.
Bem-Haja, pela amizade e pelo carinho seus.
Beijinhos amigos de pureza perante a gigantesca grandeza e emoção do seu pensamento e sentimento.
Com respeito e sempre a admirá-la.
Excelente.
pena
Fico-lhe grato pela pureza da sua visita que adorei.
É maravilhosa.
Concebe a sensacional agradabilidade do seu sentir de forma notável.
E,isso, é fantástico.
"Se eu gosto de poesia? Gosto de gente,
ResponderEliminarbichos, plantas, lugares, chocolate, vinho,
papos amenos, amizade, amor. Acho que
a poesia está contida nisso tudo."
Carlos Drummond de Andrade
Bom FDS....Beijos & Flores...M@ria
Besines!!!
ResponderEliminarHola amiga Tétis,
ResponderEliminarUn maravilloso homenaje para Eunice Muñoz.
Te felicito por siempre acordarte de homenajear a personas que merecen..
Y tu amiga mereces nuestra amistad y respeto siempre.
Feliz fin de semana.
Bisous, besos, beijos
Uma belissima homenagem a uma grande mulher do teatro.
ResponderEliminarObrigado Tétis, pela tua lembrança.
Abraço grande
Queridos amigos
ResponderEliminarO meu grande obrigada a todos que comigo estiveram neste simples homenagem a uma grande mulher e actriz.
Beijinhos
Querida Tétis!!
ResponderEliminarQue post maravilhoso!!!Vi um vídeo desta grande atriz portuguesa(interpretando um poema da Florbela), e me apaixonei, pela verdade e força da atuação!Fiquei encantada( eu não a conhecia!)
Vi, na amiga Isa(Momentos Meus) e até peguei emprestado.(faz um tempo...)
Parabéns pela bela homenagem!!!
Beijos pra ti!!
Desculpe a demora em retribuir, e agradeço muito por teres visitado o meu blog de contos(Flores no Jardim...), mas final do ano,é sempre mais corrido...
Tudo de bom!
amor amor puro ouro ouro puro
ResponderEliminarSENTI A ESTRELA NO LARGO DA ESTRELA!
ResponderEliminarPRATEADO BRILHANTE NO AR E NO CHAO!
NESSE DIA FIM DE JULHO;......
DIA DE VERAO!
AO LONGE UMA NEVOA DE OURO TAMBEM?
NAO ME LEMBREI IR BATER A ESSA PORTA?.....
SENTIA O FRIO NESSE DIA QUENTE?
Somos da mesma raca!
ResponderEliminarSomos da mesma massa!
Queiram ou nao queiram?........
E eu sou igualzinha?.......
Quem me deu esta voz?
Esclamou minha filhinha;
-Mama tu es igualzinha?...........
E eu aqui sozinha! So tu!E gracas a DEUS os 13 anos da filhinha!
Como tu es igualzinha a minha irma Nelinha!
Dei Gracas a Deus! Ai no internete?Tu ainda viva?
Ainda vivendo para mim?..
Que tanto de alguem necessitava?
E tu um alguem de verdade!
Neste mundo de maquinas?
No ar paira doirado e prateado.......Avermelhado dramatico!
Onde o amor nasceu?...Para mim sim !
Mas na minha vida sangue sagrado derramado?.......
Era-mos todos iguaizinhos a ti?........Ate o meu irmao adorado!
Tao adorado pela mae!Que ao seu pai adorado?...Tanto lembrava?...
Foram ofertas aos deuses?..Para a Estrela!
Ofertas so com dor minha e minha mae!Mas os deuses estao no meu lado.Talvez o nosso Deus!Isso bem sei!Tinha algum alienado?.........................................................
?.....
!
E eu aqui sozinha!SO TU!
E gracas a Deus!Os 13
I Meia duzia + porcos anos
ResponderEliminarAndava a cortar o pelo,e era de ma pelo?....Muito bri no pito!
Que foi logo de principio?Foi assim que a boa furtuna ?....mas que a minha no largo da estrela acabou.La a volta dos tempos dos Santos populares !
Beleza minha e minha irma niguem pode imaginar?.............
Criancas quase mulheres,a gentinha todinha a egnorar!
Tinham a vida de bem estar,para a beleza estavam -se bem a (cagar)!sorry!............................................
II
Este e outro.
Andava a fazer-se de adoptado pelos macacos,la para os palcos de Lisboa!....Lingrinhas do spide, mas a cabeca cheia de maldicao!
E com esse espirito do mal;andava do mar ao val e vice versa?....
So porque o negocio era bom!Cara dos santos tinha ele quando contava as notas?e as notas de musica da cantiga do bandido?.....
Tudo a conta da menina coitadinha , que morreu!E ai no mosteiro dos Geronimos a deicharam abandonadinha!Como a bela crianca tanto a ela se parecia?................................................
A Santinha de verdade!...
Sagrado o sangue derramado!...Apesar dos Santos!Nao era do mesmo sangue do malvado!
Que nunca foi condenado?....
I
Era eu bem pequenina,la para os lados do riu do mouro;
ResponderEliminarnum sonho real sonhando no meio do rosario,
de rozinhas pequeninas, e muitas rozinhas!
E eu pequenina e as outras meninas
no meio das rozinhas.
Piar dos passarinhos!
Rizinhos das meninas de caracolinhos,
enfeitadas de fitinhas de seda.
Azulinho e rozinha!
Primavera verao!
Ao longe mas perto o cheirinho do verdinho clarinho dessa vegetacao!
Mas bem pertinho essas rosinhas tambem deitavam cheirinho,
aquecidas pelo sol.
Que dava uma misteriosa aragem
alaranjada!
Ja ai estavam os picos da vida para comecar!
Mas ao longe os castelos.. e castelinhos!
Para sonhar!
Minha mae sonhadora ai em vao?.....
Que agora e antes.tambem depois do sonho desfeito
a luz do farol se apagou para sempre!.......
Deu e da essa impressao?....
Mas cantadora minha mae; lavando a roupa no tanque a beira do poco.
Relembro essa voz !Cantigas do Alentejo!
Que ainda as canto tambem!
Cantiga que nem a todos agradava?..................
Aquela filha de pai sagrado!
Era isso que mais que tudo lhe importava?
La fomos as cinco finalmente;
porque o mano so nasceu mais tarde em Mem Martins.
Na vivenda Valentina!Era essa a casa do tal tanque ao pe do poco!
Pois foi nessa Igreja grande... gigantesca,
do outro lado da estrada.Eu pequenina vivia ai em frente dos muros
do lado do monumento.
Finalmente la fomos todas nos batizar.
Nossos vestidinhos quase como petalas palidas de rosas gigantes,
para o batismo!
Todos iguais os vestidinhos das meninas!
Leves e meio transparentes!
Os benditos aninhos
ResponderEliminarOitenta e alguns mais?
E que muitos mais vivinhos;
E muitos mais!
Mitos poetizar e declamar!
Ando eu rezando!
Por ai todos os dias!
Pedindo ao nosso Pai,
que vele pelas almas!
Dos que ca ja nao estao?
E dos que ca estao!
Aquelas que nunca mais se encontraram?....
Mas?...Amando silenciosamente?......
No misterio !...... E mentindo ternamente...
Nesse ver do dia a dia!........
Passeava Galante destraido nesse dia; pois fazia solinho, e este destraido do quentinho do sol?......E satisfeito estava Galao! Estava um friu de gelar!E este assustou-se ate nesse dia ;pois uma mulher muito gorda com um casaco de peles; caro e de luxo!Esta quer passar depressa, nesse passeio estreito?......Galante nao era gordo;mas derivado ao 'estreito''do passeio; para essa mulher, que tambem era ambiciosa, e so queria tudo para ela?.......com certeza era filha unica?Essa mulher tao fina, e de tanta alta sociedade?(este dizia ele a tia mais tarde).Empurrou e assustou muitissimo o nosso Galao!Este que a elegancia ai lhe faltou, ao cair no lado da estrada!Apanhado ele desprevenido, que grita:
ResponderEliminar-E! Um urso!......
Tinha essa mulher pressa; e era cobarde!deichava ali abandonado o galao sem mais palavras?....Pois o susto nao foi fantasiado?...Ali mesmo pertinho ate havia um circo?.......
Bastante elegancia e ate enganlantado, e cheio de tolerancia; e ai este foi gozado!Por uns que nesse banco desse parque;nesse banco sentados, todos em fila.Tao belos e engracados!...
Esses jovens que bonzinhos!(alguma egnorancia e bondade)?
Passando pertinho, diz-lhes galao;
-Olhem para esta cidade!..
Como outra eu nunca vi?....
E tu deves de ter saudade!
Da cidade que eu nunca ai?...-
Um destes rapazes respondeu-lhe; aquele que seu rosto parecia o mais bonzinho?..Ate que este sem "pet" ou barrete de malha?....Que assim estavam os outros:
-Sim!Sim!La muito mais quentinho?
E la que eu muito vou!.....
Com mae e paizinho!
Mas la eu nao nasci;
Aqui sempre de grande e pequenino!
Mas tenho la casa e tudo!...-
Batia agora galao nas costa desse afurtunado rapaz.
Mesmo apesar desse rapaz viver longe?
pois Galante vivia nesta zona fina. Portanto mais preveligiada. Situacao que se tem mantido destes antepassados!
Mesmo assim apreciando o outro Galante:
-Mas que sorte que tem!
Que a minha avo so daqui vem!...
Duma ruazinha aparecendo um velho de barbas compridas e quase brancas, e de barrete na cabeca;
ResponderEliminarsuas roupas claras e largas,escurecidas desse tempo todo com pouca egiene?
Na sua bicicleta ,pendurados dois baldes , um de cada lado. Baldes grandes de velho plastico sujo ;que no fundo destes ainda restava alguma comida de passaro,que este velhinho tentava tirar desse balde fundo;Caindo a sua bicicleta em cima dos pombos esfomeados.Estas aves que tao bem ja conheciam este homem inimigo de alguns vizinhos.Mas amigo dos pombos!..Ajudando e protegendo os seus bebezinhos?...
Irritado quase raivoso!....nem obrigadinho dizer a esses vizinhosjovens, que com tanta vitalidade o ajudavam a levantar a bicicleta e baldes.Mas depressinha voltavam a empoleirar-se nesse banco da praca publica.
Galante nao mexeu um dedo para ajudar esta velho que ele bem conhecia e nao confiava.
E o velho recuperado do pequeno incidente;que sem perder tempo mais; serio e fanatico;atirando o resto da aveia dos baldes, ainda em boa quantidade, para esses pombinhos desta regiao.Que estes tao bem viviam nesses beirais destas casas classicas! Palacetes luxuosos!Tambem preveligiada regiao para essas preveligiadas aves!Pois ai tambem existiam arvores fortes e saudaveis em quantidade.
E os pombinhos todos contentes la vinham;rodeando ali a volta,a debicar aquela fartura toda?
E caminhando rua abaixo;ouve uns estilhacos Galante;A tal!A ursa cambaliou e foi cair contra a montra do cafe?......este de bons espiritos nesse dia?...-?ela que parecia muito mais forte?respira como os cavalos?-Pois as narinas dela muito abertas.
ResponderEliminar-Mas esta com calorzinho?-Isto diz-lhe galao ao passar e ficar ali parado.
as amiguinhas da ursa com risinhos. Esta gente rica pouca importancia davam aos vidros da janela estilhacados no chao!
Mas o dono do cafe agarrado ao seu paninho; era um homem nervoso que ruia o pano. Talvez para controlar a sua verdadeira iducacao?....
-Mas aquele nao e meu cliente?-dizia o dono do cafe com ar danado
agarrando no braco de galao para que este tomasse responsabilidade
da janela.A ursa senta-se na esplanada com ar de dona;
-Este ar fresquinho que as ratas bem precisam?-comentava um velhote cliente tambem sentado ali ao lado.
Cliente tambem como as meninas!Que o tempo se via a passar nessa barriga que inchava da cerveja diaria;Que ele agora babava no pelover de fim de semana.
-Ratinhas e que sao? ..-tocava ele discrectamente nesse sitiu mesmo da menina; bastante moderna aos risinhos;(tinha a ambicao do dinheiro do velho)?.....
Entretanto quem se tinha aproveitado do dono destraido; foi esse cao grande e preto, com um aspecto contente,de comida com fartura.
Empoleirado o cao no bar, tinha ele voltado da rua.Essa porta aberta ai com o homem a ouvir o que o Galante lhe dizia da sua enocencia; Que o taberneiro alcolico confuso e ordinario custava a acreditar.
Em defenca da amiga uma lingrinhas apontava o cao!
-Esse?... foi esse ?....-
O cao que tinha aparecido ai a porta outra vez ; sentiu a vibracao fugiu com medo para dentro.
-Minha amiga venha?..Venha ca verificar este cheirete a peixe?-Chamava a ursa a ver se escapava ainda ?..
-Aqui a porta nao cheira a peixe?-
defendia o homem do cafe ainda , mesmo assim vendo tambem ai no chao um monte gigante de fezes fumegantes?
O do cafe ja estava um pouco saturado;Esta situacao com esta gente!A noite tinha cido longa? E ate o unico amor verdadeiro que ele sentia eram os seus animaizinhos!
No cantinho do cafe estavam outros dois caenzinhos . Mas estes de pelinho, mais pequeninos. E sem duvida tinham aspecto meiguinho. Os sabidos lembiam-se! Talvez por instinto? Eles bem sentiram o medo do irmao grande?
E andando rua abaixo o galao;
ResponderEliminarAli junto a arvore,
encontrou um vazo no chao
que parecia abandonado.
A planta no vazo era bastante florida!
Todas elas ,as flores orquidias brancas!
E olha o Galante para estas orquidias;
Completamente e verdadeiramente encantado!
E esclama:
-A! Flor da paz!...
Anda comigo florinha?
Que aqui sozinha estas?
Minha linda orquidiazinha?...
E quem te abandonou?
Esse abencoado
que te nao apreciou.
Mas por mim apreciado!-
E apanhou o vazo com a planta,
ela foi contente assobiando.
Rua abaixo!
E pelo caminho, encontrou um
casal e disse para si:
-Estes aqui ocupam o passeio todo de braco dado?
Nao gostam da minha figura.
Com aquela cara de amtipaticos?
Uma esprecao de rigidura!
Ele parece ser tambem um pai natal regeitado?
Com aquelas barbas compridas?...
Pendurados um no outro o aleijado?-
E assobiando alto ao encontrar o tal amigo
da loja de antiguidades:
-O! meu querido amigo!
Tanto tempo que o nao vejo?...
Meu amigo preferido;
que me da amor de sobeijo!...
E abracando-se ao galante,
o amigo deste que era muito gentil.
Classico meia idade e preferido.
Farto cabelo bem claro
e ondulado.E homem nao muito alto;
Este amigo do galante;
Que reparando na cara do antiquario, depois do abraco:
-A! Mas voce esta com mau aspecto?...
Esta com umas olheiras de meter do?
Bebeu muito vinho e fumou muitos cigarros?...
Ou zangou-se com a avo?_
Sempre gala com uma ingenuidade genuina:
-Quem estao zangados
sao aqueles ali abaixo?...
Apontando para o dos baldes, que se metido
numa discusao com um pintor da zona.
Que andava a anos sempre a pintar o mesmo quadro
com a mesma paizagem.
-E uma bulha de relaxo,
Nao ouve essa gritaria?-
E respondendo o da loja um pouco mais esperto,
desse ar miseravel que parecia ter:
-O que? E outra manifestacao?..
Eles nao tem razao ! E uma grande tourada!
.
Nesse dia era o dia;
ResponderEliminare foi nesse dia
em que o galao
assim dizia!
E foi nesse encontro,
com esses fumadores;
Que o galao fumado,
deu alma aos trovadores!
Nesse cafezinho,
onde o shop acolhedor,
e o cheiro e fumo
estonteante odor:
_Olhem muito boas tardes?
A toda a especie de gente?
Tanta armonia esverdejante!
E que em pe se aguente?
Agora mesmo eu vi
aliuma grande pintura!
Declaracao de guerra!
E grande e escura?
E o rapagola la do shop
ja estava convencido;
Ate porque ele;
teve logo uma inspiracao da pedrada?
-Qual e o tamanho da pintura?
Galao abrindo os bracos:
-Grande !..Enorme!....
toda de tons castanhos!
Verdadeiramaenta antiquado.
Ideal para os estranhos.
E quanto menos gostarem;
Mais eu gosto?..
Essa gente que la vai;
So para darem desgostos?
Mas a historia e esta;
A onda e levada
com o poder do vento?..
Movimentava-se esverdeada!
Poder que fica
longamente na onda!........
Poder longo do vento!
Que os rochedos esconda?...
Menos castanho ai!
Esverdeando a pintura!..
Que so o castelo se ergue!
Com esse castanho e verdura!
E ao mesmo ritmo do vento;
Movimentava-se alizando-se,
fortemente longamente?...
A onda amandando-se
contra as rochas.
Com o vento forte,
e com a espuma se desfazer?...
E la se encontra a morte!..
Pergunta o rapagola:
-Onde e que encontrou isso?
E galao apontando para a porta:
Ali!...Na esquina!....-
A senhora estava a porta.
Galao reparando agora esta:
-Ora muito bom dia?...
Cheio de muita alerta?..-
E a tal rapariga dos cafes
olhando antipatica:
-De alerta estou eu?..
Que ainda nao disse nada!
Que fala tanto;
que deixa a gente calada?..>>
E galao desfarcar?...
Continuando:
-Pois e !Saudo eu !O minha senhora!