sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Quando


QUANDO

Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta
Continuará o jardim, o céu e o mar,
E como hoje igualmente hão-de bailar
As quatro estações à minha porta.

Outros em Abril passarão no pomar
Em que eu tantas vezes passei,
Haverá longos poentes sobre o mar,
Outros amarão as coisas que eu amei.

Será o mesmo brilho, a mesma festa,
Será o mesmo jardim à minha porta,
E os cabelos doirados da floresta,
Como se eu não estivesse morta. 

(Sophia de Mello Breyner Andresen)

 

6 comentários:

  1. Apesar de ter achado soturno e um tanto quanto lúgubre, o poema retrata o sentimento realístico da autora e, bem por isso, é profundo e belo...
    Beijos e até mais!

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  2. O profundo é um tanto quanto lúgubre mas nem por isso deixa de ser bonito. Um sentimento e bastante real
    Beijos

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  3. Hola! Hace mucho tiempo que no pasábamos por aquí, intentaremos pasar más a menudo.

    Un abrazo!

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  4. Hola amiga Tétis,
    Es un poema muy triste.

    Besos con alegría para ti.

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  5. Tetis, não gostei do poema e tu sabes porquê! :(

    Abraço grande, apertado

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    Respostas
    1. Olá Argos,

      É claro que sei porquê!... Mas... temos dias, ou melhor, fases menos boas em que o arco-íris parece reduzido a uma só côr, o tal cinzento que tão bem conheces...

      Obrigada.

      Grande abraço

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