quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Floresta


Entre o terror e a noite caminhei
Não em redor das coisas mas subindo
Através do calor das suas veias
Não em redor das coisas mas morrendo
Transfigurada em tudo quanto amei.

Entre o luar e a sombra caminhei:
Era ali a minha alma, cada flor
- cega, secreta e doce como estrelas -
Quando a tocava nela me tornei.

E as árvores abriram os seus ramos
Os seus ramos enormes e convexos
E no estranho brilhar dos seus reflexos
Oscilavam sinais, quebrando ecos
Que no silêncio fantástico beijei.

(Sophia de Mello Breyner Andresen)

4 comentários:

  1. Hola Tétis,

    "El mundo es un bosque, en el que todos pierden su forma, aunque por camino diferente cada uno. "


    Adore los versos siguientes :

    E as árvores abriram os seus ramos
    Os seus ramos enormes e convexos
    E no estranho brilhar dos seus reflexos
    Oscilavam sinais, quebrando ecos
    Que no silêncio fantástico beijei.

    Bisous mon amie

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  2. Me encanta leer cosas sobre naturaleza y simbología en el que podemos interpretarlo de diferentes formas.

    Un abrazo

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  3. Olá Tétis,

    Um belo poema, mas todo ele no passado, reparaste, não reparaste minha menina?

    Abraço grande

    ResponderEliminar

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