A Prisão do Orgulho
Choro, metido na masmorra
do meu nome.
Dia após dia, levanto, sem descanso,
este muro à minha volta;
e à medida que se ergue no céu,
esconde-se em negra sombra
o meu ser verdadeiro.
Este belo muro
é o meu orgulho,
que eu retoco com cal e areia
para evitar a mais leve fenda.
E com este cuidado todo,
perco de vista
o meu ser verdadeiro.
Rabindranath Tagore, in "O Coração da Primavera"
Choro, metido na masmorra
do meu nome.
Dia após dia, levanto, sem descanso,
este muro à minha volta;
e à medida que se ergue no céu,
esconde-se em negra sombra
o meu ser verdadeiro.
Este belo muro
é o meu orgulho,
que eu retoco com cal e areia
para evitar a mais leve fenda.
E com este cuidado todo,
perco de vista
o meu ser verdadeiro.
Rabindranath Tagore, in "O Coração da Primavera"
Ojalá nunca tengas que llorar y siempre sonrías.
ResponderEliminarBesitos de buenas noches.
Bello de toda belleza...
ResponderEliminarBesos.
Gracias por tus palabras y tu paso por mi blog , que me a permetido conocer el tuyo y me a encantado y con tu permiso me quedo en él.
ResponderEliminarMucho sentimiento y belleza en tus versos...
Te deseo un feliz dia.
Un saludo cordial y un beso.
Que belo poema!
ResponderEliminarO orgulho é realmente uma masmorra.
Bjo na alma!
MON AMI :
ResponderEliminarIl y a deux degrés d'orgueil :
l'un où l'on s'approuve soi-même ; l'autre où l'on ne peut s'accepter. Celui-ci est probablement le plus raffiné.
"También sufro de orgullo tonto"
Abraços meu amigo
Me acabo de dar cuenta de que, aunque sea con el esfuerzo de leer en portugués (que tampoco es tanto, no suelo tener problemas), me sigue gustando Tagore.
ResponderEliminarBicos.
Será, a Prisão do Orgulho, ou será a prisão de nós (dele, Rabindranath Tagore)? Se é a Prisão do Orgulho porque choramos enquanto a construimos? Porque não ficamos felizes?
ResponderEliminarE, porque não, seguir o belo:
"Cântico da Esperança"
"Não peça eu nunca
para me ver livre de perigos,
mas coragem para afrontá-los.
Não queira eu
que se apaguem as minhas dores,
mas que saiba dominá-las
no meu coração.
Não procure eu amigos
no campo da batalha da vida,
mas ter forças dentro de mim.
Não deseje eu ansiosamente
ser salvo,
mas ter esperança
para conquistar pacientemente
a minha liberdade.
Não seja eu tão cobarde, Senhor,
que deseje a tua misericórdia
no meu triunfo,
mas apertar a tua mão
no meu fracasso!"
A vida não deve ter muros! Muros que escondam a nossa Alma, muros que escondam a nssa esperança, muros que não nos deixem ver a luz, muros que nos entaipam, destroem.
Não, querido Argos, decididamente não gosto de muros!
Um grande abraço, Amigo e obrigada pelo Rabindranath Tagore.
En mi blog hay un lazo de amistad para que lleven para su blog.... un saludo... daniel
ResponderEliminarOlá,
ResponderEliminarlindo blog e intenso.
Vim até cá pelo comentario que deixou na minha amiga Isa Sexto Sentido.
Voltarei quando estiver melhor.(gripe mas não é A )
Obrigada!
Ola Amigo Argos como vai?
ResponderEliminarAcho este poema belo, mas tão triste!
Decididamente não gosto, peço desculpa Argos, não gosto de muros , de nada que me prenda, amo a liberdade, espaços abertos, luz, sol. E o orgulho é quanto a mim uma das piores prisões.
Mas não retiro a beleza que as palavras encerram, a beleza da poesia.
Desejo um belo fim de semana, e deixo um beijo de luz, com amizade
Olá amigo Argos
ResponderEliminarMais um belo poema de Tagore. Um poema profundo, “pesado” e carregado de simbologia.
Este “muro” levantado “dia após dia” fez-me de imediato recordar Fernando Pessoa e o seu poema “O Andaime”.
"O tempo que eu hei sonhado
Quantos anos foi de vida!
Ah, quanto do meu passado
Foi só a vida mentida
De um futuro imaginado!
(…)
Sou já o morto futuro.
Só um sonho me liga a mim —
O sonho atrasado e obscuro
Do que eu devera ser — muro
Do meu deserto jardim.
Ondas passadas, levai-me
Para o alvido do mar!
Ao que não serei legai-me,
Que cerquei com um andaime
A casa por fabricar."
Um muro, o seu levantar dia após dia, conduz a um corte com o mundo, corte este que é a defesa, a protecção de quem o constrói, mas não deixa de ser o seu cárcere, a sua “masmorra”. O muro impede a realização do “sonho” e sonhos, quer queiramos quer não, todos nós os temos!...
Argos, lembras-te de uma conversa que já há algum tempo tivemos sobre muros, barreiras? Lembras-te que chegámos à conclusão que em vez de muros deveríamos construirmos “pontes”?
Um grande abraço muito amigo
Oiiiii amigosss...
ResponderEliminarUm belo fds pra vcs...
Que seja cheio de mta luz...
Bjoooo...
=)
Querido Argos,
ResponderEliminarVoltei, de novo.
É que faço minhas as palavras sábias da nossa Amiga Tétis: não muros, mas sim, pontes. Pontes que nos permitam ir mais além, pontes que nos permitam alcançar a outra margem seja ela qual for. Pontes, Amigo, pontes...
Abraço e bom fim-de-semana.
Belo e inteligente poema!Parabéns!
ResponderEliminarBOM FDS....Beijos na alma!
Olá Hadaluna
ResponderEliminarTodos desejamos não ter nunca de chorar. Mas se isso fosse possível, como dar valor ao sorriso?
Beijo para ti e a continuação de um bom fim-de-semana
Meret
ResponderEliminarTambém gosto muito deste poema.
Todos nós construímos muros, se é com orgulho ou não…
Beijos de todos nós
Vicky
ResponderEliminarAinda bem que gostaste do poema de Rabindranath Tagore, um homem com preocupações humanistas bem patentes nos seus textos.
Obrigado pelas tuas palavras e pela visita. Todos nós, os três amigos do Farol, ficamos felizes por teres gostado do nosso cantinho. Tentamos passar por todos os blogs amigos, nem sempre o conseguimos no tempo devido!
Um beijo de nós todos
Tetis, Poseidón e Argos
Reyel
ResponderEliminarUm poema de Rabindranath Tagore para nos fazer reflectir!
Concordo consigo, “ O orgulho é realmente uma masmorra.”
Mas às vezes é necessária…
Um beijo de amizade
Poseidón
ResponderEliminarPermite-me a tradução da frase de Henri Amiel que colocaste no meu post:
Há dois graus no orgulho: um, em que nos aprovamos a nós próprios, o outro, em que não podemos aceitar-nos. Este provavelmente o mais requintado.
Meu amigo, concordo totalmente com esta frase!
No primeiro grau de orgulho, temos um tal apreço por nós que tendemos a desvalorizar todos os que nos rodeiam – um orgulho (como tu disseste) tonto. No segundo grau…o segundo grau é demasiado perigoso – orgulho tonto também.
Há orgulho bom Poseidón?
Um grande abraço
Fonsilleda
ResponderEliminarQuando se gosta de Tagore, gosta-se dele em qualquer língua!
E já percebi que a amiga não tem qualquer dificuldade em entender o português, talvez porque o galego e português sejam línguas irmãs?
Beijos de todos nós
Teresa
ResponderEliminarOs seus comentários fizeram-me reflectir bastante.
Não sei se o orgulho é sempre prejudicial, por vezes pode ajudar…ou somente evitar “acidentes”.
Talvez por isso choramos enquanto construímos a prisão/ muro. Porque prisões, muros, são antinaturais, mas todos os possuímos. Uns da nossa autoria, outros começados pelos nossos “semelhantes” (?) e acabados por nós…por orgulho?
Mas eu também tenho um sonho: pegar nas pedras dos muros e fazer pontes, porque tal como a Teresa, não gosto de muros…embora alguns deles deixem ver a luz!
Muito obrigado pelo Cântico da Esperança e um grande abraço
Não deseje eu ansiosamente
ser salvo,
mas ter esperança
para conquistar pacientemente
a minha liberdade.
Olá Daniel
ResponderEliminarOs amigos do Farol agradecem de coração o “laço da Amizade”!
Um grande abraço da Tétis, Poseidón e Argos
Olá Lisa
ResponderEliminarObrigado pela visita, quero que saiba que é sempre bem-vinda e compreendida neste blog.
As melhoras e um grande abraço dos três amigos do Farol
Tétis, Poseidón e Argos
Maysha
ResponderEliminarConcordo consigo. Também acho este poema belo e triste, também não gosto de muros.
Mas…construo muros e ás vezes utilizo o orgulho. Não será assim com toda a gente?
O importante é lutar e não desistir!
Um grande abraço e continuação de bom fim-de-semana.
Tétis, minha grande amiga
ResponderEliminarPorque será este poema tão “pesado”?
Talvez carregue o peso das pedras de todos nós….
Quanto ao Andaime de Fernando Pessoa, lembro-me bem da nossa “conversinha”!
Lembro-me bem de chegarmos à conclusão de que as pontes eram melhores que os muros, mas também me recordo que concordamos que os muros podiam ter “janelas”e podiam ser “o mal menor”!
E que tal pegar nestes versos:
“Que cerquei com um andaime
A casa por fabricar.”
E utilizar o andaime para consolidar os sonhos da casa por fabricar? Mesmo que esta nunca seja construída!
Um grande, grande abraço
Olá Bia
ResponderEliminarObrigado pela tua visita tão cheia de alegria!
Um grande abraço de todos nós e um óptimo Domingo.
Poesia
ResponderEliminarSe este poema de Tagore inegavelmente inteligente, fizer os nossos amigos pensar, eu fico muito feliz.
Obrigado por teres gostado e um grande abraço
Argos
ResponderEliminarVou transcrever ipsis verbis que me deixou:
"Mariz
Sinto-me sempre sozinho no meio dos outros, nunca percebi se isso é bom ou mal, mas dói.
Será que só vou deixar de me sentir sozinho quando encontrar a liberdade e a verdade dentro de mim?"
Resposta: SIM!
"E só vou conquistar essa liberdade e verdade interior quando fortalecer a fé é o amor?"
Resposta: SIM! quando fortalecer a sua fé e confiar no AMOR que vive dentro de si!
"Quando me descobrir a mim mesmo?"
Resposta: SIM! QUANDO DESCOBRIR QUE O SEU FÍSICO É APENAS UM INVÓLUCRO E QUE SÓ ELE LHE DÁ "DORES DE CABEÇA" CASO SE AFASTE DAQUILO QUE "É"....REALMENTE! - E ainda do que ficou para trás!
"Na minha profundidade descubro que não estou só?"
Resposta: SIM! QUANDO SENTIR O AMOR QUE A SUA PARTE DIVINA (PROFUNDIDADE) LHE DÁ GRATUITAMENTE SEMPRE! E NÃO MAIS NECESSITAR OU SEQUER QUEIXAR - DO QUE LHE CHEGA OU NÃO DO EXTERIOR.
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Boa viagem através do coração.
A confiança em SI é primordial.
Bom trajecto na VIA!
Estamos aí!
Com amor...
Mariz
Argos:
ResponderEliminarEsqueci-me de referir que respondi também lá.
E....
..."E com este cuidado todo,
perco de vista
o meu ser verdadeiro"
É aqui que reside a solidão...e essa sim, "dói!" - como diz.
Abraço meu
Mariz
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Vou aproveitar o facto de estar aqui e pedir-lhe que diga á minha querida Tétis, que amanhã virei ter com ela...imperdível deixar de comentar Béjart - para uma bailarina, retirada já.
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