Argos…
A primeira vez que ouvi este nome estava deitado com o meu pai, sob um céu escuro pontilhado de luzinhas, numa aldeia alentejana.
Aquelas estrelas não se assemelhavam ás que se viam da minha casa: eram maiores e muito brilhantes.
Sem o "ruído" das luzes artificiais da grande cidade, parecia que se eu erguesse as mãos lhes conseguiria tocar.
O meu pai falava-me das constelações (de ambos os hemisférios) e pedia que eu as imaginasse, depois, chegando a casa, iríamos comparar os desenhos do livro de astronomia com os da minha imaginação.
Argos…Argus...Argo…o navio dos argonautas e a maior constelação do firmamento até o abade francês Nicolas-Louis Lacaille a ter dividido em quatro constelações menores.
Não me importei com o facto e tentei unir os traços entre as estrelas para voltar a formar o navio!
O meu navio, naquela altura já sabia que era meu…
Daí até ao Argos "o construtor", foi um "saltinho"!
De todos os Argos da mitologia grega prefiro este.
Não tinha os poderes dos Deuses para decidir quem vivia ou morria, quem era feliz ou não, mas tinha um talento que lhe permitiu construir o barco que partiu em busca do Velo de Ouro, um talismã, que segundo a lenda, trazia prosperidade a quem o possuísse.
Sozinho não era dado a feitos grandiosos (como algumas figuras mitológicas), mas junto com a tripulação do barco, os argonautas, conseguiu alcançar o objectivo final.
Ora quando este blog foi criado, e o seu nome, assim como o dos outros colaboradores foram escolhidos, pensei que só poderia adoptar o "cognome" de Argos. Porquê?
Três "utopistas" em busca duma quimera guiados por um farol chamado amizade!
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ResponderEliminarAmigo ARGOS,
ResponderEliminarVamos a pensar, imaginar que todo se puede alcanzar y ser real, porque imaginar y soñar son una necesidad para mejor navegar en esta vida......
Soñar no cuesta nada y puede ayudar a la vida real!
Gracias tambien por ese cuento bonito con tu padre, ahi bajo el cielo de esa aldea ALENTEJANA.
Merci mon ami,
pour tout ce que tu dis,
c'est si joli!
Olá Argos,
ResponderEliminarQue bela vivência/recordação nos trazes aqui. Como é bom recordarmos a nossa infância e todos aqueles sonhos que povoaram o nosso imaginário.
Adorei esta tua descrição sobre como e quando ouviste pela primeira vez o nome Argos e como te "apropriaste" desse navio onírico.
E, para que a tua história fique completa, ou melhor, perceptível para todos os que não são de Portugal, poderás explicar-nos o que entendes por "uma aldeia alentejana" ?
Obrigada amigo Argos, continua a sonhar, como sugeriu o nosso amigo Poseidón mas, uma vez por outra, não esqueças de descer à terra e à realidade!...
Um grande abraço
Adorei a idéia deste blog, afinal, interação é o que conta na blogsfera.
ResponderEliminarObrigado pela visita.
Vou linkar no cadernos o seu blog.
JU
Poseidón,
ResponderEliminar“imaginar y soñar son una necesidad para mejor navegar en esta vida......”
Inteiramente de acordo!
Infelizmente ainda há muitas pessoas que não descobriram que “o sonho comanda a vida”!
Por essas pessoas (e por nós), não devemos deixar que o farol se “apague”.
Nunca…
O meu obrigado e um abraço
Olá Tétis,
ResponderEliminarPrometo que qualquer dia falo aqui, não só da aldeia alentejana, como de outras aldeias do meu país.
Quanto ao continuar a sonhar…prometo também continuar a fazê-lo e não te inquietes que eu não me esqueço de “voltar” à terra uma vez por outra!
Sabes porquê?
Porque quando pedi emprestado o “Argos” ás divindades gregas, pedi também o “fio de Ariana”!
Abraços
Jugioli,
ResponderEliminarObrigado pelas suas palavras.
A sua visita fez-me descobrir uns “cantinhos” muito agradáveis para passear e também para sonhar.
Volte sempre
Es bonito que los sueños de nuestra niñez vuelvan a nuestra mente en la medurez....debemos conseguir que ese faro iluminado por la amistad no se apague nunca.
ResponderEliminarGracias por esta historia tan bonita.
Yolis,
ResponderEliminarObrigado pelas suas palavras simpáticas!
“Es bonito que los sueños de nuestra niñez vuelvan a nuestra mente en la medurez....”
Inteiramente de acordo, mas o melhor é que eles (os sonhos) nunca se afastem de nós…e que o farol nunca se apague!
Abraço
Salvé caro amigo
ResponderEliminarDevo-lhe um comentário de retorno.
Jamais me passou ou passaria alguma vez pela mente, barrar-lo/vos a entrada no meu blog.
Gosto demais de o/vos ver por lá, creia.
É uma prenda que recebo pela sua/vossa visita.
O que me faz confusão, quando aqui venho, é por vezes não saber a quem me dirijo, só!
É-me difícil escrever para um "farol"! - por exemplo e como já referi - isto porque, como vocês com 3...
Por exemplo: no dia da água pensei que fosse vc que o tivesse "postado", quando cheguei ao fim, é que observei que fora a Tetis a escrever o artigo!
Por isso, lançava daqui uma proposta:
Embora o blog se chame Farol, que seja sempre um de vós a identificar-se quando nos dá a ler o trabalho que pretendeu apresentar.Pode ser?
Caso não...sempre que eu me deparar apenas com Farol, faço inversão de marcha.Tá bom assim?
E sempre pensei quando alvitrou que me dirigisse a este post onde davam conta de quem eram, que realmente dessem! Afinal...mais tenho eu no verso do meu blog. Assim as pessoas percebem logo de que fibra sou feita e para onde pretendo encaminhar-me!
Evitam-se assim mal entendidos e "encontros" que de todo não estariam nos meus horizontes "ver"!
Deixo o meu abraço carinhoso, aguardando o próximo "encontro!"
Sempre...
Mariz
ESPAVO!
nota: Ainda bem que pode colocar em prática um nome que de certo já vem de longe....
os sonhos sempre se confirmam quando colocamos vontade neles...como o de Argos!