Chove. Há Silêncio
Chove. Há silêncio, porque a mesma chuva
Não faz ruído senão com sossego.
Chove. O céu dorme. Quando a alma é viúva
Do que não sabe, o sentimento é cego.
Chove. Meu ser (quem sou) renego...
Tão calma é a chuva que se solta no ar
(Nem parece de nuvens) que parece
Que não é chuva, mas um sussurrar
Que de si mesmo, ao sussurrar, se esquece.
Chove. Nada apetece...
Não paira vento, não há céu que eu sinta.
Chove longínqua e indistintamente,
Como uma coisa certa que nos minta,
Como um grande desejo que nos mente.
Chove. Nada em mim sente...
Fernando Pessoa
NO HE PODIDO ENTENDER NADA Y NO VEO EL TRADUCTOR...ME CACHIS.
ResponderEliminarMIL BESOS.
MORGANA
preciosas palabras y preciosos sentimientos.
ResponderEliminar(yo si lo entiendo porque por aquí se habla portugués)
Besitos dulces.
Amigo Argos,
ResponderEliminarAqui en FRANCIA también llueve en estos momentos……………………………………
Fernando Pessoa es el mejor …..
Gracias amigo por compartir!
Propongo aqui la version en Español de llueve en silencio y en francés
LLUEVE EN SILENCIO
Llueve en silencio, que esta lluvia es muda
y no hace ruido sino con sosiego.
El cielo duerme. Cuando el alma es viuda
de algo que ignora, el sentimiento es ciego.
Llueve. De mí (de este que soy) reniego...
Tan dulce es esta lluvia de escuchar
(no parece de nubes) que parece
que no es lluvia, mas sólo un susurrar
que a sí mismo se olvida cuando crece.
Llueve. Nada apetece...
No pasa el viento, cielo no hay que sienta.
Llueve lejana e indistintamente,
como una cosa cierta que nos mienta,
como un deseo grande que nos miente.
Llueve. Nada en mí siente...
Fernando Pessoa
Llueve en silencio (versión de Ángel Crespo)
En français :
Il pleut en silence
Il pleut. C'est le silence, puisque cette pluie-là
Ne donne à entendre qu'une rumeur paisible.
Il pleut. Le ciel sommeille. Et lorsque l'âme est veuve
De tout ce qu'elle ignore, le sentiment s'aveugle.
Il pleut. Mon être (qui je suis) je le renie...
Si calme est la pluie qui s'échappe dans l'air
(A peine semble-t-elle venir des nuages)
Qu'elle semble ne pas être de la pluie
Mais un murmure doux qui tout en murmurant
S'oublie lui-même. Il pleut. Rien ne donne envie...
Ne plane aucun vent, je ne pressens aucun ciel.
Il pleut lointainement, imperceptiblement,
Comme une chose vraie qui peut-être nous ment,
Comme un grand désir mensonger.
Il pleut. Rien en moi ne ressent...
Um abraço amigo !
Salut mon ami !
Abrazos amigo !
Belo!! Uma boa semana a todos do Farol chamado Amizade!! ;)
ResponderEliminarFernando Pessoa dispensa comentários. Parabéns pela escolha.
ResponderEliminarUm abraço
Tá precisando chover por aqui...
ResponderEliminar=)
Muito lindo!
Olá Amigo Argos!
ResponderEliminarQue lindo poema!
Gosto imenso da poesia de Fernando Pessoa!
Só não gosto mais por uma coisa..., por causa da "Mensagem", que me fez baixar a nota a português...:=))!
Mas a culpa não é dele...:=)))!!!
Um beijo para ti, para o Poseidon e para a Tétis!
Hola cielo bello poema la lluvia que tanto me gusta
ResponderEliminarun beso corazon
Teneis un blog fantástico y la poesia esta llena de luz ,sentimientos y nostalgia.
ResponderEliminarGracias por compartirla.
Somos un grupo de amigos que hemos creado un blog sobre las curiosidades del mundo animal, porque la naturaleza y los animales estan llenos de sorprendentes y maravillosas curiosidades descubiertas y muchas todavia por descubrir.
Os invitamos a conocerlo.
http://curiosidadesmundoanimal.blogspot.com/
Un saludo cordial.
Pessoa...sempre ele.
ResponderEliminarUma Santa Páscoa para tão talentosa
equipa. Felicidades
Abraço
La lluvia limpia, sana y fertiliza, como las lágrimas.
ResponderEliminarMe encanta Pessoa y esas lluvias de su alma.
Besos:)
En España llueve ahora mismo.
ResponderEliminarTras la lluvia, todo queda mas limpio y brillante.
Preciosos versos, Árgos.
Besos para los tres.
A pesar de relacionar la lluvia con algo triste, también tenemos que tener en cuenta que puede ser un bien preciado en épocas de sequía.
ResponderEliminarLindo poema.
He perdido mi práctica en portugués, pero he podido entenderlo todo, muchas de las palabras salen solas por el contexto.
Un saludo!
Lindo poema...Fernando Pessoa, sem mais palavras.
ResponderEliminarBeijinhos
Sonhadora
A inspiração aflora
ResponderEliminarA poesia acontece
É chegada a hora...
De o amor mostrar-se em prece !
Lete Dias
Amor & Paz na sua Noite!
Enorme Pessoa.
ResponderEliminarYo también me encuentro bien ante la lluvia. Lava y limpia y seduce con su susurro silencioso.
Calma.
(Salvo este invierno que lo ha hecho por demás).
Termino con dos versos suyos:
"(Nuem parece de nuvens) que parece que nao é chuva, mas um sussurrar".
Y ahora el susurro me dice que llueve de nuevo.
Bicos.
Olá Argos,
ResponderEliminarConheço bem Pessoa mas não conhecia este Poema dele. Haverá alguém que tenha a veleidade de pensar que conhece a sua obra, na integra? Eu não tenho.
Um abraço especial para ti (pelo Post) e um abraço comum, ou seja, para os três meninos do Farol.
Santa Páscoa para os três.
Ah, e cuidado com as amêndoas!...
Nobre colega Argos,
ResponderEliminarMas um banho de Fernando Pessoa. É sempre bom bebermos dessa fonte.
Um grande abraço
Hola Morgana
ResponderEliminarLástima que não tenhas entendido nada!
Vamos ver o que se passa com o tradutor.
Entretanto, aqui fica a tradução, que o meu amigo Poseidón, gentilmente deixou no seu comentário:
LLUEVE EN SILENCIO
Llueve en silencio, que esta lluvia es muda
y no hace ruido sino con sosiego.
El cielo duerme. Cuando el alma es viuda
de algo que ignora, el sentimiento es ciego.
Llueve. De mí (de este que soy) reniego...
Tan dulce es esta lluvia de escuchar
(no parece de nubes) que parece
que no es lluvia, mas sólo un susurrar
que a sí mismo se olvida cuando crece.
Llueve. Nada apetece...
No pasa el viento, cielo no hay que sienta.
Llueve lejana e indistintamente,
como una cosa cierta que nos mienta,
como un deseo grande que nos miente.
Llueve. Nada en mí siente...
Fernando Pessoa
Llueve en silencio (versión de Ángel Crespo)
Abraços
Hola Hadaluna
ResponderEliminarAinda bem que sentiste o poema…em português!
Abraço grande
Amigo Poseidón
ResponderEliminarObrigado pelas traduções que aqui deixaste, já foram muito úteis!
Um grande abraço deste teu amigo do Farol
Olá Suziley
ResponderEliminarFicamos felizes por teres gostado deste poema!
Abraços e que sejas muito feliz!
A equipa do Farol
Olá Wanderley
ResponderEliminarConcordo contigo, Fernando Pessoa dispensa comentários!
Já reparaste que para qualquer situação, para qualquer momento da nossa vida existe um poema dele que se enquadra na perfeição?
Abraço
Olá Vórtice
ResponderEliminarPor aqui já choveu demasiado…bem-vinda seja esta Primavera tardia e tão desejada!
Abraço e obrigado pela simpatia
Olá Alma Inquieta
ResponderEliminarFico muito feliz por ter “acertado” com este post!
Eu também gosto muito da poesia de Pessoa…mesmo a “Mensagem”… ; ) !
Abraços e beijos de todos nós
Hola Luna
ResponderEliminarObrigado pelas palavras simpáticas!
Gostas da chuva? Eu gosto mais do sol!
Abraço
Curiosidades Mundo Animal
ResponderEliminarParabéns pelo vosso blog, recomendo a todos!
No vosso “cantinho” aprende-se imenso.
Um abraço da equipa do Farol e obrigado por partilharem o vosso espaço connosco, continuem!
Tétis, Poseidón e Argos
Olá Andrade
ResponderEliminarSabe? Pessoa enfeitiça!
Uma boa semana e um abraço
Hola Angeles
ResponderEliminarA Chuva sana e limpa, mas ás vezes…cria caudais na nossa alma que devastam até o que nos é mais querido…
Abraço
Hola Duna
ResponderEliminarEspero que depois da chuva tenha chegado o sol para que o brilho continue a inundar a nossa alma.
Abraço
Hola Adara
ResponderEliminarAinda bem que gostaste do poema!
Fico feliz que o tenhas entendido em português. Muitas das palavras saíram como espontâneas gotinhas de chuva?
Abraço
Olá Sonhadora
ResponderEliminarGostaste do poema e eu fico feliz por isso!
Abraço grande
Do "Cantinho Poético”,
ResponderEliminarChegam sempre ao Farol palavras belas que nos incitam a seguir em frente e nos fazem sorrir de felicidade!
Abraço de toda a equipa
Tétis, Poseidón e Argos
Hola Fonsilleda
ResponderEliminarConcordo contigo, este Inverno choveu demasiado.
Quero sentir agora uma Primavera cálida e ensolarada!
Abraços
Olá amiga Teresa
ResponderEliminarFico feliz por partilhar contigo um poema de Fernando Pessoa que não conhecias!
Um abraço de toda a equipa do Farol e um meu muito especial!
(sabes? Não gosto de amêndoas;) )
Amigo Mar
ResponderEliminarÉ sempre um prazer beber da fonte da poesia e se for Pessoa…
Abraço
Olá amigo Argos
ResponderEliminarPois é, vale mais tarde do que nunca, não é verdade?
Sabes que tenho andado com problemas de acesso à Net e, a juntar-se a isto, mil e uma coisas a fazer ao mesmo tempo, o que faz com que, por vezes, algo nos escape!...
Mas, porque na realidade Pessoa nunca cansa e por mais que "vasculhemos" na sua obra, descobrimos sempre algo de novo e surpreendente, aqui te deixo, e porque este poema que escolheste trata de "chuva", um excerto do "Chuva oblíqua". Espero que gostes.
Ilumina-se a igreja por dentro da chuva deste dia,
E cada vela que se acende é mais chuva a bater na vidraça…
Alegra-me ouvir a chuva porque ela é o templo estar aceso,
E as vidraças da igreja vistas de fora são o som da chuva ouvido por dentro…
O esplendor do altar-mor é o eu não poder quase ver os montes
Através da chuva que é ouro tão solene na toalha do altar…
Soa o canto do coro, latino e vento a sacudir-me a vidraça
E sente-se chiar a água no facto de haver coro…
A missa é um automóvel que passa
Através dos fiéis que se ajoelham em hoje ser um dia triste…
Súbito vento sacode em esplendor maior
A festa da catedral e o ruído da chuva absorve tudo
Até só se ouvir a voz do padre água perder-se ao longe
Com o som de rodas de automóvel…
E apagam-se as luzes da igreja
Na chuva que cessa…
Um grande abraço muito amigo