Canoa do Tejo
Canoa de vela
erguida
Que vens do Cais da
Ribeira,
Gaivota que anda
perdida
Sem encontrar
companheira,
O Vento sopra nas
Fragas,
O Sol parece um
morango
E o Tejo baila com
as vagas
A ensaiar um
fandango
Canoa, conheces
bem,
Quando há Norte
pela proa,
Quantas docas tem
Lisboa
E as muralhas que
ela tem!
Canoa, por onde
vais,
Se algum barco te
abalroa,
Nunca mais voltas
ao Cais!
Nunca, nunca, nunca
mais!!
Canoa de vela panda
Que vens da Boca da
Barra
E trazes na aragem
branda
Gemidos duma
guitarra,
Teu arrais prendeu
a vela;
E se adormeceu,
deixá-lo!
Agora muita cautela
Não vá o Mar
acordá-lo!
Letra e música: Frederico de Brito
Interpretação: Carlos do Carmo