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Louis Pasteur |
Queremos
antes de mais saudar e agradecer a todos os participantes que com apenas 4
pistas se atreveram a sugerir o nome do personagem escondido neste desafio.
Tinhamos
já preparadas mais algumas pistas mas, como os nossos amigos são bastante
espertos, não foi necessário apresentá-las uma vez que rapidamente surgiu a
vencedora do desafio – Teresa, de Extremadura, Espanha. Para ela vai a taça de
vencedora.
Após a
resposta acertada de Teresa surgiram mais duas amigas que também descobriram o personagem
e a quem vamos atribuir menções honrosas. São elas a Janita, do Porto, Portugal
e a Célia Lima, do Brasil.
Parabéns
a todos os participantes e em especial às vencedoras.
Voltaremos
em breve com outros desafios, contando de novo com a vossa simpática participação.
E,
atendendo à enorme dívida que toda a humanidade tem para com Louis Pasteur,
deixamos aqui um pouco do que foi a sua vida e a sua imensa obra.
***
Louis Pasteur foi um cientista francês que fez
descobertas que tiveram uma grande importância tanto na área da química como na
da medicina.
Louis
Pasteur nasceu a 27 de Dezembro de 1822, em Dole, no Leste de França. Terceiro
filho de Jean-Joseph Pasteur, industrial de peles. Frequentou a escola de
Arbois e tinha um gosto especial pela pintura chegando a fazer
diversos retratos da sua família. Aos dezenove anos abandonou a pintura
para se dedicar à carreira científica, que perdurou por toda a sua vida.
Em 1839
entrou para o Colégio Real de Besançon para estudar Letras e Ciências,
onde curiosamente não teve grande nota a Química, disciplina que o tornaria
famoso. Seguiu-se a Escola Normal Superior, em 1843, tendo-se distinguido como
bom aluno nas cadeiras de Física, Matemática e Química. Fez o doutoramento em
Ciências a 23 de Agosto de 1847.
Primeiras
descobertas
Um dos
fundadores da química orgânica foi Jean-Baptiste Dumas, que Pasteur sempre considerou
o seu pai espiritual e a cujas aulas assistiu na Sorbonne, e que foram o
incentivo para que o jovem estudante se sentisse atraído em prosseguir os
estudos da química do sangue. Depois, entre 1844 e 1847, Pasteur irá estudar os
ácidos contidos nos frutos observando-os ao microscópio e expondo-os à luz
polarizada, até chegar a conclusões inéditas. Foi o seu primeiro triunfo
científico, que apresentou publicamente na Academia das Ciências de Paris e que
com apenas 26 anos de idade lhe valeu a concessão da
"Légion d’Honneur Francesa".
Já professor
de Química em Estrasburgo, aos 27 anos, casa com Marie Laurent, filha do reitor
da universidade dessa cidade, e tiveram cinco filhos, tendo apenas dois chegado
à idade adulta. As mortes de dois filhos ainda muito pequenos com febre tifóide
afectaram vivamente o casal Pasteur e foram decisivos para o prosseguimento dos
estudos e investigações sobre as doenças causadas por micróbios.
Vacina
anti-rábica
Foi porém
com a descoberta da vacina contra a raiva que Pasteur ficou famoso. Mundialmente conhecido
é o caso do rapazinho alsaciano de nove anos, José Meister, que em Julho de
1885 foi mordido catorze vezes por um cão com raiva. A mãe suplicou a Pasteur
que lhe salvasse o filho, uma vez que até essa data ninguém sobrevivera a esse
tipo de mordeduras. O cientista esteve hesitante, porque ainda só testara a sua
vacina em animais e era um risco enorme experimentá-lo num ser humano. Pasteur
disse mesmo ao seu colega de investigação Emílio Roux que estava disposto a
servir ele próprio de cobaia para poder testar a reacção. Porém surgiu esta
emergência e Pasteur passou momentos de angústia até se decidir. Como as
hipóteses de sobrevivência sem vacina eram nulas, arriscou. Luís Pasteur era
químico e hoje diríamos biólogo, mas não era médico, por isso não podia ser ele
a ministrar a vacina sob pena de ser processado. Pediu então ao dr. Grancher,
seu assistente, que o fizesse. Sessenta horas depois de ter sido mordido, José
Meister recebeu a primeira de 12 injecções anti-raiva, que lhe foram sendo
injectadas uma após outra sob apertada vigilância. Família e cientistas
aguardaram várias semanas. Por fim o jovem sobreviveu. Este jovem ficou para
sempre agradecido a Pasteur e deu mesmo a vida por ele, quando anos mais
tarde, em 1940, na 2ª Guerra Mundial, as tropas de Hitler invadiram a França e
um grupo de militares quis forçar a entrada no Instituto Pasteur, onde repousam numa cripta os restos mortais
de Pasteur. José Meister era o responsável pela segurança e, ao verificar que
não conseguia impedir que os nazis entrassem, suicidou-se (os cientistas nazis
tinham a paranóia de estudar os cérebros de pessoas consideras génios). Mas o
cérebro de Pasteur não foi roubado!
A
repercussão do sucesso da vacina anti-rábica foi tal que a Academia das Ciências
desenvolveu um projecto para criar uma instituição de investigação (futuro
Instituto Pasteur, fundada por ele), o que foi bem acolhido no estrangeiro,
tendo o próprio czar Alexandre III contribuído com cem mil francos. O Instituto
foi inaugurado em 1888.
Pasteurização
Louis Pasteur já entrara na História pela sua descoberta, mas o seu contributo
para a Humanidade foi muito maior. O estudo da fermentação levá-lo-ia a
descobrir o porquê dos vitivinicultores, de diversas zonas do seu país, verificarem
com tanta frequência que os seus vinhos se transformavam em vinagre, o que
significava uma enorme perda para a economia francesa. Isto passou a ser
particularmente grave a partir de 1860, depois de assinado o tratado comercial
entre a França e a Grã-Bretanha, por se verificar que grande percentagem dos
vinhos não resistiam à viagem, estragando-se irremediavelmente. A perda do
precioso líquido era uma calamidade. O imperador Napoleão III pediu a
Pasteur que investigasse o porquê da fermentação do vinho e proporcionou-lhe as
melhores condições de trabalho, equipando laboratórios para que o grande
químico pudesse dedicar-se inteiramente a essa investigação. Foi criado, em
1867, o laboratório de físico-química expressamente para Pasteur, na Escola Normal
Superior. Depois de aturados estudos o cientista descobriu que submetendo o
vinho a um aquecimento elevado durante alguns segundos e logo de seguida a um
repentino abaixamento da temperatura a menos de dez graus, matava os germes que
alteravam os líquidos. Este sistema foi depois utilizado na cerveja e vinho e
daí o termo “pasteurizado” que todos conhecemos.
Criador da
microbiologia
O cientista ao verificar a disseminação de germes no ar lançou as bases da
microbiologia (1858-1864).
Expôs a “teoria
germinal das enfermidades infecciosas”, segundo a qual toda a enfermidade
infecciosa tem a sua causa (etiologia) num micróbio com capacidade de
propagar-se entre as pessoas. Deve-se buscar o micróbio responsável por cada
enfermidade para se determinar um modo de combatê-lo.
Pasteur
passou a investigar os microscópicos agentes patogênicos, terminando por
descobrir as vacinas, em especial a anti-rábica, já descrita em cima.
Também estudou
a doença que atacava os bichos-da-seda ainda em casulo. Como se sabe, a França
tem uma centenária tradição de fabrico de seda natural e as descobertas de
Pasteur tiveram uma imensa repercussão na economia do país. Modesto e simples
Pasteur tambem recusou receber cem mil francos pelos direitos da vacina contra
o carbúnculo que até então dizimava os carneiros da África do Sul.
A ele se
deve também o derrube do mito da geração espontânea aristotélica com a
utilização de um balão de vidro chamado pescoço de cisne. Pasteur colocou um
caldo nutritivo num balão de vidro de pescoço curvo. Ferveu o caldo existente
no balão, o suficiente para matar todos os possíveis microrganismos que
poderiam existir. Terminado o aquecimento, vapores da água provenientes do
caldo condensaram-se no pescoço do balão e depositaram-se, sob forma líquida,
na curvatura inferior.
Como os
frascos ficavam abertos não se podia falar da impossibilidade da entrada do
“princípio ativo” do ar. Com a curvatura do gargalo, os micro-organismos do ar
ficavam retidos na superfície interna húmida e não chegavam ao caldo nutritivo.
Quando
Pasteur partiu o pescoço do balão, permitindo o contacto do caldo existente
dentro dele com o ar, constatou que o caldo se tinha contaminado com os
microrganismos provenientes do ar.
Pasteur aos
46 anos é vítima de uma trombose que lhe paralisou o lado esquerdo do corpo,
mas mesmo assim continuou a trabalhar. Sabe-se que o cientista era difícil no
trato com os colaboradores, queixando-se um deles: “É uma excelente pessoa,
excepto quando trabalhamos com ele. Aí, é inflexível e autoritário”.
Louis
Pasteur morreu a 28 de Setembro de 1895, em Villeneuve-L'Etang, opondo-se
a sua viúva a que os seus restos mortais fossem para o Panteón onde
repousam os notáveis de França. No ano seguinte o seu corpo passou a repousar
numa cripta especialmente concebida para ele no Instituto Pasteur. As
cerimónias fúnebres ocorreram em 5 de Outubro no Palácio de Versalhes e tiveram
as honras de um funeral de Estado. O cortejo fúnebre saiu da basílica de
Nôtre-Dame e o Presidente da República de França esteve presente.
Pasteur
ocupa um lugar cimeiro na Ciência mundial do séc. XIX.
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Queremos en primer lugar saludar y agradecer
a todos los participantes que con sólo 4 pistas se atrevieron a sugerir el
nombre del personaje oculto en este desafío.
Teníamos preparado algunas pistas más pero, como nuestros amigos fueron lo
suficientemente listos, no fueron necesario presentarlas porque pronto surgió
el ganador del desafío - Teresa, Extremadura, España. Para ella será la Copa
del ganador.
Después
de la respuesta correcta de Teresa, llegaron dos amigas más que también encontraron
el nombre de la personaje y al que se le asigna menciones honoríficas. Estas son
Janita, Porto, Portugal y Célia Lima, Brasil.
Felicitaciones a todos
los participantes y en especial a las ganadoras.
Volveremos pronto con otros retos, contamos de nuevo con sus participaciones
amistosas.
Y, dada la enorme deuda que toda la
humanidad debe a Louis Pasteur, os dejamos aquí un enlace para leer un poco de
lo que fue su vida y su inmensa obra.