Aos 87 anos, em Lanzarote
Morreu José Saramago: “Desaparece um enorme escritor universal”
O escritor português e Prémio Nobel da Literatura em 1998 José Saramago morreu hoje aos 87 anos em Lanzarote.
O autor português encontrava-se doente em estado "estacionário", mas a situação agravou-se, explicou ao PÚBLICO o seu editor, Zeferino Coelho. O corpo do escritor será cremado e as cinzas ficarão em Portugal, como indicou ao PÚBLICO o administrador da Fundação José Saramago.
A Fundação José Saramago confirmou em comunicado que o escritor morreu às 12h30 na sua residência de Lanzarote "em consequência de uma múltipla falha orgânica, após uma prolongada doença. O escritor morreu estando acompanhado pela sua família, despedindo-se de uma forma serena e tranquila".
“Desaparece um enorme escritor universal”
A notícia da morte de José Saramago apanhou Eduardo Lourenço e Carlos Reis em Cáceres, Espanha, onde se tinham deslocado para uma reunião do júri que atribuiu o prémio de criação da Junta de Estremadura a Eugenio Trías. “A notícia da morte chega nos momentos e nos lugares mais estranhos, mesmo que ela seja uma morte não propriamente anunciada, mas já esperada”, diz o ensaísta Carlos Reis, que conta que estava “à porta de um hotel, em Cáceres”, comentando com Lourenço “o frágil estado de saúde de José Saramago”, quando “de repente, uma chamada telefónica (malditos telemóveis!)” lhe trouxe a notícia da morte do Nobel da Literatura.
“Com José Saramago”, diz Carlos Reis, desaparece não apenas um grande escritor português, mas sobretudo um enorme escritor universal”. No entanto, acrescenta, “fica connosco um universo: esse que Saramago criou, feito de uma visão subversiva da História e dos seus protagonistas, dos mitos estabelecidos e das imagens estereotipadas”.
Ainda que a sua obra “tenha a dimensão plurifacetada e sempre em renovação que é própria dos grandes escritores”, Carlos Reis arrisca “evocar, neste momento de comovida homenagem, alguns dos seus componentes mais fortes e expressivos”. Lembra que “o romancista que em 1980 publicava ‘Levantado do Chão’ – uma espécie de romance de iniciação que confirmava a aprendizagem representada em Manual de Pintura e Caligrafia – pagava uma espécie de tributo literário ao extinto neo-realismo, com o qual mantinha fortes laços de solidariedade ideológica e política”. Mas acrescenta que “logo depois, e na sequência do admirável ‘Memorial do Convento’, Saramago escreve e publica, entre outros ‘O Ano da Morte de Ricardo Reis’ (1984), ‘A Jangada de Pedra’ (1986) e ‘História do Cerco de Lisboa’ (1989)”. Isto, diz Carlos Reis, “significa que ‘Memorial do Convento’ não era um caso isolado, no que à inscrição da História na ficção diz respeito, e significa também que a tematização da História desencadeava inevitavelmente um jogo de variações e de modulações temáticas”.
Entre “os grandes temas que a ficção saramaguiana nos legou”, Reis assinala “a reflexão sobre Portugal e o seu destino (mau destino, para Saramago) de integração europeia, a problematização de mitos portugueses (o de Fernando Pessoa, por exemplo) em articulação com um tempo histórico tão bem identificado como o dos inícios do salazarismo, a revisão crítica e provocatória do Cristianismo, ou a reflexão em clave ficcional sobre as origens históricas e políticas de Portugal, de novo em incipiente “diálogo” com a Europa”.
Após os anos 80, “a mais fecunda década da escrita literária de Saramago, abre-se”, diz Reis, “um tempo de tematização de sentidos, de valores e de temas com um alcance universal”. E “é então, sobretudo, que o registo da alegoria entra decididamente na escrita literária de Saramago; e é por isso que romances como ‘Ensaio sobre a Cegueira’ ou ‘Todos os Nomes’ são e serão lidos como grandes romances da literatura universal”, afirma o ensaísta e professor universitário.
“Diz-se que José Saramago era um escritor polémico. É verdade. São polémicos os escritores que, com desassombro e com arrojada visão do futuro, interpelam os homens e os poderes do seu tempo”, diz ainda Reis, para concluir: “E é justamente quando o fazem, em conjugação com o impulso inovador que às suas obras incutem, que dizemos deles que são grandes escritores”. E Carlos Reis, que acabou há dias de escrever um prefácio para uma edição especial de “O Memorial do Convento”, ilustrada por João Abel Manta – o livro deverá ser lançado em Setembro pela editora Modo de Ler, não hesita em afirmar que “Saramago foi e será um grande escritor”.
O último crente
Para Eduardo Lourenço, Saramago foi, na sua história pessoal e de escritor, “o que de mais próximo tivemos da Gata Borralheira, uma gata borralheira rústica, que nasceu num berço pobre e chegou àquele trono de Estocolmo”. O prémio Nobel, diz, “foi importante para ele, mais foi-o também para o país, por ter sido o primeiro Nobel da Literatura português e porque as probabilidades de que venhamos a ter outro não são muitas”. No futuro, prevê, “a geração dele, que é também a minha, será a geração do Nobel”.
Recordando que o escritor não tinha muito apreço “pelo patético” e que “não gostaria de grandes efusões a título póstumo”, Lourenço considera que o que o romancista trouxe para a literatura foi uma “visão do mundo segundo José Saramago, uma espécie de evangelho segundo Saramago”.
Algo que o ensaísta define como “um diálogo profundo, ambíguo, extraordinário, entre a visão evangélica propriamente dita, na qual foi criado, e uma transformação dessa mensagem, da qual Saramago acreditava ter conservado a essência”. Embora a sua obra “parecesse uma coisa blasfema, ele foi de certo modo o último crente numa civilização que já não crê em nada”. É esse, diz, “o paradoxo da sua vida”.
Saramago, afirma, “imaginou uma arquitectura romanesca que é uma espécie de inversão de signo da tradição mais canónica das nossas letras, construiu um mundo ao revés, que era, para ele, o mundo às direitas, reviu a história de Portugal e da Península – a história dos árabes que poderíamos ter sido –, e reviu a história da modernidade numa espécie de apocalipse”.
Para Lourenço, a obra de Saramago “é incompreensível” se não se tiver em conta “a exposição” do autor”, enquanto “jovem autodidacta”, à Bíblia, que o escritor depois “transformou numa epopeia fantástica”.
Sublinhando que Saramago “não foi um neo-realista canónico”, Lourenço nota que a sua obra “acabou por dar ao neo-realismo uma espécie de glória fantástica”. O ensaísta lembra ainda que o escritor “partilhou a utopia” dos neo-realistas e que viveu o suficiente para “ver o seu fim, em termos históricos”. Mas assinala que este “não se resignou” e que o novo mundo, “embora triunfante, não o convenceu”. Daí que, argumenta, “lhe tenha oposto, numa espécie de vingança, um mundo às avessas”.A título pessoal, Lourenço diz que, “um pouco paradoxalmente”, gosta em particular de “Todos os Nomes”, um “livro triste”, que considera “um dos grandes romances de amor da literatura portuguesa”.
Uma vida literária
Saramago nasceu na aldeia de Azinhaga, na Golegã, a 16 de Novembro de 1922, e apesar da mudança com a família para Lisboa, com apenas dois anos, o local de nascimento seria uma marca constante ao longo da sua vida, como referiria na Academia Sueca em 1998, aos 76 anos, quando da sua distinção com o Nobel da Literatura. A austeridade material da sua infância, contraposta a uma riqueza humana que o marcaria indelevelmente, seria um dos pontos fulcrais do discurso, onde destacou longamente a avó Josefa e o avô Jerónimo, "capaz de pôr o universo em movimento com apenas duas palavras." Na biografia "José Saramago", editada em Janeiro deste ano, o autor João Marques Lopes escreve que "sobre todos [os familiares mais próximos], Saramago deixaria algo escrito.
"Estudante no Liceu Gil Vicente, que é obrigado a abandonar por dificuldades económicas, matriculando-se na Escola Industrial Afonso Domingues, termina em 1939 os estudos de Serralharia Mecânica. Como primeiro emprego, trabalha nas oficinas do Hospital Civil de Lisboa. A paixão pela literatura é alimentada de forma autodidacta, nas noites passadas na Biblioteca do Palácio das Galveias. Nos anos seguintes, transitará para os serviços administrativos do Hospital Civil, antes de se ligar profissionalmente à Caixa de Abono de Família do Pessoal da Indústria da Cerâmica.
Em 1944, casa com a gravadora e pintora Ilda Reis. A filha única do casal, Violante Saramago Matos, nasceria em 1947, o mesmo em que publica a sua primeira obra, “Terras do Pecado”. O título original, “Viúva”, foi alterado por imposição do editor da Minerva. Saramago desvaloriza o livro, que nunca incluiu na sua bibliografia. Uma das razões apontadas pelo seu autor para a exclusão foi, precisamente, a alteração forçada do título. “Clarabóia”, que seria o sucessor de “Terras do Pecado”, foi recusado pelo seu editor e permanece inédito até hoje.
A partir de 1955, Saramago começa a desenvolver trabalho de tradutor, dedicando-se a nomes como Hegel ou Tolstoi. O regresso à edição dar-se-ia mais de uma década depois. Em 1966, altura em que ocupava o cargo de editor literário na Editorial Estúdio Cor, lança o livro de poesia “Poemas Possíveis”. Então um autor discreto no panorama literário nacional, continuaria a exprimir-se em poema nas obras seguintes, “Provavelmente Alegria” (1970) e “O Ano de 1993” (1975).
Crítico literário na “Seara Nova” a partir de 1968, torna-se no ano seguinte membro do Partido Comunista Português, do qual será, até à morte, um dos mais distintos militantes. A partir do final de década de 1960 desenvolve trabalho intenso na imprensa, principalmente enquanto cronista, no "Diário de Notícias" ou "Diário de Lisboa", n’"A Capital", no "Jornal do Fundão" ou na revista "Arquitectura".
Em 1975, em pleno PREC, torna-se director-adjunto do "Diário de Notícias". Esta função representaria o auge do seu percurso jornalístico e, paradoxalmente, seria fundamental para o seu regresso à literatura e ao romance, o género em que se notabilizaria definitivamente. A sua direcção-adjunta seria marcada pelo polémico saneamento de jornalistas que se opunham à linha ideológica do jornal. Demitido no 25 de Novembro, acusado de aproveitar a sua posição para impor no diário os desejos políticos do PCP, toma uma decisão que transformaria a sua vida. Não mais se empregaria. A partir de então, seria um escritor a tempo inteiro.
“Manual de Pintura e Caligrafia”, três décadas depois de “Terras do Pecado”, foi a primeira obra de José Saramago após se dedicar em exclusivo à escrita. Com os livros seguintes, “Levantado do Chão” (1980), “Memorial do Convento” (1982) e "O Ano da Morte de Ricardo Reis", torna-se escritor respeitado pela crítica e conhecido pelo público. É neles que define o seu estilo enquanto romancista, marcado pelas longas frases, pela ausência de travessões indicativos de discurso e pela utilização inventiva da pontuação. Nos seus livros, personagens fictícias surgem em convívio com personalidades históricas, como no supracitado “Memorial do Convento” ou em “História do Cerco de Lisboa” (1989), e são criados cenários irreais para questionar e problematizar a actualidade, como em “A Jangada de Pedra” – em que a Península Ibérica se separa do continente europeu, errando pelo Atlântico.
Quando, em 1991, lançou para as livrarias o seu Cristo humanizado de “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago esperaria certamente a contestação dos sectores católicos da sociedade portuguesa. Não esperaria o aconteceu para além disso. O veto oficial do romance ao Prémio Literário Europeu, pela voz do então Sub-secretário de Estado da Cultura Sousa Lara, do governo liderado por Cavaco Silva, precipitou a sua saída de Portugal. Em 1993, auto-exilou-se na ilha de Lanzarote, nas Canárias, com Pilar del Rio, a jornalista espanhola com quem casara em 1988.
As primeiras obras em Lanzarote seriam “Ensaio Sobre a Cegueira” (1995), ficção apocalíptica que o realizador Fernando Meirelles adaptaria ao cinema treze anos depois, e “Todos os Nomes” (1997). Um ano depois, seria alvo da maior distinção da sua carreira. A 9 de Outubro de 1998, José Saramago foi anunciado vencedor do Prémio Nobel da Literatura, o primeiro atribuído a um escritor português. Seria o impulso decisivo para a sua ascensão a figura literária global e o premiar de uma obra que se dedicou a explorar e questionar a natureza humana de diversos ângulos e em diversos cenários. Em 2002, em entrevista ao diário britânico Guardian, confessava, "provavelmente sou um ensaísta que, como não sabe escrever ensaios, escreve romances." Não só, para além dos romances e da poesia, deixa obra enquanto dramaturgo, assinando as peças teatrais "Que Farei Com Este Livro" ou "In Nomine Dei".
Saramago, que o influente crítico literário norte-americano Harold Bloom considerava o mais talentoso romancista vivo, manteria nos anos seguintes uma cadência editorial regular. “A Caverna” (2000), “O Homem Duplicado” (2002), “As Intermitências da Morte” (2005) e “A Viagem do Elefante” (2008) foram lançados enquanto o escritor se assumia também enquanto voz interventiva, muitas vezes polémica, no espaço mediático mundial. Converteu-se inclusivamente à blogosfera em 2008, aos 86 anos (blog.josesaramago.org), de onde lançou por exemplo repetidos ataques a Silvio Berlusconi, o primeiro-ministro italiano que classificou de "vírus". Nada de novo num homem que apreciava a discussão, que erguia alto a voz na defesa das suas ideias. Anos antes do episódio Berlusconi, denunciara aquela que considerava ser a política criminosa do Estado Israelita relativamente à Palestina, acusando Israel de “não ter aprendido nada com o Holocausto”, classificara a globalização como “o novo totalitarismo” e surpreendera os camaradas de partido ao não alinhar no apoio aos dirigentes cubanos que condenaram à morte três responsáveis pelo desvio de um "ferry". Em Portugal, o iberista convicto polemizou ao declarar que Portugal e Espanha estariam destinados a fundir-se num único país.
“Caim” (2009), o seu último romance, acompanhado das declarações feitas aquando do seu lançamento, em que classificou a Bíblia como “um manual de maus costumes”, foi a derradeira polémica (e provocação) de Saramago.
In: “Público”
Bonito homenaje para un gran escritor.
ResponderEliminarDescanse en paz.
Saludos.
Que saudade de aqui chegar...
ResponderEliminarE o faço em dia de despedida de um grande homem! Merecida homenagem, muito bem elaborada, como sempre são as postagens dos queridos amigos do Farol!
Meus cumprimentos aos três!
Também fiz singelas postagens em meus blogs, marcando a passagem de Saramago para nova estrela...
Deixo um grande abraço e beijos, desejando um feliz fim de semana!
Helô Spitali
Saramago é grande demais. Ele não morrerá.
ResponderEliminarTambém faço coro nos lamentos pela morte de Saramago. Prestei também em meu blog uma homenagem, modestíssima. Eu gostava muito dele.
ResponderEliminarAdorei esse post, muito elucidativo.
Bjssssss
Hola cielo hiciste un bello homenaje a este escritor
ResponderEliminarmuchisimas gracias por tus hermosos comentarios en mi blog del paraiso
un beso y feliz fin de semana
A literatura mundial está mais pobre.
ResponderEliminarbjs
Hoje a Literatura mundial ficou mais pobre e nós mais tristes.
ResponderEliminarUm grande abraço a Portugal.
Domenico Condito
Estupendo esto que habéis hecho como homenaje a Saramago.
ResponderEliminarUna de las mejores plumas de nuestro siglo.
He visto varios homenajes a Saramago en diversos blogs pero, como éste, tan completo, ninguno.
ResponderEliminarMe ha encantado y me uno al mismo.
Un fuerte abrazo.
Como sempre, um trabalho levado
ResponderEliminarà exaustão..Parabéns e obrigado...
Beijo
Era, es y los será siempre de mis escritores favoritos. No sólo por su bella, profunda, original y acertada prosa, si no porque en el fondo era un gran maestro de nuestro tiempo.
ResponderEliminarNos ha dejado su sabiduría destilada en las preciosas perlas que son todos sus ensayos y novelas.
Gracias por el homenaje a este portugués de gran talla, que dio un trocito de su alma a España.
Muchos besos, Argos, Tètis, Poseidón.
Tétis,
ResponderEliminarLinda homenagem, a mais completa que tive a oportunidade de ler...
Parabéns!!!
Um grande beijo e tenham todos uma ótima semana!!!
Reggina Moon
"Que minha solidão me sirva de companhia,que eu tenha a coragem de me enfrentar,que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo."
(Clarice Lispector)
Sin duda, la obra de tan gran escritor pèrdurará siempre en el recuerdo y en nuestros corazones. Es la primera vez que visito este blog y me agradó descubrirlo. Saludos
ResponderEliminarQuerida amiga Tétis,
ResponderEliminarUn homenaje para Saramago bien merecido.
Ame tu post y tb me uno a todos los que sienten esta grande perdida.
Abraços a Portugal.
Beijos amiga
Tétis
ResponderEliminarNão considero isto um post, mas sim, uma reportagem que faria inveja a muitos jornalistas pouco habituados a inteirarem-se de grandes obras e dos vultos que as caracterizaram.
Esqueceste-te quanto a mim, de uma frase que, caso ele fosse um escritor desconhecido o faria sobressair no mundo dos "mais literados ou grandes pensadores" e foi tão sómente esta:
"A glória do ser humano mede-se pelo que ele for capaz de fazer pelo seu próximo"
A este propósito e não menos importante foi o facto de seres, logo tu, a escrever isto, e em nome de mais 2 pessoas:
"Os amigos do Farol agradecem reconhecidos o teu gesto "grande" ao teres aceite e aqui colocado este selo que, como prova da nossa "pequenez", criámos com muito carinho para oferecer aos nossos seguidores e amigos.
O que seria do mundo se todos fossemos iguais e pensassemos da mesma forma!...
Beijinhos dos amigos
Poseidón, Tétis e Argos"
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Este foi um comentário que á guisa de gratidão, deixaste a 1 amiga comum, mas como resposta também, ao comentário que te antecedeu, e por acaso meu!
Vindo de uma "amiga" mesmo que da net seja, venho AQUI DIRIGIR-ME A TI, porque o interpretaste mal.
Se me escrevesses antes ao invés de, publicamente, distorceres as minhas intenções, isso sim seria uma "glória para ti!"- parafraseando o próprio Saramago.
Assim, e porque o teu comentário foi público, respondo-te neste espaço onde assinaste por mais 2 pessoas! APENAS, para que não fique sombra de dúvida quanto á intenção que tentei passar - pelos vistos, mal.
O facto de ter escrito que "estou noutra" e acho certas coisas "pequenas", referia-me SÓ á efémera situação dos "globos de ouro", aqui na net chamados sêlos, que, por tudo e por nada, são fabricados em série!
Ou são pelos seguidores....
Ou pelos comentadores....
Ou pelas visitas que registam os contadores....
Ou por algo que alguém ainda não descobriu, mas de certo, qualquer coisa servirá para fazer furor neste ilusório universo bloguista - já que a originalidade de uns passa a ser a cópia doutros - também falo por mim - mas não pela cegueira - que não "O Ensaio" do Saramago, mas porque realmente NÃO É para mim, uma dispersão a fim de colmatar algo que me falte na vida real e necessite de refúgios doutro tipo. Actividade devemos dar sim, mas ao que se passa DENTRO de nós ou algo que devamos aprender sobre nós. Fazer alusão ao que REALMENTE INTERESSA e não, dar o tal ênfase a coisas que nada valem - se queremos homenagear ou ajudar amigos/as temos inúmeras formas para o fazer.
Não coloquei "alcunhas" a quem quer que fosse, senão seria eu, muito "mais pequena!" Resumindo e concluindo:
Eu faço 1 selo 1 vez por ano com a particularidade - e passo a imodéstia - com o intuito de homenagear os amigos/as que vêm comentando o meu blog; daí as festas, as surpresas, etc. mas sempre com a vertente de dar algo SUBSTANCIAL em post - para que se revejam e se conheçam melhor! Não enalteço o meu blog pelos "tantos" comentadores, ou "tantos" seguidores ou o que for - é essa A DIFERENÇA!!!
O meu "ego" não é enaltecido aí...posso fazê-lo inconscientemente noutras situações que não nestas...nunca me retiro do meio em que todos prevaricam! Mas dar-se relevância a coisas sem RELEVO, não faço!!!!!!! - penso que tivesses "ouvido" a minha voz neste tom! - sem ofensa! Tenho-me apercebido que te vens corroendo de forma infantil, daí, irresponsável, no que respeita ao ego...e não só.
Também leste já isto "algures" antes, não?
Espero entendas agora o erro crasso que cometeste, sem que tivesses INTERIORIZADO
o que intencionalmente escrevi.
Essa acção não foi, DE TODO, uma "glória!" - parafraseando Saramago!
Sem mais, espero que outros amigos, nomeadamente o Argos, não siga a reboque das tuas palavras, ou melhor: intenções!
Sempre....
Mariz
Olá Amigos!
ResponderEliminarJuro que entendo português..., mas não entendi..., e quase podia jurar que o defeito não é meu!
Adiante...
Tenho que reconhecer que não me agrada a sua forma de escrever e que não sou capaz de ler um livro seu..., tenho o Memorial do Convento para ler..., já li um capítulo 3 vezes e... vou ter que fazê-lo de novo, porque sou obrigada!
Mas, também reconheço, que deixou uma grande obra e que levou o nome de Portugal bem longe.
Um beijo para os neus amigos Tétis, Argos e Poseidón e que tenham uma excelente semana.
Mi admirado escritor, una admiradísima persona.
ResponderEliminarDejo mi sentimiento, todo.
Bicos.
Tetis... lo siento.. mucho, un maestro para muchos...
ResponderEliminarpero siempre nos quedaran sus escritos.. y corazon, su visión de la vida para ayudarnos a entender la nuestra propia.
No sé mucho de él y de su obra, he de admitir que nunca fue uno de los que mas me gustó, pero respeto el dolor de tantos que además lo consideran uno de los grandes.
Un beso Tetis querida.
Amiga Tétis
ResponderEliminarGoste-se ou não da obra, goste-se ou não do homem, Saramago não deixa ninguém indiferente!
Abraço grande
Obrigada a todos que passaram pelo nosso Farol e connosco homenagearam o grande homem das letras que foi e É José Saramago.
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