sexta-feira, 5 de abril de 2013

Cinco quadras de Aleixo




Acho uma moral ruim
trazer o vulgo enganado:
mandarem fazer assim
e eles fazerem assado.

Sou um dos membros malditos
dessa falsa sociedade
que, baseada nos mitos,
pode roubar à vontade.

Esses por quem não te interessas
produzem quanto consomes:
vivem das tuas promessas
ganhando o pão que tu comes.

Não me dêem mais desgostos
porque sei raciocinar...
Só os burros estão dispostos
a sofrer sem protestar!

Esta mascarada enorme
com que o mundo nos aldraba,
dura enquanto o povo dorme,
quando ele acordar, acaba.

(António Aleixo, poeta popular português, 1899-1949)


10 comentários:

  1. Olá Tétis querida!
    Um poema muito bom, e reflexivo.

    Beijinho

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  2. Sou fã de António Aleixo....Diz as verdades de uma
    maneira tão suave....que nem se levam a mal...
    Um Bom F.S.
    Beijo

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  3. António Aleixo no seu melhor.

    Continuamos aldrabados, continuamos a dormir.

    Beijinho

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  4. Há uma tão grande sabedoria nestas quadras! Por isso se mantêm atuais.

    Beijo

    Laura

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  5. Olá Tétis
    Adorei o poema, não conhecia o autor, vou procurar ler mais coisas dele.
    Bjux

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  6. De fazer cair o queixo...
    estes versos nos deixou!
    ...Grande Aleixo,
    que nunca nos enganou!


    Aleixo no seu melhor, sempre actual!
    Bjs

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  7. Cuanta vigencia llevan al día de hoy esas letras...

    Profundo, intenso y real.

    Qué sería del mundo si se callan las voces...

    Mi abrazo y deseo de un lindo fin de semana

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  8. - Y tenemos que despertar para dejar de estar mal...

    Bisous mon amie.

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  9. Querida amiga, lindo poema. Tenha um ótimo final de semana. Beijokas

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  10. Olá Tétis,

    Embora não seja um dos meus poetas preferidos, não posso deixar de concordar com a escolha deste poema.

    Abraço grande


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