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Nova técnica não invasiva permite reconstruir imagem de múmias sem deteriorá-las
Uma equipa de investigadores de Barcelona (Espanha) confirmou que o retrato que cobria a Dama de Kemet, uma múmia egípcia da época romana, corresponde ao seu verdadeiro rosto – “uma adolescente esbelta de traços finos”, segundo avançou hoje o diário espanhol «El Mundo».
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A Dama de Kemet (que data entre os anos 150 a 200) sobre o seu rosto apresentava um dos chamados ‘retratos das múmias El Fayum' – pertencente à época romana entre os séculos I a.C. e I d.C. –, numa tábua de madeira, quando chegou ao Museu Egípcio de Barcelona. Os especialistas atestam agora que é uma representação fidedigna da jovem. A tábua apresentava ainda imagens divinas referentes “ao ciclo eterno da vida”.
Uma tomografia helicoidal (uma técnica de imagem usada em Medicina) permitiu desvendar a que “a imagem que aparecia era de facto o retrato quase fotográfico da múmia”, segundo Jordi Clos, presidente da Fundação do Museu Egípcio, disse ao diário espanhol. Outros estudos interdisciplinares, em parceria com hospitais, contribuíram para a constatação.
Jovem de traços finos
Jordi Clos assinalou a importância técnica por permitir ver “a estrutura interna de uma múmia sem a abrir ou invadi-la” – portanto, sem a deteriorar. Os resultados permitiram determinar a idade, o sexo, dieta e possíveis doenças e nível social, segundo a página do museu. Um exame endoscópico conseguiu ainda obter amostras de ossos, fibras de linho, restos de madeira e tecidos brancos provenientes da múmia para posterior análise.
In: CiênciaHoje^