Continuando a celebrar o Fado como Património Cultural Imaterial da Humanidade, quero hoje convosco partilhar um lindíssimo poema da autora de algumas das mais belas letras de fado das últimas décadas - Maria de Lourdes de Carvalho
A interpretar esse poema, agora na forma de Fado, novamente connosco o Príncipe do Fado – Gonçalo Salgueiro.
Tenho carências de ti Tenho carências de ti Na minh’alma No meu corpo Teus braços são as amarras Do teu peito Que é meu porto Tenho carências de ti Na minh’alma No meu corpo
Tenho carências da luz Que me vem do teu olhar Teus olhos são dois faróis Desta vida em alto mar Tenho carências da luz Que me vem do teu olhar
Tenho carências da boca Com que rasgas O meu corpo Dessas mãos calmas, serenas Onde o muito sabe a pouco Tenho carências de ti Na minh’alma No meu corpo (Maria de Lourdes de Carvalho, in: “Nas rimas do meu Fado”)
Recuperados fósseis recolhidos por Darwin e escondidos em armário há mais de um século
Howard Faclon-Lang, um paleontologista da Universidade de Londres, tropeçou, literalmente, num tesouro escondido num velho armário da British Geological Survey.
Dentro do armário estavam várias lamelas de fósseis etiquetadas e, nas etiquetas, o nome do homem que introduziu o paradigma evolucionário e de selecção natural das espécies, nada mais nada menos do que o naturalista britânico Charles Darwin.
Falcon-Lang nem queria acreditar quando, utilizando uma lanterna, iluminou o interior do armário, pegou numa das lâminas de vidro e leu o nome à contraluz: «C. Darwin Esq.»
O paleontólogo conta que, apesar de «ter percebido imediatamente que se tratava de uma descoberta bastante importante», demorou um bocado até que conseguisse convencer-se a ele próprio «de que, efectivamente, se tratava de uma assinatura de Darwin».
Um atónito Horward Falcon-Lang, encontrou uma colecção de 314 lamelas de espécimes recolhidos por Darwin e por outros do seu círculo mais íntimo, entre os quais se inclui John Hooker e o reverendo John Henslow, o mentor de Darwin em Cambridge. Os fósseis, até aqui desconhecidos da comunidade científica, estavam escondidos há 165 anos, mas são de uma importância crucial, vêm demonstrar que existe mais a aprender sobre determinado período da história do que se poderia calcular.
O responsável pela descoberta avança que um dos mais bizaros espécimes da colecção é um fungo de 400 milhões de anos.
Muitas das amostras agora descobertas foram recolhidas por Darwin durante a sua famosa expedição a bordo do HMS Beagle, em 1834. Seria durante essa viagem que o naturalista britânico começaria a desenvolver a sua teoria da evolução das espécies. Muitas das amostras recolhidas nessa altura seriam despachadas para Inglaterra ao cuidado de Joseph Hooker, um botânico amigo de Darwin, que as receberia e catalogaria.
Nessa altura Hooker estava a trabalhar para a British Geological Survey, no entanto, o botânico sairia numa expedição para os Himalaias antes de concluir o trabalho de catalogação. O tesouro fóssil ficaria encerrado num armário e perder-se-ia, até Abril do ano passado, altura em que Falcon-Lang o trouxe à luz do dia.
A partir de hoje o visionamento das lamelas de Darwin será possível numa exposição online.
Hoje o nosso blog completa 3 anos e a equipa de “Um Farol Chamado Amizade” - Tétis, Poseidón e Argos - quer agradecer a todos os que fizeram este cantinho crescer.
Obrigado pela estima e pelo afecto deixado em cada comentário.
Obrigado pela companhia e pela cumplicidade.
Que todas estas demonstrações de carinho sirvam de incentivo para manter acesa a chama da nossa Amizade.
Para celebrar este dia gostaríamos que aceitassem e levassem para os vossos blogs o selinho comemorativo do 3º aniversário do Farol.
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Hoy nuestro blog cumple 3 años y el equipo de " Um Farol chamado Amizade "- Tétis, Argos y Poseidón - quiere agradecer a todos los que hicieron crecer este blog.
Gracias por la estima y el afecto que han dejado en cada comentario.
Gracias por la compañía y la complicidad.
Que todas estas muestras de aprecio sirvan como incentivo para mantener encendida la llama de nuestra amistad.
Para celebrar este día nos gustaría que aceptasen y llevasen para sus respectivos blogs el sello conmemorativo del tercer aniversario del Farol.
Começa a haver meia-noite, e a haver sossego, Por toda a parte das coisas sobrepostas, Os andares vários da acumulação da vida... Calaram o piano no terceiro andar... Não oiço já passos no segundo andar... No rés-do-chão o rádio está em silêncio...
Vai tudo dormir...
Fico sozinho com o universo inteiro. Não quero ir à janela: Se eu olhar, que de estrelas! Que grandes silêncios maiores há no alto! Que céu anticitadino! — Antes, recluso, Num desejo de não ser recluso, Escuto ansiosamente os ruídos da rua... Um automóvel — demasiado rápido! — Os duplos passos em conversa falam-me... O som de um portão que se fecha brusco dóí-me...
Vai tudo dormir...
Só eu velo, sonolentamente escutando, Esperando Qualquer coisa antes que durma... Qualquer coisa. Álvaro de Campos, in "Poemas" Heterónimo de Fernando Pessoa
Cambiamos de año, pero la CRISIS no nos deja.. Andamos juntos con las mismas dudas, ANGUSTIAS, FRENESIS, MELANCOLIAS de esta VIDA aun,…….. y hasta cuando? Solo nos queda RESISTIR teniendo CARÁCTER, fuerza, AMOR y PASION (Te propongo estos acrósticos para reflexionar y meditar…)
C R I S I S
C ambio brusco que te obliga a.. R enovar , enfrentar, I nventandote la mejor forma de sobrevivir en una, S ociedad consumista y mediática con procesos efímeros I njustos con finalidad especulativa.. dejando sin S oluciones y en dificultad a muchas personas…
A N G U S T I A
A nte una vida tan exigente N o tengo otro remedio que hacer frente G astando lo que llevo en mi mente U sando poco a poco mis energías… S in saber cuándo me voy a poder liberar T entado a mis insomnios nocturnos I ntercambio por sueños bonitos A unque por la mañana vuelva a la realidad
F R E N E S I
F renesí , perturbación, agitación, excitación.. R acheado sin racional E fectista y desarmando al más débil, N egligencia sin inteligencia con consecuencias dolorosas y E fectos devastadores para quien lo sufre. S entimiento de impotencia, I nadaptado para el ser humano que desea felicidad, prosperidad y paz.
M E L A N C O L Í A
M e duele el alma pensando E n aquellos momentos cuando L os recuerdos me invaden en un pesar que, A garra y hiere… N aufragando en el olvido C on una tristeza permanente O bediente y dependiente… L lenando mis rincones más secretos I nadaptados, inactivos, inquietos,.. A ntes de morir discreto
V I D A
V ivir la vida por lo mejor es nuestro reto I nsiste sin cesar para conseguirlo.. D ale fuerte y harás el camino cierto A vanzar y hacer frente es la manera lograrlo.
R E S I S T I R E
R esistiré para seguir viviendo por lo mejor E nfrentando contra vientos y mareas.. S oplando fuerte para navegar con rumbo adecuado. I ré rodando, caminando, volando, navegando para lugar seguro. S oportando los golpes y jamás me rendiré. T odo problema tiene solución, por eso siempre es bueno, I ntentar obrar con inteligencia y por necesidad hasta acertar. R esistir y no dejarse llevar es el modo para ladear, Superar… E se desafío de la vida debemos saber llevar, nada es fácil por lo tanto solo nos queda luchar…
C A R A C T E R
C onjunto de cualidades psíquicas y afectivas que condicionan la conducta. A pariencia exterior que muestras a los demás con experiencia?
R ige la inteligencia el carácter…, tu que opinas? A destiempo se oponen el carácter que muestras y el que tienes de verdad! C ondición, entereza, expresión, voluntad, personalidad…, que complejidad verdad? T emperamento, es el control firme de nuestros pensamientos y acciones. E nergía, fuerza, genio y garra con integridad para enfrentar a diario. R einante y feroz caballo que condiciona los impulsos..
A M O R
A mor es un conjunto de sentimientos que ligan una persona a otra siendo, M aravilloso en nuestras vidas, por tanto necesitamos de él, con O lfato para descubrir lo que esta disimulado o encubierto,.. Pienso que la R espuesta de lo que es el amor,… está dentro de cada uno.
P A S I O N
P or ser un movimiento, impetuoso, del ser hacia lo que desea. A mar o preferencia muy viva por algo o alguien S ufrimiento por momentos en algún tiempo.. I rrevocable frenesí de entusiasmos desmedidos.. O lvidando todo padecimiento y sufrimiento cuando N acen orgasmos de éxtasis llenos de placer.
Passeia pelas veredas ao acaso, fazendo estalar as folhas secas caídas no chão. Conhece cada canto do parque que elegeu como seu. Ama aquela luz, aquela cor, aquele odor húmido que se eleva do rio. Mas hoje não vê nada, não ouve nada, não sente nada… Ou melhor, sente. Sente uma dor no peito e umas lágrimas teimosas que tentam surgir em público. Faz um esforço para as controlar, respira fundo para tornar mais suportável o peso no tórax. Um homem não chora, pois não? Desvia-se com alguma brusquidão, de alguém devidamente credenciado, que o quer sensibilizar para uma causa filantrópica que envolve crianças. Arrepende-se imediatamente do seu acto e, mentalmente toma nota, para no dia a seguir passar pela sede dessa associação. É sempre assim. Porque é que se mostra tão resistente e muitas vezes sem paciência para as fraquezas dos outros? Contradições. Num momento duro, no outro benevolente. As lágrimas voltam a querer libertar-se. Respira de novo fundo. Um homem não anda por aí a chorar. Mas ele não quer ser homem, pelo menos naquele momento. Quer voltar a ser o “menino pequenino” que se sente seguro entre os braços de quem o defende contra o mundo. Quanto mais afasta mais sente necessidade desse abraço. Outra contradição. É feito de contradições. Quer sentir um abraço inquestionável. Não quer que o abracem por… Quer um abraço porque… Quem entende a diferença? E as malditas lágrimas que não desistem. Talvez não faça mal a um homem chorar. Mas ele não quer chorar. Não pode correr o risco de se evaporar com as lágrimas. Afinal os homens também desaparecem, não desaparecem?