QUANDO
Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta
Continuará o jardim, o céu e o mar,
E como hoje igualmente hão-de bailar
As quatro estações à minha porta.
Outros em Abril passarão no pomar
Em que eu tantas vezes passei,
Haverá longos poentes sobre o mar,
Outros amarão as coisas que eu amei.
Será o mesmo brilho, a mesma festa,
Será o mesmo jardim à minha porta,
E os cabelos doirados da floresta,
Como se eu não estivesse morta.
Continuará o jardim, o céu e o mar,
E como hoje igualmente hão-de bailar
As quatro estações à minha porta.
Outros em Abril passarão no pomar
Em que eu tantas vezes passei,
Haverá longos poentes sobre o mar,
Outros amarão as coisas que eu amei.
Será o mesmo brilho, a mesma festa,
Será o mesmo jardim à minha porta,
E os cabelos doirados da floresta,
Como se eu não estivesse morta.
(Sophia de Mello Breyner Andresen)
Apesar de ter achado soturno e um tanto quanto lúgubre, o poema retrata o sentimento realístico da autora e, bem por isso, é profundo e belo...
ResponderEliminarBeijos e até mais!
O profundo é um tanto quanto lúgubre mas nem por isso deixa de ser bonito. Um sentimento e bastante real
ResponderEliminarBeijos
Hola! Hace mucho tiempo que no pasábamos por aquí, intentaremos pasar más a menudo.
ResponderEliminarUn abrazo!
ResponderEliminarHola amiga Tétis,
Es un poema muy triste.
Besos con alegría para ti.
Tetis, não gostei do poema e tu sabes porquê! :(
ResponderEliminarAbraço grande, apertado
Olá Argos,
EliminarÉ claro que sei porquê!... Mas... temos dias, ou melhor, fases menos boas em que o arco-íris parece reduzido a uma só côr, o tal cinzento que tão bem conheces...
Obrigada.
Grande abraço