praia ardorosa e solitária
aberta ao grande vento e ao largo mar
tu me viste querer-lhe com a doce
piedade das sombras do luar
teus cabos se adiantam como braços
para abraçar as ninfas receosas
que fugindo oferecem sobre as vagas
suas nítidas formas amorosas
braços paralisados por desejo
que o mundo e sua lei não permitiu
ou suspendeu amor que livre jogo
maior que posse em fugaz tempo viu
e como vós me alongo e como tu
areia me ofereço a toda sorte
por sua liberdade ou por destino
que por só dela seja belo e forte.
Agostinho da Silva, in 'Poemas'
aberta ao grande vento e ao largo mar
tu me viste querer-lhe com a doce
piedade das sombras do luar
teus cabos se adiantam como braços
para abraçar as ninfas receosas
que fugindo oferecem sobre as vagas
suas nítidas formas amorosas
braços paralisados por desejo
que o mundo e sua lei não permitiu
ou suspendeu amor que livre jogo
maior que posse em fugaz tempo viu
e como vós me alongo e como tu
areia me ofereço a toda sorte
por sua liberdade ou por destino
que por só dela seja belo e forte.
Agostinho da Silva, in 'Poemas'
Olá Argos,
ResponderEliminarQue dizer, diz-me?!
A magia do mar, e a sensibilidade de Agostinho da Silva dispensam quaisquer comentários.
Sinto, mas sinto mesmo, que tudo o que pudesse dizer seria um atentado a este belíssimo poema.
Obrigada, Amigo.
Abraço grande.
Olá Teresa,
EliminarSentimentos em sintonia!
Por vezes as palavras só "atrapalham".
Abraço grande
Amigo Argos
ResponderEliminarA "praia minha" de Agostinho da Silva é semelhante à "minha praia", solitária, onde o vento e o mar dominam a paisagem agreste, que à noite é banhada pela doçura do luar.
Como recordo com alguma saudade as suas "Conversas Vadias" na RTP, aqueles momentos de encantamento em que a sua figura, a sua erudição e o seu empenho numa sociedade melhor e mais livre, a todos nos seduzia e nos prendia ao écrã.
Obrigada pela partilha de tão belo poema desta nossa grande figura do século XX.
Um abraço amigo
Tétis,
EliminarA tua praia e a minha praia são muito semelhantes, lembras-te do texto sobre a praia?
Se não o tiveres deitado fora envias, por favor?
Abraço grande
Bonito poema de um grande senhor da nossa literatura
ResponderEliminarAbraço
Andrade,
EliminarUm grande Senhor que deixa muitas saudades!
Abraço
Belo poema, eu não conhecia Agostinho da Silva, mas procurei saber um pouco dele, e descobri que ele foi um Filósofo,Poeta e Ensaísta.Quem sente desta maneira só pode ter um coraçäo muito doce.Valeu a partilha.Abraços
ResponderEliminarOlá Lidiany,
EliminarFico contente por teres "descoberto" Agostinho da Silva, se puderes lê alguns dos seus textos, vais gostar!
abraço
EXCELENTE, PRECIOSO POEMA. UN PLACER VOLVER A VISITARTE Y LEERTE, AMIGO.
ResponderEliminarBESOS. MARÍA
Olá Maria,
EliminarO prazer é nosso. Bem-vinda (de novo) ao "Farol".
Abraço de toda a equipa
Meus queridos e Tétis
ResponderEliminarUm belo poema de um grande homem, tenho uma enorme admiração por Agostinho da Silva.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Sonhadora,
EliminarQuem é que conhecendo Agostinho da Silva não tem admiração por ele?
Abraço da equipa do Farol
Morgan,
ResponderEliminarEu ou algum dos outros membros da equipa visitaremos, com gosto, o seu blog.
Obrigado e abraço
ola amigo ARGOS,
ResponderEliminarun poema muy bueno, gracias por compartir.
abraço