No cuentes los días,
Haz
Que los días
CUENTEN
Amanheceu triste o primeiro dia do
ano em Portugal, com a morte de Carlos do Carmo, a andorinha e a voz de Lisboa,
o fadista do charme e do Bairro da Bica que se despediu dos palcos na data
decidida, em Novembro de 2019, com três concertos, salas lotadas em Braga, no
Porto e em Lisboa, o público de pé, ovação demorada, e ele de lágrimas no rosto
antes sequer de começar a cantar o fado que renovou e espraiou pelo mundo.
"A vida correu-me bem", repetiu nas últimas entrevistas.
O filho da fadista Lucília do Carmo e do livreiro
Alfredo de Almeida foi internado, com um aneurisma na aorta, no Hospital de
Santa Maria, em Lisboa, na última noite de 2020, morrendo na primeira manhã de
2021. Tinha 81 anos, quase 60 de carreira e, entre inúmeras distinções, a única
alguma vez atribuída a alguém que não é chefe de Estado - a chave da cidade de
Lisboa. Do seu extenso legado, que inclui 300 canções por muitos de muitas
gerações sabidas de cor - "Os Putos", "Lisboa, Menina e
Moça", "Estrela da tarde", "Um homem na cidade" - ,
faz parte um álbum de estúdio que também decidiu que seria o derradeiro, mas
não póstumo como acabará por ser. "E Ainda" traz dentro poetas como
Sophia e Herberto, Pomar e Palma, e está pronto a ser editado. "Carlos do
Carmo deu vida às palavras como ninguém. Muitas vezes visionário, nunca abdicou
de levar o Fado para outras dimensões, de lhe introduzir novos instrumentos, de
evangelizar novos poetas", diz o comunicado da editora Universal.
O Governo decretou um Dia de Luto Nacional para
segunda-feira, dia em que se realizam as cerimónias fúnebres - o velório
começa às nove horas na Basílica da Estrela e a missa de corpo presente às 14h,
não sendo ainda conhecido o cemitério para onde irá - e propôs ao Presidente da
República a atribuição da Ordem da Liberdade, a título póstumo. "Por
detrás de uma grande figura da cultura estava um grande homem, com uma grande
riqueza pessoal, uma sensibilidade e uma intuição e identificação com o povo
português que o povo português não esquece", afirmou Marcelo Rebelo de
Sousa numa declaração à RTP.
Carlos do Carmo, cavalheiro e "maluco",
amante da palavra, da liberdade e de Judite, a mulher de uma vida inteira,
nasceu em Lisboa, em 21 de dezembro de 1939, iniciando a carreira aos 25 anos,
até aos 34 em censura. Ao mesmo tempo geria "O Faia", no Bairro Alto,
casa de fados da família em que a mãe era diva. O pai, que fizera questão de
que o filho estudasse na Suíça, morrera-lhe quatro anos antes. "2021
amanheceu sem charme, triste e mais pobre", lê-se na página de Facebook
d"O Faia, amostra do desalento que inesperadamente ensombrou todas as
casas idênticas da capital. "Esta era a notícia que não queríamos no
começo do novo ano."
Mas Carlos do Carmo, para quem Ary dos Santos escreveu tantos poemas, não se confinou a cantar. Foi um dos fundadores da Associação Portuguesa dos Amigos do Fado, o principal impulsionador da criação do Museu do Fado, em Lisboa, e embaixador da candidatura do Fado a Património Imaterial da Humanidade, finalmente assim classificado pela Unesco em 2011. Ele é "o representante máximo do chamado fado novo", lê-se na Enciclopédia da Música Portuguesa no Século XX, acentuando também a diferença literária. Com ele, "a tónica passa da saudade para a liberdade, e da tristeza passiva para a enérgica vontade ativa". Quando quis descer o pano, escolheu fazê-lo como andorinha. "Vivo a vida como dantes a cantar/ Não tenho menos nem mais do que já tinha".
In: jn.pt/artes/carlos-do-carmo-morreu-a-andorinha-e-a-voz-de-lisboa, 1 Jan.2021
Queridos Amigos,
Que el Nuevo Año os traiga muchos sueños y hermosas realizaciones.
Este año 2020, ha sido una prueba de
resistencia.
Para el 2021 os deseamos a todos la Salud.
Para cada día, una Ilusión.
Y siempre, siempre, Felicidad.
Estos son nuestros deseos para el 2021
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Queridos
Amigos,
Que
o Novo Ano vos traga muitos sonhos e maravilhosas realizações.
Este
ano de 2020 foi uma prova de resistência.
Para
2021 desejamos a todos Saúde.
Para
cada dia, uma Ilusão.
E
sempre, sempre, Felicidade.
São
estes os nossos votos para 2021