E cá estamos de novo para mais um passeio pelo Parque dos Poetas!...
Desta vez a nossa companhia será também um poeta contemporâneo, vulto este com uma vastíssima obra e um lugar de grande destaque na literatura portuguesa - José Régio
Desta vez a nossa companhia será também um poeta contemporâneo, vulto este com uma vastíssima obra e um lugar de grande destaque na literatura portuguesa - José Régio
José Régio (1901-1969)
Parte 1
José Régio é o pseudónimo que o romancista, dramaturgo, ensaísta, crítico e poeta português, José Maria dos Reis Pereira, escolheu para assinar a sua obra literária.
Filho de José Maria Pereira Sobrinho (um ourives amante do teatro) e de Maria da Conceição Reis Pereira (mulher sensível, a quem José Régio atribuía alguma responsabilidade na sua vocação literária), nasceu em Vila do Conde, a 17 de Setembro de 1901. Aí viveu até completar o quinto ano do liceu, terminando os estudos liceais no Porto, juntamente com o seu irmão Júlio (1902-1983), também poeta com o pseudónimo de Saul Dias e um dos mais originais artistas plásticos da sua geração.
Ainda em Vila do Conde, Régio publicou os seus primeiros versos nos jornais “O Democrático” e “República”.
Leitor de Camilo Castelo Branco, Gustave Flaubert, Leão Tolstoi, Marcel Proust e Fiodor Dostoievski, José Régio utilizou os anos passados em Coimbra para uma formação cultural baseada numa enorme curiosidade literária e humana, que o levou a “descobrir” os autores do "Orpheu" e a conviver de perto com João Gaspar Simões, Branquinho da Fonseca, Afonso Duarte, Casais Monteiro, Edmundo de Bettencourt, Miguel Torga, António de Sousa, entre outros.
Em 1925 publicou os "Poemas de Deus e do Diabo", livro logo saudado por alguns críticos e onde apresentou quase todos os temas que viria a desenvolver nas obras posteriores: os conflitos entre Deus e o Homem, o espírito e a carne, o indivíduo e a sociedade, a consciência da frustração de todo o amor humano, o orgulhoso recurso à solidão, a problemática da sinceridade e do logro perante os outros e perante a si mesmos.
Em 1927, na companhia de João Gaspar Simões e Branquinho da Fonseca, funda a revista “Presença” – marco inicial da segunda fase do modernismo português, que até 1940 editará um total de 56 números. Para além da sua colaboração assídua nesta revista, deixou também textos dispersos por publicações como a “Seara Nova”, “Ler”, “O Comércio do Porto” e o “Diário de Notícias”.
José Régio seguiu a carreira de professor do ensino secundário, passando primeiramente pelo Porto (1928/29) e sendo depois colocado no Liceu de Portalegre, em 1930, onde permaneceu mais de 30 anos, até se reformar em 1962.
Nessa cidade leva uma existência solitária e calma entre o liceu, os cafés que frequentava e a casa onde foi guardando uma vasta colecção de peças de arte sacra, principalmente imagens de Cristo.
Régio não constituiu família, tendo justificado essa opção nas respostas a um questionário que lhe foi enviado por Jorge de Sena:
"Penso que o matrimónio ainda será o estado mais normal do homem (Digo estado normal e não natural. Parece-me que, naturalmente, o homem é polígamo).
Ter filhos – também me parece o mais normal. Acho que vale a pena tê-los, apesar das preocupações que daí possam advir.
Se eu resolvi muito novo não me casar (...), foi por me parecer que me dedicaria por demais à mulher, aos filhos, à casa – e isso prejudicaria a obra gigantesca que eu me propunha realizar (A que distância fica a gente do que na adolescência sonha!) ".
Nos últimos anos de vida, José Régio residiu alternadamente entre Vila do Conde e Portalegre, fazendo uma espécie de balanço interior expresso nas páginas da "Confissão dum Homem Religioso", livro que retrata a sua busca espiritual mas que deixou incompleto, ao sofrer um enfarte do miocárdio em Outubro de 1969, falecendo dois meses depois, em 22 de Dezembro de 1969.
Nessa fase da sua vida, participou activamente na vida pública, fazendo parte da comissão concelhia de Vila do Conde do Movimento de Unidade Democrática (MUD), apoiando o general Nórton de Matos na sua candidatura à Presidência da República e, mais tarde, a candidatura do general Humberto Delgado. Integrou ainda a Comissão Eleitoral de Unidade Democrática (CEUD), nas eleições de 1969.
Considerado por alguns como um dos vultos mais significativos da moderna literatura portuguesa, José Régio recebeu, em 1961, o prémio Diário de Notícias e, postumamente em 1970, o Prémio Nacional de Poesia, pelo conjunto da sua obra poética.
As suas casas de Vila do Conde e de Portalegre são hoje museus.
Autores: Argos e Tétis
Quem diria....já o José Régio tinha
ResponderEliminaraversão ao casamento...!!!
Já....digo eu.
Texto muito elucidativo
Beijos e Abraços
Visitei a casa museu e gostei muito.
ResponderEliminarA colecção de imagens de Cristo foi o que mais me encantou.
Tb ele foi Amigo do meu Pai,que muito o respeitava.
Mais uma partilha que vos agradeço.
Beijoo.
isa.
No conocia a Jose Regio, interesante articulo, gracias por compartir.
ResponderEliminarsiempre es un placer pasar por tu casa.
Disculpa la ausencia, espero poder regresar pronto.
Que tengas una feliz semana.
un abrazo.
Viu essa cisma com o casamento vem de ha muito tempo...
ResponderEliminarBela postagem.
Bjos achocolatados
Pues les felicito por el trabajo que han hecho.
ResponderEliminarSaludos argentinos,
Sergio.
Hola Argos y HOla Tetis, me encantan estos poetas del Parque Portugueses, que te los encuentras en cualquier esquina o rincón de aquellas tierras hermosas y bellas.
ResponderEliminarNo sabía nada de Jose Regio, ni de sus escritos ni de su vida, gracias pues conocer la vida de los portugueses egregios es bueno para mi y me interesa.
Un beso para los dos.
pero...
sobre todo decirle a Poseidon cuanto agradezco su acrótico..
ME
HA
ENCANTADO
Gracias es delicad, y gentil, caballeroso y tierno..
Me lo quedo con todo el cariño..
Ha sido un presente recien llegada de vacaciones estupendo y bonito.
Decirle que yo tambien le he echado de menos y que su sinceridad me encanta...
Darle además un beso, bueno no por lo menos 3 como hacen los holandeses.
Y desearos a todo lo mejor y empezar ya a tener nuestra comunicación ..
Besos y abrazos y gracia muito obrida
Que bom saber sobre a vida desse poeta.
ResponderEliminarGostei muito.
Beijos
Fernanda.
eu vi rosas
ResponderEliminare jasmins namorando
trocando cheiros
em meu jardim
margaridas e lírios molhados
que apaixonados riam pra mim
agradeci o amor dessas flores,
o perfume, as cores...
e a beleza que Deus fez assim..
Tadeu
Uma semana de Paz e Poesia!Beijos!! M@ria
Meus queridos,
ResponderEliminarMaravilhosa postagem neste Parque, muito bom saber um pouco mais da vida desse talentoso Poeta, que tanto admiramos!
Um grande beijo e boa semana!!!
Reggina Moon
Bom dia e Feliz Semana!!
ResponderEliminarTem selinho aqui prá voce...pegue o seu!!
Beijossssss.......M@ria
Amizade é quando você
ResponderEliminarnão faz questão de você
e se empresta aos outros.
Adriana Falcão
Feliz semana com amor e poesia! M@ria
Amigos Tétis e Argos
ResponderEliminarMuito obrigado por este intertessante passeio...
Um grande abraço cheio de carinho e amizade.
Olá, Argos e Tétis!
ResponderEliminarPartilhar o conhecimento, alargando-o. Desta feita trazendo ao Farol José Régio, figura incontornável da Literatura Portuguesa, homem de intervenção cívica e política, cidadão de corpo inteiro.
Merecem, Argos e Tétis, que quem aqui vem vos deixe um abraço reconhecido.
É o que faço.
Muito obrigado.
No conocía a este escritos, por lo que mi admiración y respeto crece día a día ante vuestra ingente labor.
ResponderEliminarBeos con luz de vuestro Faro, Argos y Tétis.
Muy interesante post!!!
ResponderEliminarUn abrazo para ti y te estoy esperando para festejar el Cumpleaños de mi Blog.
Besos
mar
Tétis y Argos
ResponderEliminargracias por enseñarnos tanto.
Abraço grande para ARGOS
Bisous tendres pour toi Tétis
"Eu sou aquela mulher que fez a escalada
ResponderEliminarda montanha da vida removendo pedras e
plantando flores"
(Cora Coralina)
Lindo amanhecer! Beijos....M@ria
Olá Andrade
ResponderEliminarPois…parece que o José Régio tinha umas ideias bem definidas quanto ao casamento!
Obrigado pela visita e abraços da Tétis e Argos
Olá Isa
ResponderEliminarFicamos felizes por este post lhe trazer boas recordações.
Tem que partilhar connosco essas memórias!
Abraços
Tétis e Argos
Olá Ricardo
ResponderEliminarFicamos felizes quando visita o Farol, é sempre bem-vindo!
Esperamos que com esta introdução ao José Régio, nos faça companhia no próximo passeio onde colocaremos alguns dos poemas dele.
Abraços
Tétis e Argos
Olá Sandra
ResponderEliminarà parte as polémicas com o casamento, José Régio é um grande poeta!
Obrigado pelos beijos achocolatados!
Beijos da Tétis e Argos
Olá Sérgio
ResponderEliminarObrigado pelas simpáticas palavras, aparece para os próximos passeios!
Abraços
Tétis e Argos
Olá Estrella Altair
ResponderEliminarSerá impressão nossa ou tens mesmo um carinho especial por Portugal?
Se continuares pelo nosso Farol, estás convidada para os próximos passeios pelo parque!
O teu recado para o Poseidón foi entregue e ele ficou muito feliz!
Abraço dos três amigos do Farol
Tetis, Poseidón e Argos
Olá Fernanda
ResponderEliminarFicamos felizes por teres gostado do post e fazemos votos para que gostes mais ainda dos poemas de José Régio!
Abraços
Tétis e Argos
Olá Maria
ResponderEliminarObrigado pelo poema tão ternurento.
Abraço e um bom fim-de-semana
Tétis e Argos
Olá Reggina
ResponderEliminarJá conhecias José Régio?
Qual o teu poema favorito?
Estas convidada para o próximo passeio!
Abraço grande
Tétis e Argos
Maria, olá de novo!
ResponderEliminarObrigado pelo poema da amizade, pequenino mas profundo.
Também gostamos das palavras sobre a mulher e a vida, dá para reflectir e muito!
Relativamente ao selinho, ficamos sensibilizados!
Abraço
Tétis e Argos
Domenico
ResponderEliminarQue surpresa boa!
Gostamos muito da sua presença neste passeio.
Volte sempre, já sabe que é bem-vindo!
Abraço grande
Tétis e Argos
Olá Carlos
ResponderEliminarPara nós foi uma honra receber a sua visita.
Relativamente ao José Régio, estamos inteiramente de acordo: Um grande Homem em todos os sentidos da palavra!
Um abraço dos amigos do Farol
Tétis e Argos
(está desde já convidado para os próximos passeios no Parque)
Hola Maria
ResponderEliminarObrigado pelas gentis palavras!
Se queres conhecer melhor o José Régio, vem connosco no próximo passeio.
Beijos
Tétis e Argos
Olá Mar
ResponderEliminarTambém te agradecemos por compartilhares connosco o teu blog.
Sempre que por lá passamos, voltamos mais enriquecidos!
Que possamos festejar por muitos anos o aniversário do teu cantinho!
Abraço dos amigos do Farol
Tetis, Poseidon e Argos
Amigo Poseidón
ResponderEliminarO prazer é todo nosso em compartilhar o que de melhor existe na poesia portuguesa.
Abraço dos amigos
Tétis e Argos