terça-feira, 14 de julho de 2015

Nec caput nec pedes habet ( e também sem fim) II



Era uma vez um vendedor de sonhos impossíveis que de tantos vender acreditou na sua possibilidade.
Tornou-se arquitecto e construiu para si uma casa sem portas mas com muitas janelas. Para entrar só se impunha uma condição: Asas.
Com a ajuda dessas asas a casinha principiou a subir, cada vez mais alto em direcção ás estrelas.
Por baixo nuvens amenas, por cima a luz dos astros.
Num impulso começou a escrever os seus sonhos, as asas ajudariam a afastar os medos.
Mas o tempo é caprichoso e o seu sopro espalhou as letras…

    T     H
                    J
     P          L 
          M
J

                      G

    E
L

E  ele percebeu  que letras espalhadas não têm pés nem cabeça e que até o tempo vendido por um sonhador tem afinal um fim.

4 comentários:

  1. Que lindo e tão doce de ler!

    ADOREI! beijos,tudo de bom,chica

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  2. Gosto de juntar as letras espalhadas, porque gosto de desafios!

    Gosto de sonhos, mesmo que pareçam impossíveis de concretizar...

    Gosto de quem sonha e sabe saborear o tempo e os sonhos...

    Gosto dos recomeços...
    ...E gosto de coisas aparentemente, sem pés nem cabeça!

    Gosto de ti...

    Beijos e abraços sem fim!

    Janita

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  3. Olá amigo Argos,

    Volto a dizer-te que para o arquitecto/vendedor de sonhos que já concebeu e concretizou tantas coisas lindas, não será difícil fazer com que as letras espalhadas se juntem e passem a formar palavras e conceitos com pés e cabeça. É tudo uma questão de “querer” e dispor-se a isso...

    O mesmo se aplica a esse tempo vendido pelo sonhador. Basta ele querer, mas querer com o coração, para que o tempo, aproveitado ao milésimo de segundo da melhor maneira possível, se prolongue no tempo e pareça não mais ter fim.

    E, insisto: para que teimas em não deixar perderem-se no espaço as três últimas letras?

    Um grande abraço amigo

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  4. Um abraço grande, sem letras perdidas a todos os que aqui me visitaram!

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